‘Estamos discutindo um formato’, diz Paulo Pimenta sobre lives semanais de Lula, ‘flopadas’ em 2023

Sob comando do ministro, equipe de comunicação de Lula investiu no programa ‘Conversa com o Presidente’ em 2023, mas iniciativa angariou baixa audiência e foi descontinuada

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BRASÍLIA E SÃO PAULO – O ministro Paulo Pimenta, designado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para coordenar as ações do governo federal no Rio Grande do Sul, voltou a indicar neste domingo, 19, que o chefe do Palácio do Planalto poderá voltar a promover falas públicas semanais. Lula chegou a realizar lives nos primeiros meses do governo com o programa “Conversa com o Presidente”, mas o formato obteve pouca audiência e foi abandonado.

“Estamos discutindo um formato de encontros semanais. Talvez, inclusive, a gente continue gravando de manhã e possa veicular à noite. O melhor seria fazer ao vivo à noite, mas para poder fazer ao vivo à noite a gente precisaria derrubar a agenda do presidente toda à tarde”, disse Pimenta durante uma transmissão ao vivo com veículos de comunicação que apoiam o governo.

Lives de Lula angariaram baixa audiência e Paulo Pimenta estuda novo formato para comunicação direta da Presidência Foto: Wilton Junior/Estadão

Para assumir a autoridade federal no Rio Grande do Sul, Pimenta se afastou da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência, mas mantém influência sobre a estrutura da pasta. No momento, a Secom é comandada interinamente pelo jornalista Laércio Portela.

Lives de Lula foram sinalizadas como ‘promoção pessoal’

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Durante os primeiros meses do terceiro mandato de Lula, no primeiro semestre de 2023, equipe de comunicação do presidente investiu nas transmissões ao vivo como meio direito para a comunicação da Presidência.

A Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), entidade pública responsável pelo “Conversa com o Presidente”, investiu em contratações como a do jornalista Marcos Uchôa, ex-TV Globo. Além de Uchôa, como mostrou o Estadão, as lives de Lula levaram a um aumento de 30% nos cargos comissionados da EBC, ou seja, contratações sem concurso público.

Apesar das investidas, o programa não obteve o retorno esperado e as lives “floparam”, termo usado na internet como sinônimo de “fracassado”. A audiência simultânea das transmissões, realizadas às terças-feiras, ficava na casa dos 6 mil.

Além disso, o Tribunal de Contas da União (TCU) viu indícios de promoção pessoal no programa. A Corte de Contas sugeriu ao Palácio do Planalto que a estrutura oficial do governo não fosse utilizada para promover da imagem do presidente.

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