Pesquisa Quaest: Marçal recua entre eleitores de Bolsonaro, evangélicos e homens

Dos três segmentos em que tinha vantagem, o ex-coach segue liderando apenas entre os eleitores do ex-presidente, que apoia o atual prefeito Ricardo Nunes nestas eleições; recuo, entretanto, foi de oito pontos porcentuais comparado ao último levantamento

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Foto do author Karina Ferreira

A pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira, 18, sobre a intenção de voto do eleitor paulistano para a Prefeitura de São Paulo mostrou que influenciador Pablo Marçal (PRTB) passou de 23% na última rodada, no dia 11, para 20% agora. Apesar da mudança numérica, as menções a ele oscilaram dentro da margem de erro do levantamento, de três pontos porcentuais, e o ex-coach permanece tecnicamente empatado com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado Guilherme Boulos (PSOL), que tem 24% e 23%, respectivamente.

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Apesar da variação dentro da margem de erro no cenário principal de intenções de voto, ex-coach teve recuo nos segmentos em que possuía maior vantagem sobre os concorrentes: entre os homens e os que se declaram evangélicos.

A pesquisa Quaest entrevistou 1.200 eleitores de 16 anos ou mais em São Paulo (SP) entre os dias 15 e 17 de setembro. O nível de confiança é de 95% e o levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o código SP-00281/2024.

Entre o eleitorado masculino, Marçal marcava 31% das intenções de voto, ante 21% dos dois principais concorrentes: o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). Uma semana depois, e após o episódio em que José Luiz Datena (PSDB) deu uma cadeirada em Marçal, durante o debate realizado pela TV Cultura no último domingo, 15, o ex-coach marcou 25%, caindo seis pontos porcentuais no segmento – que tem margem de erro de quatro pontos. Boulos aparece com 24% e Nunes com 21% de intenção de voto dos homens.

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Entre o segmento religioso, especificamente os que se declaram evangélicos, em que Marçal tinha a liderança com 37% há uma semana, agora aparece com 29% – uma queda de oito pontos –, atrás de Nunes, que tinha 26%, e agora tem 30%. A margem de erro para esse estrato da pesquisa é de seis pontos porcentuais.

Na última quinta-feira, 12, um dia após a divulgação da Quaest anterior, o pastor Silas Malafaia intensificou os ataques ao ex-coach visando tirar dele votos dos evangélicos. “Minha questão é desmascarar o falsário do Marçal”, afirmou à Coluna do Estadão.

Entre os eleitores que votaram em Jair Bolsonaro (PL) em 2022, Marçal mantêm a liderança, mas o recuo foi de oito pontos porcentuais: há uma semana, tinha 50%, ante 42% agora. Nunes, o candidato oficialmente apoiado pelo ex-presidente, passou de 32% para 35%.

Um dia após a divulgação da pesquisa passada, Bolsonaro fez uma ligação surpresa em que fez elogios e reforçou o apoio ao candidato do MDB em São Paulo, durante um jantar no Clube Monte Líbano, após demora em confirmar agendas e dar respostas a pedidos e gravação de uma peça para o horário eleitoral do afilhado político. Nesta semana, Bolsonaro tinha o compromisso em sua agenda de gravar cenas ao lado de candidatos a prefeito do PL ou que recebem o apoio do partido, mas Nunes não constava na lista.

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