‘Principal demanda dos jovens tenentes era o voto secreto’, diz Anita Leocádia Prestes

Pesquisadora do movimento e filha de seu líder, o capitão Luiz Carlos Prestes, ela trata da trajetória do movimento, de seu pai e de seus companheiros de rebeliões nos anos 1920

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Foto do author Marcelo Godoy

Historiadora e filha de Luiz Carlos Prestes, um dos maiores líderes do movimento tenentista, a professora Anita Leocádia Prestes enfrentou um grande desafio na sua vida: conseguir tratar do pai com a distância que a pesquisa histórica requer para a compreensão do papel do homem em seu tempo, quando a República oligárquica caminhava para seu fim. Para ela, o tenentismo é fruto da crise da República Velha. Eis aqui a sua entrevista:

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Que balanço podemos fazer do impacto causado pelo tenentismo na história da República?

O tenentismo foi o fruto da crise da República Velha. Naquele contexto não havia outras forças políticas capazes de questionar com força o poder oligárquico exercido principalmente por São Paulo e por Minas, resultado da política dos governadores, de Campos Salles. O movimento operário era muito débil e não tinha influência para abalar os alicerces da República Velha. Quem tinha eram as camadas médias, exercidas pelo tenentismo, embora os próprios tenentes não tivessem muita clareza do papel que estavam desempenhando. Eu expus isso muito detalhadamente nos meus livros, pois pesquisei muito sobre tenentismo e a Coluna Prestes. Está muito claro que todo esse movimento que começou no 5 de Julho de 1922 e se estendeu pela década foi o fator principal para abalar as estruturas da República Velha e contribuir para que ela viesse abaixo na Revolução de 1930. Esta não teria sido possível se o clima criado no País, que eu chamo de clima revolucionário, de tal ordem, no meio urbano, na classe média, que a agitação era muito grande. Embora não houvesse uma organização popular, havia uma simpatia e uma torcida pelos tenentes enorme. Criou-se esse ambiente favorável para que os revolucionários de 1930 chegassem ao poder em um movimento em que os tenentes tiveram um papel secundário. Ali foram decisivas as oligarquias dissidentes, principalmente do Rio Grande, de Minas e da Paraíba e uma parte do Exército, mas não dos tenentes.

Anita Leocádia Prestes contesta homenagem ao líder comunista Luiz Carlos Prestes e diz que o pai não estaria de acordo com o atual governo e as medidas aprovadas pelos parlamentares em sessão especial no Senado em 2013, que restituiu simbolicamente o mandato do político na Casa, cassado em 1948 Foto: Marco Fernandes/CoordCOM/UFRJ

Como a gente poderia caracterizar as ideias defendidas pelos tenentes. Eles tinham uma visão de mundo própria?

Esses setores médios não têm ideologia própria, mas a gente pode dizer que a ideologia deles era a ideologia liberal. Isso está muito claro em todos os manifestos deles, nos poucos documentos que produziram. Eles eram muito pragmáticos. O problema deles era muito mais ação do que elaborar ações e documentos. Seguiam o liberalismo. A principal demanda deles era o voto secreto. Isso os unificou. Vinha desde os anos 1910, com Rui Barbosa. As eleições eram fraudadas com o voto bico de pena. Os tenentes estavam indignados com aquele sistema eleitoral. Em 1930, quem ganhou mais uma vez as eleições foi o candidato da oligarquia paulista, o Júlio Prestes. A principal palavra de ordem era o voto secreto, mas eles falavam também – e a principal liderança civil entre eles era o oligarca gaúcho Francisco Assis Brasil – em representação e Justiça. Um ideário tipicamente liberal, que era a ideologia dominante no Brasil. E os tenentes adaptaram-na aos seus objetivos, pois a ideologia liberal não funcionava no Brasil, era só uma figura de retórica. Não havia uma Justiça Eleitoral independente. Ela funcionava dentro do Congresso Nacional. Uma comissão ali revia os votos dados em cada eleição.

Mas Juarez Távora tem escritos em que defende uma democracia tutelada?

