Professores em greve podem ficar sem salários

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Por Agencia Estado
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Se depender do procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, os professores universitários em greve ficarão sem receber os seus salários. O chefe do Ministério Público encaminhou hoje um parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) sugerindo que o presidente do órgão, Marco Aurélio Mello, mantenha a suspensão dos salários dos docentes. Em breve, Marco Aurélio deverá decidir um pedido do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) para que o presidente do STF torne sem efeito a decisão de seu vice, Ilmar Galvão, que foi favorável ao Ministério da Educação. Para Geraldo Brindeiro, no caso, ficou demonstrado o risco de grave lesão aos interesses públicos a ponto de justificar a suspensão dos salários. Segundo o procurador, uma decisão favorável aos professores representaria um estímulo indevido ao movimento grevista, que estaria prejudicando 493.632 estudantes matriculados na graduação e outros 140 mil vestibulandos. No parecer, Brindeiro lembra ainda que o direito de greve ainda não foi regulamentado por meio de uma lei complementar.

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