Polícia Militar estimou em 1,4 milhão o número de manifestantes na avenida
PUBLICIDADE
Por Redação
O protesto da Avenida Paulista pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff reuniu 1,4 milhão de pessoas e outras 400 mil em cidades da Grande São Paulo e do interior do Estado, segundo informações da Polícia Militar. Já o Movimento Vem Pra Rua estimou em 2,5 milhões na cidade e cerca de 5 milhões no Brasil. O Instituto Datafolha calculou 500 mil participantes, o maior ato desde o movimento Diretas Já, em 1984. Além de Dilma, o ex-presidente Lula e o PT foram os alvos preferidos dos manifestantes – boa parte de famílias de classe média. Nos cartazes e camisetas, o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, e o “japonês da federal” foram tratados como heróis.
Já havia manifestantes na Paulista desde o fim da manhã. Por volta das 14 horas, o movimento aumentou e antes das 15 horas, todas as faixas da avenida já estavam tomadas. A maioria estava vestida com camisas da seleção brasileira ou das cores verde e amarela. Muitos carregavam faixas com críticas à corrupção e ao governo petista. Ao menos seis carros de som, comandados por grupos como os dos Revoltados Online, Movimento Brasil Livre e a favor da intervenção, desfilaram na via. As estações do metrô lotaram e, no auge do movimento, policiais militares restringiram o acesso de pessoas por causa da grande concentração.
Avenida Paulista é tomada por manifestantes vestidos de verde e amarelo
1 / 24Avenida Paulista é tomada por manifestantes vestidos de verde e amarelo
Manifestação
A Polícia Militar chegou arestringiro acesso de pessoas à Avenida Paulista na manifestação de 13 de março. O argumento foio excesso de pessoas no loca... Foto: Daniel Teixeira / EstadãoMais
Manifestação
Foto da Avenida Paulista mostra a via tomada de manifestantes Foto: AFP / MIGUEL SCHINCARIOL
Manifestação
O governador Geraldo Alckmin e o senador Aécio Neves, ambos do PSDB, foram ao protesto na Avenida Paulista. Os políticos foramhostilizadose não discur... Foto: Gustavo Lopes / Radio EstadãoMais
Manifestação
Criança cumprimenta policial militar na Avenida Paulista Foto: AMANDA PEROBELLI / ESTADÃO
Manifestação
Manifestantes tiram foto com agentes da Polícia Militar em São Paulo Foto: AMANDA PEROBELLI / ESTADÃO
Manifestação
Manifestantes levaram bonecos da presidente Dilma e do ex-presidente Lula Foto: AMANDA PEROBELLI / ESTADÃO
Manifestação
Raio entre o vão livre do Masp e a sede da Fiesp concentra o maior volume de manifestantes Foto: Gabriela Biló/Estadão
Manifestação
O presidente da Fiesp Paulo Skaf defendeu nesta tarde a renúncia da presidente como caminho 'menos traumático' para o fim da crise política no Brasil Foto: Amanda Perobeli/Estadão
Manifestação
Vão livre do Masp concentra manifestantes na tarde deste domingo Foto: Gabriela Biló/Estadão
Manifestação
O juiz Sergio Moro e a Operação Lava Jato são alvo de homenagens no protesto deste domingo Foto: Gabriela Biló/Estadão
Manifestação
Manifestantes fazem ato contra o governo de Dilma Rousseff na Avenida Paulista Foto: Amanda Perobeli/Estadão
Manifestação
Como aconteceu em atos anteriores, policiais militares são exaltados pelos manifestantes Foto: Gabriela Biló/Estadão
Manifestação
Bandeiras de manifestantes pedem o fim dacorrupção, a renúncia e o impeachment dapresidente Dilma e exaltam o juiz Sergio Moro e a Operação Lava Jato Foto: Gabriela Biló/Estadão
Manifestação
Concentração reúne manifestantes na Avenida Paulista Foto: Gabriela Biló/Estadão
Manifestação
Reivindicações se ampliam na Avenida Paulista neste domingo Foto: Gabriela Biló/Estadão
Manifestação
Vestidos de verde e amarelo, manifestantes carregam faixas, bonecos de alusão aDilma Rousseff e aLulae bandeiras do Brasil Foto: Amanda Perobeli/Estadão
Manifestação
Marcado para começar às 15h, o ato contra o governo de Dilma Rousseff já recebia manifestantes desde o início da tarde Foto: Amanda Perobeli/Estadão
Manifestação
Cartazes pedem o fim da corrupção e a saída de Dilma Rousseff da presidência Foto: Amanda Perobeli/Estadão
Manifestação
Vendedores ambulantes faturam com a venda de bonecos em alusão ao ex-presidente Lula e à Dilma Rousseff Foto: Amanda Perobelli/Estadão
Manifestação
Bandeiras do Brasil ilustram a Avenida Paulista na tarde desta terça-feira Foto: Amanda Perobelli/Estadão
Manifestação
Em São Paulo, vendedores ambulantes se incorporam à manifestação na Avenida Paulista Foto: Gabriela Biló/Estadão
Manifestação
É possível encontrar'panelaços' na concentração do ato contra o governo de Dilma Rousseff Foto: Gabriela Biló/Estadão
Manifestação
Crianças participam de manifestação na Avenida Paulista Foto: Gabriela Biló/Estadão
Manifestação
'Panelaço' também integra protesto na Avenida Paulista Foto: Amanda Perobeli/Estadão
PUBLICIDADE
“Nós notamos um perfil bem mais diverso. Cada vez mais famílias e jovens engajados, vindos de vários lugares”, disse o publicitário Paulo Abdo, de 72 anos, que participou de todos os atos pela saída da presidente acompanhado da mulher. “O movimento contra o governo fica cada vez mais forte”, disse. O engenheiro alemão Wolfram Perrey, de 51 anos, que vive no Brasil há 15 anos e foi ao ato acompanhado da mulher, estava otimista. “As pessoas estão mais informadas. É o melhor que vi acontecer para o País, isso é essencial para a democracia”, diz.
