Padilha diz que Lula tem ‘consideração’ por Ana Moser após governo ignorá-la ao anunciar demissão

Ex-atleta nem sequer é citada em nota que confirma a troca de comando no Ministério dos Esportes, agora nas mãos do Centrão

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Foto do author Caio Spechoto
Atualização:

BRASÍLIA - Após o governo ignorar Ana Moser e nem sequer agradecer a participação dela à frente do Ministério dos Esportes, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta quinta-feira, 7, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem “grande consideração” pela ex-atleta. Ana foi demitida da pasta para abrir mais espaço ao Centrão na Esplanada.

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Como mostrou a Coluna do Estadão, porém, aliados da agora ex-ministra ficaram revoltados com a postura do governo. “Não agradeceram pelo trabalho. Lamentável. A ministra não merecia”, comentou à Coluna uma das pessoas mais próximas da ex-atleta.

Em nota divulgada por sua assessoria, Ana diz que viu “com tristeza e consternação a interrupção temporária de uma política pública de esporte inclusiva, democrática e igualitária no governo federal”.

A demissão foi criticada por atletas olímpicos. “O esporte não é moeda de troca. Nos sentimos envergonhados e desprestigiados, vendo que o esporte no Brasil continua sendo encarado como algo menor”, diz nota do grupo Atletas pelo Brasil e a Comissão de Atletas do Comitê Olímpico do Brasil (COB)

Segundo Padilha, Lula continua contando com a colaboração dela. De acordo com ele, a posse do deputado André Fufuca (PP-MA) no ministério não alterará a política do governo para o esporte.

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O presidente Lula e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Padilha afirmou ainda que a imagem pública do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os novos ministros virá “no momento adequado”. Além de Fucuca no Esporte, o Planalto anunciou que o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) assumirá o Ministério dos Portos e Aeroportos no lugar de Márcio França.

De acordo com Padilha, PP e Republicanos já ajudavam o governo em votações no Congresso antes da reforma ministerial. O ministro disse que é necessário valorizar a política, e que criminalizar a atividade culminou nos ataques de 8 de Janeiro.

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