Planalto teme que Delcídio faça delação premiada para prejudicar Dilma

Preocupação de auxiliares da presidente é que, se sentir que foi abandonado tanto pelo governo quanto pelo PT, o senador lance mão de acusações contra o Planalto

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BRASÍLIA - Após o Senado decidir nessa quarta-feira, 25, manter a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de prender o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), o Palácio do Planalto teme que o petista decida fazer uma delação premiada com o objetivo de comprometer o governo.

A presidente Dilma Rousseff e o vice Michel Temer Foto: Dida Sampaio|Estadão

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A preocupação de auxiliares da presidente Dilma Rousseff é que, se sentir que foi abandonado tanto pelo governo quanto pelo PT, Delcídio lance mão de acusações contra o Planalto.

Os acordos de delação premiada têm sido a base da Operação Lava Jato. Para conseguir reduzir a pena, porém, o investigado tem de apresentar provas dos fatos relatados.

A prisão de Delcídio deixou o governo em alerta porque ressuscita o escândalo da compra da refinaria de Pasadena, em 2006, quando Dilma era ministra-chefe da Casa Civil. A presidente foi a responsável por dar o aval para o negócio, que foi fechado com um preço superfaturado.

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Quando o escândalo veio à tona, Dilma disse que havia autorizado a transação com base em um relatório produzido por Nestor Cerveró, então diretor da área internacional da Petrobrás.

Líder do governo, Delcídio foi preso na quarta-feira após o STF entender que ele tentou obstruir as investigações da Operação Lava Jato. Em uma gravação, o senador aparece oferecendo uma mesada de R$ 50 mil para que Cerveró não fizesse um acordo de delação premiada ou não citasse o seu nome caso resolvesse fazer.

Na quarta, a avaliação do Planalto era que a atitude de Delcídio foi “indefensável” e que o senador havia agido por conta própria, não em nome do governo.

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