PDT vai acompanhar investigação que cita deputado em esquema de desvio de emendas

Segundo Mário Heringer, líder da sigla na Câmara, comissão de ética tomará ‘decisões cabíveis’ após desfecho das investigações que citam o deputado Afonso Motta

Foto do author Gabriel de Sousa
Atualização:

BRASÍLIA – O líder do PDT na Câmara, deputado Mário Heringer (MG), afirmou que a comissão de ética do partido vai acompanhar a investigação da Polícia Federal (PF) que cita o deputado Afonso Motta (PDT-RS). Nesta quinta-feira, 13, a corporação deflagrou uma operação que tem como alvo um assessor do parlamentar.

O deputado federal Afonso Motta (PDT-RS) Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

“O que o PDT vai fazer e sempre fez é colocar a comissão de ética para acompanhar o desenvolvimento das investigações para que a gente possa tomar as decisões mais cabíveis”, afirmou Heringer ao sair da reunião de líderes da Câmara na manhã desta quinta.

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Segundo Heringer, os parlamentares do PDT foram “surpreendidos” pela operação da PF. O líder da sigla na Casa afirmou também que não tem “motivo nenhum para desconfiar” do colega de partido.

“Eu me coloco na posição de defensor da posição dele, porque eu o conheço e acredito. Mas eu não posso dizer para vocês se tem culpa ou não tem culpa”, disse.

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Com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), os policiais federais deflagraram a Operação EmendaFest, que fez buscas em 11 endereços residenciais e comerciais ligados aos investigados em Brasília e nos municípios gaúchos de Estrela, Rosário do Sul, Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e Lajeado.

O secretário parlamentar Lino Rogério da Silva, assessor de Afonso Motta, está entre os alvos. Ele foi afastado do cargo. Conforme apurou o Estadão, o nome do parlamentar foi citado no inquérito.

Durante as buscas, a PF apreendeu mais de R$ 350 mil em dinheiro vivo. Os policiais também encontraram dois celulares no forro da parede de um escritório.

De acordo com o ministro do STF Flávio Dino, que autorizou a operação, as provas reunidas demonstram a participação dos investigados para o “sucesso da destinação de emendas parlamentares para o Hospital Ana Nery e a consequente apropriação por particulares de parte desses recursos”.

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O Estadão procurou o deputado Afonso Motta, mas não obteve retorno.

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