O boneco “pixuleco” com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff usando uniformes de presidiários fez sucesso durante a manifestação na Paulista.
Publicidade
O Movimento Endireita Brasil colocou um pedalinho em frente ao caminhão de som para os manifestantes tirarem foto. Referência ao sítio em Atibaia frequentado pela família de Lula. Do alto do caminhão, integrantes do movimento faziam discursos raivosos contra petistas. O professor aposentado Antônio Leopoldo Cruz, que trouxe a mulher e os dois netos para a Paulista, tirou fotos no pedalinho. “Eu era metalúrgico no ABC na época do Lula e das paralisações. Éramos contra o Maluf e eu acreditei que um partido formado pelo Lula fosse melhorar o País”, disse. Cruz afirmou que nunca votou no PT e não minimizou críticas à gestão Geraldo Alckmin (PSDB).
Dia de Protestos
1 / 10Dia de Protestos
Especialistas comentam as manifestações contra o governo Dilma Rousseff
Roberto Romano, Maria Aparecida D'Aquino e Carlos Melo debatem as implicações dos protestos do dia 13 de março Foto: TV Estadão | 13.03.2016
Manifestação contra a corrupção leva milhares às ruas de São Paulo
As manifestações deste domingo, 13,pelo Brasil tiveram como moteprincipal o "fora Dilma" e "fora PT”, no entantopolíticos de oposição também foram alv... Foto: TV Estadão | 13.03.2016Mais
Antipetista distraído usa vermelho em protesto em Buenos Aires
Na Argentina, universitário foi único entre 70 manifestantes a esquecer cores da bandeira Foto: TV Estadão | 13.03.2016
Alckmin e Aécio são hostilizados na Paulista
Governador de São Paulo e presidente nacional do PSDB não foram poupados de críticas em manifestaçãao contra o governo federal Foto: TV Estadão | 13.03.2016
Mais de um milhão em SP
A cidade de São Paulo, um dos centros dos protestos contra o governo Dilma Rousseff no ano passado, voltou a receber uma multidão neste domingo. Segun... Foto: AFP | 13.03.2016Mais
Brasília reúne pelo menos cem mil
Pelo menos cem mil pessoas se reuniram neste domingo na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para protestar contra o governo Dilma Rousseff e pedir... Foto: AFP | 13.03.2016Mais
Brasileiros cantam o Hino nacional - Santiago Chile
Brasileiros no Chile. Foto: MARCELO JOSÉ ROVAI - Você no Estadão
As ruas mudam o País?
Nova onda de manifestações deve ser determinante para o futuro de Dilma Rousseff e para a era petista na Presidência da República. Foto: 12.03.2016
Manifestação em Presidente Prudente
Manifestação em Presidente Prudente Foto: cyro augusto correia leone
Manifestações em Brasília
De acordo com a Polícia Militar, 100 mil pessoas se reuniram em ato contra a corrupção e a favor do Impeachment da presidente Dilma em Brasília Foto: AFP | 13.03.2016
Com o acirramento do cenário político, o apoio ao impeachment da presidente Dilma causa polarização até dentro de casa. As irmãs Juliana e Helena Zanollo foram à Avenida Paulista protestar pela saída de Dilma sob críticas do irmão, contrário à saída da petista. “Ele diz que ainda faltam provas concretas e que nós não sabemos pelo que viemos manifestar”, diz Juliana, de 29 anos, assistente de Marketing.
De acordo com os manifestantes e a PM, não houve registro de tumultos. Na capital, três pessoas foram detidas. Uma mulher foi levada para a delegacia acusada de desacato após agredir PMs e dois homens suspeitos de furtarem celulares também foram detidos.
Por volta das 17 horas, a maioria dos grupos começou a deixar a avenida, o que lotou novamente as estações de metrô. Às 19h30, praticamente não havia mais manifestantes na avenida.PM não revela metodologia A Polícia Militar de São Paulo divulgou uma estimativa do número de manifestantes na Avenida Paulista 180% maior que a do instituto Datafolha: 1,4 milhão contra 500 mil. A disparidade é ainda mais significativa ao se levar em conta que o Datafolha incluiu em seus cálculos o fluxo de manifestantes em todo o protesto. Já a PM afirma que seu número leva em conta o público presente às 16h15, “sem contar a rotatividade do público presente”. A nota divulgada ontem pela PM não esclarece detalhes da metodologia utilizada nem quantas pessoas por metro quadrado foram contabilizadas. No protesto de março de 2015, quando a PM estimou em 1 milhão o número de presentes (quase cinco vezes mais do que a conta do Datafolha), a instituição informou que havia cerca de cinco pessoas por metro quadrado na Paulista e ruas adjacentes. Com essa concentração, similar à de um metrô lotado, caberiam apenas 580 mil pessoas na Paulista, já que a avenida tem 116 mil metros quadrados, incluindo calçadas.