O Diretório Nacional do PSDB decidiu nesta quarta-feira, 21, expulsar o ex-presidente da legenda no município de São Paulo, Fernando Alfredo. Ele esteve à frente do diretório municipal do partido até 2023, quando foi substituído pelo atual candidato a vice-prefeito na chapa tucana, José Aníbal. Os dois vem travando combates desde que a legenda oficializou José Luiz Datena como candidato à prefeitura da cidade.
Segundo o partido, o estopim da expulsão foi o pedido de impugnação da candidatura de Datena feito por Alfredo. De acordo com o delegado nacional do PSDB, Gustavo Kanffer, Alfredo violou “a ética, a disciplina e a fidelidade partidária, até mesmo pelo cometimento de infrações eleitorais, como propagar desinformação com o objetivo de tumultuar os trabalhos do partido”.
Alfredo declarou ao Estadão que pretende judicializar a expulsão e voltar ao partido. Ele alega que a decisão da Executiva Nacional não seguiu o regimento interno da sigla —o que, segundo ele, abre espaço não só para seu retorno, como para a aplicação de processos disciplinares contra os autores da decisão.
O ex-presidente do diretório municipal do PSDB prometeu protocolar novos pedidos de impugnação da candidatura de Datena. “Ainda vivo, mesmo apeado de qualquer função partidária, continuarei a pregar no deserto, lutando pela democracia dentro e fora do partido”, declarou Alfredo em nota.
O agora ex-tucano esteve à frente da manifestação na porta da convenção partidária que confirmou a candidatura de Datena. Por isso, o conselho de ética do partido retomou representações antigas contra Alfredo e abriu novos processos disciplinares, diante de sua oposição às decisões da executiva nacional.
Tucanos a par do litígio disseram ao Estadão que a decisão de expulsar Alfredo foi tomada em uma reunião da Executiva marcada às pressas. Segundo essas fontes, o encontro foi convocado por José Luiz Datena assim que ele soube do pedido de impugnação.
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