Um quarto dos eleitores admite ‘voto útil’ para eleger Lula no primeiro turno, diz Quaest

De acordo com a pesquisa para presidente, 26% aceitam deixar de votar no candidato de sua preferência para eleger o petista na primeira rodada da eleição

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Foto do author Davi Medeiros
Atualização:

Pesquisa Genial/Quaest divulgada na quarta-feira, 21, mostrou que 26% dos eleitores aceitam mudar de voto para eleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno, enquanto 64% rejeitam fazê-lo. Embora os que descartam migrar para o petista sejam maioria, o dado já representa um trunfo à a campanha do ex-presidente, uma vez que, se confirmado, amplia a margem sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Lula, que almeja sair vitorioso já na primeira rodada de votação e trabalha para atrair apoios ao que vem sendo chamado de “voto útil”, precisa da adição de poucos pontos para ter êxito. O Média Estadão Dados, agregador de pesquisas do Estadão, mostra Lula com 50% dos votos válidos. Para vencer em primeiro turno, é preciso ter maioria absoluta, ou seja, 50% mais um.

Aliados do candidato do PT fazem pressão para que eleitores de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) desistam de sua primeira opção de voto e apertem 13 nas urnas, de modo a evitar que o presidente Jair Bolsonaro (PL) vá ao segundo turno contra o petista e, assim, tenha mais tempo de campanha.

Lula quer atrair voto de eleitores de Ciro Gomes e Simone Tebet para vencer Bolsonaro ainda no primeiro turno Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação e Carla Carniel/Reuters

Segundo o levantamento, 24% dos eleitores de Tebet admitem deixar de votar na senadora para ajudar o ex-presidente, enquanto 72% negam. Entre os que preferem Ciro Gomes, 33% dizem que migrariam para o candidato petista no primeiro turno; 63%, não.

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Mudanças

Contudo, a pesquisa mostra que, a despeito da campanha pelo “voto útil” em Lula, vem crescendo a taxa de convicção dos eleitores de Ciro Gomes. Nesta rodada, 47% dos eleitores do ex-governador dizem que seu voto é definitivo e não deve mudar; na semana passada, eram 42%; no início do mês, eram 35%. Ainda são maioria os que afirmam que podem mudar de voto, 51%.

Há uma campanha para que eleitores de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) votem em Lula para elegê-lo no primeiro turno.  Foto: Dida Sampaio/Estadão e Adriano Machado/Reuters

Os que pretendem votar na senadora de Mato Grosso do Sul têm índice inferior de convicção. A maioria (56%) diz que ainda pode mudar de ideia até 2 de outubro, enquanto 44% alegam que Tebet é sua escolha definitiva.

Em eventual segundo turno, metade dos eleitores de Ciro Gomes defende que o candidato apoie Lula (50%), enquanto 18% preferem que o pedetista embarque na campanha de Bolsonaro e 29% preferem que ele fique isento. Entre os eleitores de Simone Tebet, há empate técnico: 35% querem apoio ao petista; 34%, ao presidente.

A pesquisa Genial/Quaest foi realizada entre os dias 17 e 20 de setembro e entrevistou 2 mil eleitores presencialmente, em 120 municípios. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-04459/2022. A margem de erro do levantamento é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

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