A jornalista brasileira Patrícia Lélis, acusada pela Justiça dos Estados Unidos por fraudes financeiras avaliadas em US$ 700 mil, o equivalente a R$ 3,4 milhões, ironizou a atuação do FBI, órgão norte-americano equivalente à Polícia Federal, no X (antigo Twitter). Foragida há mais de 80 dias, ela disse que os investigadores da instituição “já foram melhores”.
Respondendo a um comentário na rede social, ela disse que deveria ganhar um prêmio por ser a única pessoa procurada pelo FBI que não é encontrada mesmo “estando nas redes sociais, em casa, usando cartão de crédito”. Depois, a publicação foi apagada.
De acordo com autoridades do Estado da Virgínia, Patrícia prometia regularizar a situação de estrangeiros nos EUA mediante investimentos em empresas do país. Se passando por uma mediadora do processo, ela direcionava os recursos para a conta bancária pessoal.
Após a condenação, a jornalista se defendeu, dizendo que “o governo norte-americano tem a versão deles, eu tenho a minha“. Ela ainda alegou que sofre perseguição do governo dos Estados Unidos, porque acessou documentos sigilosos que comprovariam o interesse do país no petróleo venezuelano.
No Brasil, Patrícia Lélis já acusou políticos na Justiça e mudou repentinamente de posicionamento político. Ela foi militante do Partido Social Cristão (PSC), legenda hoje incorporada ao Podemos que abrigava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), até 2016. Após denunciar o deputado Marco Feliciano (PL-SP) por tentativa de estupro, assedio sexual e agressão, ela rompeu com a sigla.
Já em 2017, a jornalista denunciou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), com quem alega ter tido um relacionamento, por suposta troca de mensagens ameaçadoras. Ao fim das investigações, os processos foram arquivados.
Mudando de lado, passou a se declarar petista e, ainda em 2017, publicou uma foto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se desculpando pelos anos de militância contra o partido. A jornalista acabou expulsa do PT sob acusações de discurso de ódio.
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