Por apoio do PSD, candidato de Alcolumbre se reúne com Kassab

Rodrigo Pacheco, do DEM, almoça com ex-ministro, que comanda o partido que tem a segunda maior bancada na Casa, com 11 senadores; encontro ocorreu na casa do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil

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Por Leonardo Augusto
Atualização:

BELO HORIZONTE –  Candidato declarado à sucessão da presidência do Senado – e com apoio do atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP) –, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) procurou, nesta terça-feira, 5, o ex-ministro e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, em busca de votos para a eleição, marcada para fevereiro.

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O PSD tem a segunda maior bancada na Casa, com 11 parlamentares, ante cinco do DEM. O encontro entre Pacheco e Kassab, que ocorreu em Belo Horizonte, na casa do prefeito Alexandre Kalil (PSD), é uma ofensiva contra o MDB, dono da maior bancada (13 senadores) e que anunciou, em dezembro, candidatura própria à presidência do Senado.

Após a reunião, que durou quase quatro horas, Kassab afirmou que a decisão sobre o alinhamento a Pacheco caberá à bancada do partido. “O PSD tem tido postura de não interferir nas decisões das bancadas. Não que possa no futuro haver necessidade, mas até hoje não houve”, afirmou.

O senador de Minas Gerais Rodrigo Pacheco (DEM) Foto: Dida Sampaio/Estadão

Também participaram da reunião o líder do PSD na Casa, o senador Otto Alencar (BA), e os outros dois senadores por Minas Gerais, ambos também do PSD, Carlos Viana e Antonio Anastasia. Segundo Otto Alencar, a bancada do partido se reuniria ontem à noite, por videoconferência, para discutir o assunto.

Na segunda, 4, Pacheco havia feito uma visita ao líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ). A conversa ocorreu em Santana do Deserto (MG), na divisa com o Rio, onde Portinho tem uma fazenda. O senador deve discutir a eleição com os outros dois senadores do PL para buscar o apoio da bancada.

Pacheco vinha enfrentando resistência entre as maiores bancadas no Senado. Adversários veem que Alcolumbre pode desistir de Pacheco e apoiar outro nome, até mesmo do MDB, na busca por garantir espaços na Casa, se não conseguir votos suficientes. O atual presidente do Senado, porém, avisou a colegas que esse cenário está fora de cogitação. A intermediação de verbas com o governo federal durante a gestão é vista como um ativo que torna Alcolumbre um forte cabo eleitoral.

Adversários de Alcolumbre avaliam ainda que podem lançar um bloco independente para tentar derrotá-lo na eleição. O Muda, Senado – que reúne 18 senadores e apoiou Alcolumbre em 2019, mas passou a fazer oposição interna a ele – poderá se dissolver e se juntar a outros senadores na disputa. Integrantes do grupo calculam que é possível reunir 22 votos.

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O movimento é uma reação ao avanço da candidatura de Pacheco e à aproximação do senador com o Palácio do Planalto. Nos bastidores, opositores do atual presidente do Senado avaliam a possibilidade de votar no candidato do MDB, mas a definição ainda depende de quem será o emedebista na disputa.

O MDB tem quatro pré-candidatos. Eduardo Gomes (TO), Fernando Bezerra Coelho (PE), Simone Tebet (MS) e Eduardo Braga (AM). O PSD chegou a cotar o senador Anastasia para o cargo. Os emedebistas fizeram um acordo para lançar um candidato único e escolher o nome que tiver mais votos entre os 81 senadores. /COLABOROU DANIEL WETERMAN

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