Pesquisa Quaest: aprovação de Lula recua e passa para 54%; economia e viagens são pontos negativos

Para 57% dos eleitores entrevistados pelo levantamento, o Brasil erra em não classificar o Hamas como um grupo terrorista

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Foto do author Gabriel de Sousa
Atualização:

BRASÍLIA – Uma nova pesquisa de avaliação do governo indicou que a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recuou, sendo a expectativa dos eleitores sobre a situação econômica e o excesso de viagens feitas pelo chefe do Executivo os pontos negativos apontados pelo levantamento.

Segundo a Genial/Quaest, a aprovação do trabalho feito pelo chefe do Executivo, que era de 60% em agosto, passou para 54% neste mês de outubro.

Aprovação da gestão de Lula caiu de 60% para 54% segundo a nova pesquisa Genial/Quaest Foto: WILTON JUNIOR

Outros 42% dos entrevistados desaprovam o mandato de Lula, o que representa um crescimento de sete pontos porcentuais em relação ao indicador registrado na pesquisa anterior, que foi de 35%. Não sabem ou não quiseram responder 4%. O levantamento ouviu 2.000 eleitores entre os dias 19 e 22 de outubro e tem uma margem de erro de 2,2 p.p e um índice de confiabilidade de 95%.

Otimismo na economia recua de 59% para 50%

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O otimismo sobre a situação econômica do País também sofreu uma queda, segundo a Quaest. Perguntados sobre a expectativa em relação à economia nos próximos 12 meses, 50% afirmaram que a tendência é melhorar. No levantamento de agosto, 59% tinham expectativas positivas, um recuo de nove pontos percentuais.

Outros 28% afirmaram que a tendência era de uma piora, um crescimento de seis pontos porcentuais comparado ao levantamento feito em agosto. Para 18%, a economia deve ficar do mesmo jeito em que está atualmente e 4% não souberam ou não quiseram responder.

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60% acham que Lula se dedica mais do que devia à agenda internacional

A Quaest perguntou aos eleitores se o presidente se dedicava mais do que devia à agenda internacional. Para 60% dos respondentes, sim; outros 27% afirmaram que não acreditam que Lula está se excedendo na atenção aos temas globais. Outros 13% não souberam ou não quiseram responder.

Perguntados sobre a quantidade de viagens feitas pelo presidente, 55% dos eleitores disseram que o volume é “excessivo”, enquanto 37% consideraram adequado o número de agendas externas e outros 8% não responderam.

Um levantamento feito pelo Estadão em setembro mostrou que, nos primeiros sete meses de governo, Lula passou cerca de um mês e meio (46 dias) em viagens internacionais. As visitas de Estado custaram ao erário R$ 27 milhões. Segundo o Planalto, as viagens renderam um retorno diretos e indiretos de R$ 115 bilhões.

Nos 25 dias seguintes aos ciclones extratropicais que atingiram o Rio Grande do Sul em setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duas viagens ao exterior e 58 agendas em Brasília, mas não visitou o Estado afetado pelos desastres naturais.

Segundo a nova pesquisa da Quaest, 47% dos respondentes classificaram a ajuda do governo federal na região como insuficiente, enquanto 35% consideraram a atuação do Planalto como adequada e 18% não souberam ou não quiseram responder.

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Maioria dos brasileiros acha que Brasil deveria classificar o Hamas como grupo terrorista

Após o início do conflito entre o grupo terrorista Hamas e Israel no último dia 7, o PT e o governo federal mostram uma relutância em classificar o grupo, que assassinou centenas de civis, entre eles cidadãos brasileiros, como terrorista.

Ao mesmo tempo em que não há esse reconhecimento, o PT adota uma postura de equiparar os atos feitos tanto pelo Hamas quanto por Israel. No último dia 16, o diretório nacional do partido publicou uma resolução que pediu o fim das ações violentas e colocou no mesmo patamar os ataques do grupo terrorista e do Exército israelense. Em nota, a Embaixada de Israel disse que o texto do partido era “lamentável”. “Deve ser feita uma forte separação entre a organização terrorista Hamas e os palestinos”, afirmou.

O levantamento da Genial/Quaest mostrou que 57% dos eleitores acham que o Brasil está errado em não classificar o Hamas como um grupo terrorista, enquanto 26% defendem a postura adotada pelo governo e 17% não responderam.

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