Sim. O Juarez defende isso quase já em 1930. Mas esse é o tenentismo pós-1930, que é algo bastante diferente do tenentismo dos anos 1920. Aí esses tenentes, liderados pelo Juarez, vão adotar uma ideologia autoritária. O grande ideólogo deles é o Alberto Torres. É um momento de crise do liberalismo no mundo, em 1929 e 1930. Um liberal como Afonso Arinos de Mello Franco vai ser a favor de um governo forte naquele momento. O prestígio e a influência das ideias autoritárias e até fascistas é muito grande. Isso vai levar que um grupo de tenentes, que adere a Getúlio a partir de 1929, a adotar essas ideias autoritárias que, por sinal, vão estar presentes no governo de Getúlio Vargas. Góes Monteiro, que foi a liderança militar máxima de 1930, que era um militar governista e que combateu os tenentes de armas nas mãos, ele vem junto com o Getúlio a frente das tropas que fazem a revolução de 1930. A maioria dos tenentes vai aderir à Aliança Liberal e ao ideário do Góes Monteiro, que é autoritário. A chamada revolução de 1930 se faz sob os lemas da Aliança Liberal, mas na prática eles vão implantar o autoritarismo. E os grandes teóricos dele são o Alberto Torres e o Oliveira Viana. O Juarez é um dos poucos que escreve e rebate as posições do Prestes em 1929 e 1930. Ele tem uma carta em que a epígrafe é do Alberto Torres. Prestes rompe e mais alguns tenentes vão ficar com Prestes.

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Cordeiro de Farias (à esq.), Luiz Carlos Prestes, ao centro, e Djalma Dutra (dir.) durante a marcha da coluna pelo Brasil Foto: Reprodução

Como a senhora vê a figura de seu pai, Luiz Carlos Prestes?

Ele foi um tenente. Ele começa a conspirar em 1921, a conspiração que vai desembocar no 5 de julho de 1922, do qual ele não participa porque estava doente, com tifo. Mas, enfim, ele participa. Não tinha então nada de comunismo ou ideia do que ele fosse. Ele e os demais tenentes formados na Escola Militar tinham uma boa formação profissional, mas em matéria de sociologia ou de ciências socais a ignorância era muito grande. Durante a Coluna, Prestes ficou muito chocado com a situação do Brasil. A Coluna foi o grande momento do tenentismo, o único levante que não foi derrotado, apesar de não conseguir seu objetivo principal por não ter posto abaixo o governo de Artur Bernardes. Ela percorreu 25 mil quilômetros antes de se refugiar na Bolívia. Prestes passa a se preocupar qual a solução para o Brasil. No exílio, ele defende a ideia de encerrar a coluna, pois ela não ia resolver os problemas do Brasil e chega à conclusão de que o programa dos tenentes de voto secreto não ia servir às massas esfomeadas do interior do Brasil. Decide estudar para ver qual a solução. Ele é procurado por Astrogildo Pereira, do PCB, na Bolívia, e vai estudar o marxismo. Na Argentina, ele se convence que a solução daqueles problemas era o comunismo e vai se aproximar dos comunistas. Eu resumo a vida dele em três momentos: ele começa a vida como um jovem tenente patriota indignado com a situação do País, como seus colegas. Nesse processo, na coluna, ele vai se tornar um revolucionário, que vai lutar de armas nas mãos contra o domínio oligárquico e, nesse processo, ele se torna comunista. A partir de 1930 ele se torna comunista até morrer. As oligarquias dissidentes de então apostavam em Prestes. Ele era então a liderança de maior prestígio do Brasil. Queriam que ele participasse de 1930. Foi oferecido a ele o poder na bandeja e ele recusou. Mas foi algo fundamental e importante na vida dele. O tenentismo não era só um movimento militar. Havia o tempo todo contato com civis. Uma grande parte dos maragatos liderados pelo Assis Brasil aderiram à coluna. No Maranhão, houve muito contato com lideranças de oposição. A ruptura dele em 1930.

A senhora acha que análises que dão ênfase grande à estrutura da organização militar, ao ethos militar, seriam insuficientes para explicar o tenentismo?

Eu acho. Elas são parciais. Têm aspectos interessantes, pois a corporação militar influi muito na formação do militar, mas os militares não são só isso. Eu sempre dizia pros meus alunos: militar é gente, está participando da sociedade, tem família, tem amigos, enfim, relaciona-se com a sociedade. Ele não é só um fruto da corporação militar, por mais que essa formação militar seja forte, eles estão inseridos na sociedade. Eu acho que a corrente historiográfica mais correta – em certa medida a Maria Cecília Spina Forjaz se insere e eu também – é no sentido de juntar as duas coisas, ver as duas articulações, as de militares e as dos civis. Pesquisei no arquivo do Nilo Peçanha, que era pouco explorado no início dos anos 1990. O Nilo foi o candidato da Reação Republicana, na eleição de março de 1922, representando as oligarquias oposicionistas a Minas e São Paulo. Ele era do Rio de Janeiro e contava com o apoio do Rio Grande do Sul, da Bahia, de Pernambuco e do Distrito Federal. Os militares e os tenentes participam ativamente desse movimento. O tenentismo nasceu nesse caldo de cultura. Os tenentes estavam conspirando enquanto participavam da campanha do Nilo em todo o Brasil. Epitácio Pessoa, que era o presidente na época, a medida que via a conspiração na capital, transferia os tenentes para as mais diversas regiões do Brasil. Com isso, ele espalhou a conspiração, pois esse pessoal chegava nos Estados e formava comitês da Reação Republicana. Existem documentos dizendo que, se as eleições fossem perdidas, eles iriam para o levante. As eleições foram em 1.º de março. Nilo Peçanha foi derrotado e, no dia 5 de julho, eles se levantaram. Isso estava programado por eles. Eram desorganizados, mas eles conspiravam. A maior parte dos levantes foi rapidamente derrotada. Nilo Peçanha depois vai ser advogado dos tenentes, que são presos. O processo tem cerca de 20 volumes e ali está um pequeno documento em que eles diziam o que pretendiam fazer com o levante: não era instaurar uma ditadura militar, mas entregar o poder ao Nilo Peçanha. A articulação entre militares e civis era grande. E é dessa articulação que nasce o movimento tenentista como uma reação àquela derrota. Eleitoralmente eles se convencem que não tinha como eleger um presidente da República. Essa articulação se estendeu durante toda a década de 1920.

