Pela primeira vez em quase 30 anos, o PSDB perdeu seu principal território no País. O candidato à reeleição, Rodrigo Garcia não conseguiu ganhar destaque com os eleitores paulistas nem utilizar o capital deixado pelo ex-Governador João Doria. No lugar dos tucano, surge o candidato do presidente Jair Bolsonaro, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que disputava o mesmo eleitorado de Garcia e conseguiu melhor desempenho. Foram pouco mais de 1 milhão e 500 mil votos à frente de Fernando Haddad (PT).
Com foco no segundo turno, Tarcísio já recebeu apoio do PSDB, PP e MDB em São Paulo. Já Haddad criticou a aliança entre Tarcísio-Garcia e afirmou que “o PSDB jamais apoiaria Bolsonaro”.
No gráfico, a intensidade do partido é refletida na largura e na posição da ‘onda’. Quanto maior o percentual de votos recebidos no ano, mais larga a representação – e mais ao topo do mapa a legenda é posicionada. As chapas que não levaram candidatos para a corrida (e que, por isso, não receberam votos) ficam na parte inferior da infografia e são mais finas. São exibidos apenas os 10 partidos que mais receberam votos em 2022.
PSDB
O PSDB teve mais de 50% dos votos em apenas duas cidades do estado: Mirassolândia (51,84%) e Trabiju (56,86%) contra 15 cidades no primeiro turno de 2018. Na eleição passada, ainda que não tivesse maioria, o partido conseguiu manter a hegemonia e segurar a vitória no segundo turno. Neste ano, a sigla tucana recebeu apenas 18% dos votos válidos.
REPUBLICANOS
A surpresa desta eleição foi a invertida de Tarcísio em Haddad nas urnas. O candidato do Republicanos teve mais de 50% dos votos válidos em 182 municípios de São Paulo, totalizando 42,32% dos votos em todo o Estado. Considerado como um “bolsonarista moderado”, o ex-ministro de Infraestrutura do governo Bolsonaro foi criticado por aliados por esconder apoiadores mais radicais na campanha de governo.
PT
Oponente histórico do PSDB, o PT teve seu melhor desempenho em 12 anos. No primeiro turno, Fernando Haddad conseguiu ter a maioria em 11 municípios e totalizou 35,70% dos votos válidos. Resultado similar quando Aloizio Mercadante (35,27%) pleiteou o cargo em 2010, mas perdeu para Geraldo Alckmin, ainda no primeiro turno, com 50,63%.
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