Pesquisa Genial/Quaest em São Paulo: Haddad tem 35%, Tarcísio, 14% e Rodrigo Garcia, 12%

Ex-prefeito e governador são principais beneficiados com a saída de Márcio França da disputa; ex-governador lidera corrida ao Senado

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Foto do author Gustavo Queiroz

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) e o governador Rodrigo Garcia (PSDB) são os principais beneficiados com a saída do ex-governador Márcio França (PSB) da disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada pelo Estadão nesta quinta-feira, 7. O levantamento apresentou dois cenários, um com a presença do ex-governador e outro sem. Haddad e Garcia crescem seis e quatro pontos porcentuais quando França não está na disputa estadual. O ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos) oscila dois pontos para cima.

O ex-governador deve anunciar sua desistência da disputa pelo Palácio dos Bandeirantes nos próximos dias. Na corrida pelo Senado, ele aparece isolado na liderança, com 27% das intenções de voto, 14 pontos à frente do segundo colocado.

No cenário com França, o pré-candidato do PT mantém a ponta na pesquisa com 29% das intenções de voto, um a menos que o levantamento anterior, seguido por Tarcísio de Freitas, com 12% e Garcia, com 8%. Sem o ex-governador, os 18 pontos de França são distribuídos. O petista sobe para 35% das intenções de voto. Apoiado por Jair Bolsonaro, Tarcísio aparece com 14% e o tucano ganha quatro pontos porcentuais e vai a 12%.

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O ex-prefeito de São José dos Campos Felício Ramuth (PSD) também pontua, com 2% das intenções de voto, empatado com o pré-candidato do Novo, Vinícius Poit (Novo). Ao menos 24% dos eleitores dizem votar em branco ou nulo e 12% estão indecisos.

Em comparação ao levantamento anterior da Genial/Quaest sem considerar França, porém, Haddad teve um desempenho inferior. Em maio, o ex-prefeito acumulava 37% das intenções de voto na estimulada sem o ex-governador, dois pontos a mais que a amostra atual. Tarcísio e Garcia cresceram dois e quatro pontos respectivamente.

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Candidato do PT, Fernando Haddad ganha seis pontos com a saída de Márcio França da disputa, mas perde dois quando comparado com o último levantamento sem o ex-governador Foto: Marcelo Chello/Estadão

Na pesquisa espontânea, quando os entrevistados não recebem uma lista de candidatos para escolher, Tarcísio de Freitas aparece na liderança, com 7% das intenções de voto, seguido por Fernando Haddad, com 5% e França, com 2%. 81% dizem estar indecisos.

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, vai anunciar nesta quinta-feira, 7, que o partido vai apoiar Tarcísio, tirando Ramuth da disputa. Já Rodrigo Garcia agiu para segurar o União Brasil em seu palanque, partido que carrega a maior fatia do fundo eleitoral e do tempo de TV e rádio.

Segundo turno

Conforme a Genial/Quaest, Haddad vence em todos os cenários pesquisados para o segundo turno. Contra Tarcísio, o petista pontua 44 pontos, ante 28 do ex-ministro. Na disputa com Garcia, o petista é escolhido por 42% dos eleitores e o tucano, 27%.

Apesar de manter a liderança, o ex-prefeito segue com a maior rejeição entre os pré-candidatos - 49% dos eleitores não querem o petista no governo. Freitas e Garcia têm 18% e 15% de rejeição.

Senado

Após o apresentador José Luiz Datena (PSC) desistir de concorrer ao Senado, o acordo de França para deixar a disputa ao governo o coloca como nome favorito à Casa, com 27% das intenções de voto. Paulo Skaf (Republicanos) aparece em segundo lugar, com 13%, seguido pela deputada federal Carla Zambelli (PL), com 9% e pela deputada estadual Janaína Paschoal (PRTB), com 7%. Milton Leite (União Brasil) e Aldo Rebelo (PDT) pontuam 5% e 3%, respectivamente. Os demais candidatos não passaram de 1% das intenções de voto.

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Em acordo com o PT, Márcio França deve deixar a corrida ao Palácio dos Bandeirantes e disputar o senado; ex-governador lidera com 27% Foto: Marcelo Chello/Estadão

Presidência

Na disputa ao Palácio do Planalto, o ex-presidente Lula lidera as intenções de voto dos paulistas, com 37%, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro, com 32%. Ciro Gomes (PDT) aparece com 9% e Simone Tebet (MDB), 3% na pesquisa estimulada. No comparativo com o levantamento anterior, Bolsonaro cresceu 4 pontos porcentuais e Lula oscilou dois pontos para baixo.

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O apoio de Bolsonaro ganhou fôlego no Estado. O levantamento mostra que aumento o número de eleitores mais interessados a votar em um candidato mais ligado ao presidente – de 25% para 27%, enquanto um candidato mais ligado a Lula é apoiado por 33% dos eleitores, 3 pontos a menos que a última pesquisa. Nomes que não tenham Lula ou Bolsonaro no palanque agradam 39% dos eleitores.

Na avaliação do governo, Garcia manteve o mesmo patamar dos 19% dos eleitores que consideram sua gestão positiva. 36% disseram considerar seu governo regular, ante 20% que avaliam como negativo – quatro pontos porcentuais a mais que o levantamento anterior.

A pesquisa entrevistou 1640 pessoas entre os dias 1 a 4 de julho e está registrada no TSE sob os números SP-05318/2022 e BR-03964/2022. A margem de erro é de 2,4 pontos porcentuais e o nível de confiabilidade é de 95%. A coleta de dados foi feita de modo presencial.

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