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Em São Paulo, quando há a rebelião em 1924, o governador de São Paulo sai da cidade, o comandante militar, o Isidoro Dias Lopes, oferece às lideranças civis da cidade a formação de um governo, mas elas se recusam.

Essas lideranças não estavam interessadas. Mas por outro lado, setores operários abriram barricadas nas ruas. O Isidoro (Dias Lopes) é que não quis esse apoio. A saída eles para Bauru, três semanas depois, foi organizada pelos ferroviários. O processo do levante de São Paulo mostra que a revolta teve apoio no interior de lideranças civis e militares, mas a elite da capital, no primeiro momento, não estava interessada, mas, depois, resolveu negociar. Só em 1926 vai ser criado o Partido Democrático.

Juarez Távora em meio a outras pessoas em foto de autoria desconhecida Foto: Arquivo/Estadão

É possível dizer que o tenentismo como movimento se dissolve por completo na década de 1930?

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Ele se dissolve. Claro que existem práticas e mentalidades que permanecem, não acabam da noite para o dia, mas aqueles tenentes que ficaram no Exército acabam aderindo ao Getúlio. O Clube 3 de Outubro, várias entidades que foram criadas, foram criadas pelo Góes Monteiro e pelo Oswaldo Aranha para dar apoio ao governo. Os tenentes ficaram subordinados ao governo, sem autonomia. Estavam encantados com a possibilidade de ir para o poder com o Getúlio. E com o Góes Monteiro, que era um cara inteligente e que, desde meados dos anos 1920, estudava doutrinas europeias autoritárias. Ele terá influencia decisiva no poder pós-1930, tanto no governo provisório como no golpe de 1937. Ele é a alma desse processo de formação de um Estado autoritário. O inimigo são os comunistas, mas na prática era acabar com o federalismo, a influencia que tinham as oligarquias locais, diminuir o poder delas e fazer um estado centralizado e um Exército também. É a Doutrina Góes. Há uma carta, que na época foi secreta, que está hoje no arquivo CPDOc, na (Fundação) Getúlio Vargas, de janeiro de 1934, uma carta longa, de mais de 20 páginas, em que o Góes escreve para o Getúlio dizendo tudo o que era preciso fazer para ter um Exército forte, que era algo que preocupava muito os militares, e um Estado forte. A tese era essa: Estado forte, autoritário e interventor, que acabasse com o federalismo e atendesse aos interesses da industrialização, para a montagem de uma indústria de base, que o Brasil não tinha. Isso era importante até para fortalecer o Exército, daí o esforço para obter financiamento para criar Volta Redonda. Isso fez parte de um projeto elaborado por Góes Monteiro, que fez também uma limpeza do Exército.

Qual o papel dos tenentes que aderiram a Getúlio, como Juarez Távora, Cordeiro de Farias e Eduardo Gomes, após a redemocratização em 1945?

Eles foram para o poder com Getúlio. O Eduardo Gomes vai desempenhar um papel muito importante de direita e reacionário no golpe de 1945. Ele se apresentava como liderança dos 18 do Forte, tanto que muita gente de esquerda se enganou e pensou que se podia avançar com o Eduardo Gomes, mas ele estava conspirando com o Góes Monteiro e com o (Eurico Gaspar) Dutra para o golpe de 29 de outubro. O estado Novo não era mais Estado Novo naquele momento. Getúlio havia visto a partir de 1943 que quem ia vencer a guerra era os Estados Unidos e muda de lado. Eduardo Gomes será o candidato da UDN. Até o Caio Prado Junior, que era comunista, vai considerar que foi errado não apoiar o Eduardo Gomes. A influencia naquele momento, a propaganda feita em torno de Eduardo Gomes, que fez carreira como brigadeiro no estado Novo, apareceu ali como grande oposição e democrata. O Prestes dizia que não tinha dois candidatos tão parecidos quanto Eduardo Gomes e Eurico Dutra.

