PF leva suspeito preso para área de buscas por Bruno Pereira e Dom Phillips

Polícia investiga desaparecimento de indigenista brasileiro e jornalista estrangeiro

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Foto do author Vinícius Valfré
Atualização:

Um dos presos por suspeita de envolvimento no desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips foi levado pela Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira, 15, para a área de buscas no rio Itaquaí.

Uma equipe de agentes saiu com o homem da delegacia de Atalaia do Norte (AM) e o levou até o porto da cidade, principal acesso às terras indígenas do Vale do Javari.

Suspeito foi escoltado em embarcações para acompanhar buscas a Bruno e Dom nesta quarta-feira, 15. Foto: Wilton Junior/Estadão

O suspeito foi colocado em um carro da Polícia Federal e embarcou usando boné, máscara de proteção facial e um casaco com capuz. Os policiais que atuam no caso não quiseram confirmar se o homem decidiu revelar informações que possam elucidar o caso, considerado suspeita de homicídio. Mais cedo, os agentes incluíram um cão farejador na equipe de buscas.

Polícia Federal leva suspeito para local do desaparecimento de Bruno Araujo Pereira e Dom Phillips. Foto: Wilton Junior/Estadão

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Pereira e Phillips percorriam a região do Vale do Javari. Pereira orientava moradores da região a denunciar irregularidades cometidas em reserva indígena e o jornalista estrangeiro acompanhava o trabalho para registrar em livro que pretendia escrever. Uma das linhas de investigação da polícia é que Pereira e Philips podem ter sido vítimas de grupos que atuam com pesca ilegal na área.

Ainda nesta quarta-feira, a PF deve divulgar resultado de testes de DNA feitos em vestígios humanos que foram encontrados durante as investigações. Parentes de Pereira e Phillips cederam amostras para comparação.

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Agentes de forças de segurança fazem buscas pelo indigenista Bruno Araujo Pereira e pelo jornalista Dom Phillips. Foto: Wilton Junior/Estadão

Como revelou o Estadão, a Terra Indígena do Vale do Javari tem apenas seis agentes da Força Nacional de Segurança Pública para atuar no patrulhamento da área de 85 mil quilômetros quadrados. A região é alvo de cartéis de drogas e armas que agem na fronteira do Brasil com Peru e Colômbia. A reportagem identificou ao menos seis pedidos feitos neste ano ao governo para o reforço da proteção na região. Organizações criminosas usam os rios da região para o narcotráfico.