BRASÍLIA - A Polícia Militar do Distrito Federal levou mais de 12 horas para isolar o alojamento em que residia Francisco Wanderley Luiz, que morreu na noite da quarta-feira, 13, após explodir bombas em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Por R$ 570, Luiz alugava havia cerca de três meses uma quitinete de dois cômodos num alojamento na Ceilândia, cidade-satélite de Brasília. Natural de Rio do Sul (SC), ele se instalou pela segunda vez nos últimos anos no mesmo endereço.
Passava das 22h da última noite, cerca de uma hora após as explosões na Praça dos Três Poderes, quando carros chegaram ao local “à paisana”, segundo relatos de vizinhos. Viaturas de forças de segurança com robôs e cães farejadores vieram em seguida. As outras duas famílias residentes tiveram de passar a noite fora de casa enquanto a polícia detonava artefatos explosivos deixados por Luiz.
O quarto em que Luiz residia foi danificado pelas explosões, mas a PM não retirou rastros do crime, como uma caixa de rojões, canos PVC e uma mensagem deixada com batom no espelho: “Débora Rodrigues, por favor, não desperdice batom. Isso é para deixar as mulheres bonitas!!! Estátua de merda se usa TNT”.
Sem impedimento algum, jornalistas e vizinhos passaram a manhã circulando pelo alojamento, que fica sob a responsabilidade de dona Gleide. Somente às 12h desta quinta-feira, a PM ordenou o isolamento do espaço. Às 12h30 a Polícia Federal chegou.
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