Esse oficiais permanecem no Exército?

Sim, eles fizeram carreira e foram promovidos, aceitaram a anistia de 1930. Alguns vão aderir ao golpe de 1964. Não todos.

É possível dizer que essa ideia de modernização conservadora é o que vai ser marca na atuação política deles até o regime de 1964?

Não. Eles vão sofrer uma influência grande da guerra, da Segunda Guerra Mundial. A doutrina da segurança nacional terá uma influência decisiva. Todos vão se enquadrar na concepção que vem dos EUA. O mundo está dividido em dois campos, o campo comunista e nós pertencemos ao campo ocidental e devemos estar fiéis a ele. Houve uma quebra importante com a guerra. Veja os militares que deram o golpe. O Costa e Silva, por exemplo, era tenente e depois arrepiou carreira. O Prestes o conhecia bem. Em 1964, eles usavam esse discurso de que a Revolução de 1964 era a realização dos ideais dos tenentes da década de 1920, que era uma maneira de prestigiar a chamada revolução redentora de 1964. Há discurso do Costa e Silva presidente, dizendo isso. Era o uso da memória deturpada para seus objetivos políticos. Essa concepção vem até hoje. Veja esses militares que estão com Bolsonaro, como o Augusto Heleno. Ele diz que nós estamos no campo dos Estados Unidos. O nacionalismo para eles não existem mais.

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Ministro Juarez Távora, à frente, à esquerda, acompanhado de militares. À direita está o então ministro do Exército, Artur da Costa e Silva. Ambos estavam presentes no governo de Humberto castelo Branco, constituído após a deposição de João Goulart, em 1964. A foto é de 30/11/1965 Foto: Arquivo/Estadão

É muito comum em qualquer solenidade militar esses quadros serem reverenciados, como Siqueira Campos, cuja frase de que ‘à Pátria se deve tudo sem esperar nada em troca, nem mesmo compreeensão’...

...Coitado do Siqueira Campos. Como o Siqueira Campos morreu logo e não estava aí para protestar, eles usam a memória do Siqueira Campos para contrapor à do Prestes. Usaram muito o Siqueira Campos. Aquele monumento que existe ao Siqueira campos em Copacabana foi inaugurado no governo Médici. Eles inventavam uma história do tenentismo que lhes dava suporte. Eles eram os continuadores dos ideais do tenentismo e aí, como o Siqueira Campos não podia protestar, estava morto... Imagina... O Siqueira Campos ia ficar indignadíssimo por tudo o que meu pai contava a respeito do Siqueira Campos. Usaram muito a sua figura.

Quando ele morre, ele teria ido conversar com Prestes para dissuadi-lo de lançar o manifesto de maio de 1930 (no qual Prestes torna pública sua adesão ao comunismo)?

Não foi só ele. Quando o Prestes resolveu que ia publicar o manifesto, ele convocou, ele ainda era a liderança dos tenentes, convocou vários deles para irem a Buenos Aires conversar com ele. Foi o Juarez, foi o João Alberto e o Siqueira estava lá. Foi uma semana de discussões. Prestes não conseguiu convencer ninguém. E o Siqueira Campos era o mais próximo dele, muito amigo, ele não se conformava. O Siqueira estava em uma apartamento em São Paulo fabricando bombas para a revolução e as levava para casa de um ricaço do Partido Democrático que morava em uma daquelas mansões. O Siqueira estava na reunião e, depois de terminada a reunião – o Prestes contava –, eles passaram uma semana discutindo. Os dois. Eles realmente eram muito amigos e o Siqueira Campos não queria aceitar de jeito nenhum que o Prestes rompesse daquele jeito. O Preste dizia: ' Imagina, você vai participar dessa revolução com esses caras todos que nós combateram, esse governo não vai contribuir para nada, será uma reedição dos outros’. E aí o Siqueira Campos disse: ‘Eu chego lá e fuzilo todos eles’ (a Aristides Leal, outro tenente, Siqueira Campos disse algo semelhante, afirmando que mandaria os políticos à merda e faria a revolução com o povo). Ele dizia pro Prestes que eles iam para o poder e fuzilaria todos eles. E o Prestes respondia: “Você está muito enganado, quem será fuzilado vai ser você”. Eles não chegaram a nenhum acordo e o Siqueira pediu 15 dias para o Prestes publicar o manifesto e, quando ele voltava para o Brasil, o avião tragicamente caiu com ele e o João Alberto, que se salvou. O Siqueira sempre foi muito usado por causa disso. Depois do Prestes, ele o Juarez eram os mais famosos. Era uma maneira de contrapor o Prestes, que tinha virado comunista e era execrado.

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