PGR denuncia mais 152 por ataques golpistas e pede pena que chega a nove anos de prisão

Pessoas que estavam no quartel general do Exército e participaram da invasão responderão por associação criminosa e por incitar Forças Armadas contra Poderes

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Foto do author Daniel  Weterman

BRASÍLIA - A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou mais 152 pessoas pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Ato todo, já foram apresentadas ações contra 653 pessoas na Justiça. Os crimes enquadrados na denúncia do Ministério Público podem levar os extremistas a cumprir penas de até nove anos de prisão.

As últimas denúncias foram apresentas entre 31 de janeiro e 2 de fevereiro. Os denunciados foram pessoas detidas no Quartel General do Exército, em Brasília, de onde saiu o grupo que atacou os Três Poderes. Eles são acusados dos crimes de associação criminosa e de incitar a animosidade entre as Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais, condutas ilegais previstas no Código Penal.

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Os ataques deixaram um rastro de destruição nas sedes do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. Além disso, os extremistas ameaçaram ministros do Supremo, congressistas e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O grupo defendia intervenção militar e prisão de Lula. O Estadão identificou 88 golpistas que participaram dos ataques no dia 8 de janeiro e mostrou que a ação foi premeditada.

Segundo o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, que assina as denúncias, o QG do Exército apresentava “evidente estrutura a garantir perenidade, estabilidade e permanência” dos manifestantes que defendiam a tomada do poder. Além da condenação e prisão, a procuradoria também pede o pagamento de uma indenização “em razão dos danos morais coletivos evidenciados pela prática dos crimes imputados”.

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