Em uma convenção que colidiu, em dia e horário, com a do PT e a da federação petista com PCdoB e PV, o PSB aprovou, por unanimidade, a indicação do ex-prefeito de Campinas Jonas Donizette (PSB) como vice de Fernando Haddad (PT) ao governo estadual de São Paulo. A ata da reunião, obtida pelo Estadão, não cita o nome da médica Marianne Pinotti (PSB), que tem sido também cotada à vaga. Cotado a suplente de Márcio França ao Senado, o empresário José Seripieri Filho também não aparece no documento.
A convenção do PSB aconteceu neste sábado, 23, em um galpão do Sindicato dos Padeiros de São Paulo. A entidade é presidida por Francisco Pereira de Sousa Filho, o Chiquinho dos Padeiros, que é filiado à legenda.
O evento da legenda seria precedido de uma reunião a portas fechadas entre o ex-governador Márcio França (PSB), o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) - candidato a vice de Lula na chapa presidencial - e o ex-prefeito Fernando Haddad (PT). Em seguida, eles deixariam a sede do sindicato e iriam para o evento. Só depois, rumariam à Assembleia Legislativa de São Paulo, onde o PT realizava suas convenções.
Nada disso aconteceu. Com o evento petista no mesmo horário, Haddad cancelou sua ida ao evento peessebista e foi direto para a Alesp. França e Alckmin acabaram passando antes pela convenção petista, para, só depois, seguirem para o evento do PSB, por volta de meio dia deste sábado, 13.
Tudo isso fez com que as convenções do PSB de São Paulo acabassem de forma discreta - o que não impediu correligionários de tomar importantes decisões. Logo no início da ata, o PSB faz constar que apoia a chapa de Haddad “ficando em aberto a indicação para o cargo de vice-governador”. A legenda também aprovou a coligação com a federação PT, PC do B e PV.
No mesmo documento, consta que, “durante os trabalhos, houve a apresentação de proposta, por diversos convencionais, de que, caso a vaga ao cargo de candidato (gênero masculino) a Vice-Governador da Chapa Majoritária seja preenchido pelo PSB, a convenção delibera, desde já, que será indicado para o cargo, o companheiro Jonas Donizette Ferreira”. De acordo com a ata, “colocada em votação a proposta, foi aprovada por unanimidade dos convencionais presentes”.
No mesmo documento, no entanto, consta que o nome de Donizette também foi aprovado como candidato a deputado federal. Segundo apurou o Estadão, o ex-prefeito está reticente quanto a aceitar a indicação a vice, e pensa em manter a candidatura a deputado.
O PSB tem um outro nome cotado para a vaga de vice de Haddad. Trata-se da médica Marianne Pinotti, que foi secretária da Pessoa com Deficiência em sua gestão na Prefeitura. Haddad tem se esforçado para convencer a ex-ministra Marina Silva (Rede) a deixar a candidatura à Câmara dos Deputados para ser sua vice. Apesar de ter declarado apoio ao petista, Marina ainda não se convenceu. O nome de Marianne é fortalecido pela ideia dos petistas de que falta uma liderança feminina na chapa de Haddad.
Marianne, no entanto, não foi nem sequer mencionada na ata do PSB obtida pelo Estadão. Outra ausência no documento é a de José Seripieri Filho, o Júnior, fundador da Qualicorp, e atual dono da QSaúde. O empresário se filiou em abril ao PSB, de maneira discreta. Amigo do ex-presidente Lula, tem sido considerado uma possibilidade para a suplência de Márcio França (PSB) ao Senado. Caso França deixe o cargo para virar ministro em um eventual governo Lula, a vaga ficaria com Junior.
Segundo a ata, foram aprovadas as candidaturas de 18 mulheres e 41 homens ao cargo de deputado federal. E, também, de 28 candidatas e 61 candidatos à Assembleia Legislativa. Como já era previsto, o nome de Márcio França também foi endossado por unanimidade.
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