Petista em queda na disputa eleitoral faz Lula rever ida ao Recife

Humberto Costa, do PT, caiu para 3º lugar nas pesquisas e ex-presidente reavalia participação

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Por Redação
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Além de cair para terceiro lugar nas pesquisas, em que foi ultrapassado anteontem pelo candidato do PSDB, Daniel Coelho, o candidato do PT à prefeitura do Recife, senador Humberto Costa, foi informado ontem de que não está garantida a presença, em seus comícios, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ajudá-lo a tentar reverter a situação.O senador petista, que no início da disputa liderava folgadamente com cerca de 40% das intenções de voto, apareceu anteontem, em novos números do Ibope, com apenas 15%, enquanto o tucano Coelho agora tem 24%. Bem à frente dos dois, o atual líder da corrida, Geraldo Júlio (PSB), continua subindo sem parar: segundo o Ibope, ele saltou de 33% para 39%. Em quarto vem o candidato Mendonça Filho (DEM), com 4%. Encomendada pela TV Globo e pela Folha de Pernambuco, a pesquisa ouviu 1.106 eleitores e foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) sob o número 00139/2012. A margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos. Um dos responsáveis diretos pelo lançamento de Humberto Costa na briga pela prefeitura recifense, Lula está muito concentrado, segundo sua assessoria, nas campanha de São Paulo e de cidades do ABC. Além disso, há no partido quem considere que sua presença no Recife, defendendo diretamente um rival do candidato do governador Eduardo Campos (PSB), poderia atrapalhar o acordo fechado com este, de uma política de não agressão entre as duas legendas. É por isso que a ida de Lula à capital pernambucana, embora não descartada, é considerada por seus assessores como pouco provável. Contribui para isso, ainda, a apertada agenda de compromissos do ex-presidente nesta reta final da campanha. No sábado, por exemplo, Lula participará de dois comícios do candidato petista em São Paulo, Fernando Haddad, ambas na zona leste da capital, às 17 h e às 19 h.Sólido. De qualquer forma, continua sólido o favoritismo de Geraldo Júlio, que era nome pouco conhecido e subiu rapidamente graças ao prestígio eleitoral do governador Campos. Nas simulações de segundo turno, ele venceria Humberto Costa por 49% a 35% e o tucano Coelho por 57% a 27%. Num confronto entre Daniel Coelho e Humberto Costa, o petista também levaria a pior: ficaria com 32%, enquanto o tucano somaria 52%. Sem padrinho. Depois de militar no PV, o candidato Daniel Coelho usa, no PSDB, a cor verde na campanha e se apresenta como "o único capaz de mudar o Recife". Afirma que seu rival do PSB também tem sido responsável pela prefeitura da capital - o vice-prefeito é do partido. Sua campanha aponta a "dobradinha" no poder como "responsável pelo abandono da cidade". Sua palavra de ordem é "independência": ele diz não precisar de padrinhos políticos - uma clara referência ao governador e ao ex-presidente Lula. Ocorre que, do outro lado, os padrinhos estão eleitoralmente rompidos, depois de conflitos internos do PT para a indicação do sucessor ao prefeito João da Costa, que queria se reeleger. A cúpula nacional petista interveio, cancelou as prévias e indicou Humberto Costa. O governador Eduardo Campos, desconfiado dessa instabilidade, decidiu lançar candidato e escolheu um dos seus assessores no governo estadual. Geraldo Julio foi seu secretário estadual de Planejamento e de Desenvolvimento Econômico. Tem o apoio de 14 partidos na coligação da Frente Popular.

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