PSOL rejeita apoiar Baleia e lança Erundina candidata à presidência da Câmara

Será a terceira vez que a deputada disputa o cargo; decisão do partido reforça possibilidade de eleição ser decidida em segundo turno

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BRASÍLIA – O plano do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de unir a esquerda em torno da candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) na disputa pela sua sucessão sofreu um revés nesta sexta-feira, 15. O PSOL, com dez deputados, decidiu lançar um nome próprio, o da deputada Luiza Erundina (SP), na eleição marcada para fevereiro. Será a terceira vez que ela se candidata. Na última, em 2017, teve dez votos.

Baleia conseguiu reunir em seu entorno o apoio de 11 siglas, incluindo os demais partidos de esquerda - PT, PSB, PDT, PCdoB e Rede - e ainda nutria esperanças de também ter o apoio do PSOL. O bloco do emedebista faz oposição ao de Arthur Lira (Progressistas-AL), candidato do Palácio do Planalto na disputa.

Em 2017, Erundina se candidatou à presidência da Câmara e conseguiu 10 votos Foto: Dida Sampaio/Estadão

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A bancada do PSOL estava dividida entre apoiar Baleia já no primeiro turno ou ser independente. O martelo foi batido pela Executiva Nacional da sigla na manhã desta sexta-feira, 15, depois da votação da bancada ter dado empate sobre a decisão.

A ação do PSOL reforça agora a possibilidade de a eleição da Câmara ser decidida apenas em um segundo turno, já que serão no total sete candidatos na disputa, o que tende a pulverizar votos e reduz a chance de um nome conseguir maioria em uma primeira votação.

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Para ganhar a eleição, o candidato precisa ter a maioria dos votos dos 513 deputados - ou seja, 257 - em primeira votação ou ser o mais votado em segundo turno.

Baleia e Lira são os dois nomes com mais apoio na campanha. O primeiro tem um bloco com 11 partidos e 281 deputados e, o segundo, com 9 partidos e 179 parlamentares. Concorrem de forma independente Fábio Ramalho (MDB-MG), Capitão Augusto (PL-SP) e André Janones (Avante-MG). Na quinta, o Novo lançou a candidatura de Marcel Van Hattem (RS).

Os deputados do PSOL que eram contra a candidatura própria defendiam o apoio ao emedebista como uma forma de derrotar o candidato do Palácio do Planalto.

Erundina concorreu no ano passado como vice-prefeita de São Paulo ao lado de Guilherme Boulos (PSOL). A dupla chegou a ir para o segundo turno, mas perdeu para o prefeito Bruno Covas (PSDB).

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