PUBLICIDADE

Painel com Silvio Almeida e Anielle é retirado de site da Bienal, mas está mantido sem os ministros

Conselho Regional de Biblioteconomia 8ª Região Estado de São Paulo, responsável pela organização da mesa, disse que ministros não confirmaram presença; chefe da pasta de Direitos Humanos nega denúncia de assédio sexual contra colega

PUBLICIDADE

Foto do author Pedro Augusto Figueiredo
Atualização:

Um painel no qual estavam previstas as participações do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, e a ministra das Mulheres, Anielle Franco, foi retirado do site que informa a programação oficial da 27ª Bienal do Livro de São Paulo. O site informava no início da tarde desta sexta-feira, 6, que a discussão “Bibliotecas na formação de um mundo melhor” aconteceria no domingo, 8, das 17h30 às 19h30, com a presença dos dois.

O Conselho Regional de Biblioteconomia 8ª Região Estado de São Paulo, organizador do painel, afirmou que o evento está mantido, mas sem os ministros, que não confirmaram presença embora tivessem a participação prevista. Uma funcionária do Conselho informou ao Estadão que o painel foi retirado do site porque houve “erro”. Segundo a assessoria de imprensa, a determinação é que só sejam exibidas no site da Bienal palestrantes confirmados.

PUBLICIDADE

Ainda de acordo com a assessoria, representantes do Ministério da Cultura e do Ministério dos Direitos Humanos confirmaram presença. Os nomes dos servidores não foram informados, mas eles não são os ministros das respectivas pastas. A Bienal do Livro informou que a programação do Auditório Ziraldo, onde o painel acontecerá, é organizada pelos próprios expositores.

A ONG Me Too Brasil diz ter recebido denúncias de mulheres que teriam sofrido assédio sexual de Silvio Almeida. Entre as vítimas estariam Anielle Franco, irmã da ex-vereadora Marielle Franco, e servidoras da pasta dos Direitos Humanos. O ministro negou, disse que se trata de acusações sem provas, pediu que a Polícia Federal investigue o caso e acionou a Justiça para que a ONG preste esclarecimentos. As denúncias de assédio foram reveladas pelo portal Metrópoles. Nesta sexta-feira, após a revelação das denúncias, uma candidata a vereadora de São Paulo relatou ter sofrido assédio sexual de Silvio Almeida em 2019.

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida Foto: Renato Araujo/Câmara dos Deputados Foto: Renato Araujo/Câmara dos Deputados

O Estadão apurou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já decidiu que tirará Silvio Almeida do cargo e agora ministros tentam convencer o colega a pedir demissão.

“O que posso antecipar para vocês é o seguinte: alguém que pratica assédio não vai ficar no governo”, disse Lula em entrevista à Rádio Difusora, em Goiânia (GO), na manhã desta sexta-feira, 6. “Eu só tenho que ter o bom senso de que é preciso que a gente permita o direito à defesa, à presunção de inocência. Ele tem o direito de se defender”, acrescentou.

Siga o ‘Estadão’ nas redes sociais

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.