Veja quais são as armas que os militares pretendiam usar para matar Lula, Alckmin e Moraes

Relatório da PF mostra que grupo de militares planejava usar pistolas, fuzis, lança-granada e lança-rojão; operação deflagrada pela corporação prendeu cinco pessoas nesta terça-feira, 19

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Foto do author Wesley Bião
Atualização:

A operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta terça-feira, 19, investiga a atuação de um grupo de militares que planejava matar em 2022 o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu vice, Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O relatório da PF, enviado ao STF com o pedido de prisão dos envolvidos, tem 221 páginas e traz a descrição dos armamentos que os envolvidos pretendiam usar para consumar o crime.

Armamento de guerra seria empregado para o assassinato do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes Foto: Divulgação/Polícia Federal

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Segundo o relatório, o arsenal previsto contava com quatro pistolas 9mm ou .40 e quatro fuzis 5,56mm, 7,62mm ou .338, uma munição de alta precisão usada em combates de longa distância. Essas armas são amplamente utilizadas por forças de segurança e militares pela precisão e capacidade de neutralizar alvos em diferentes situações táticas.

Além dela, são citados armamentos de uso coletivo, como como a metralhadora M249, que pode ser operada por um soldado, mas tem alta capacidade de disparo automático. Com variantes nos calibres 5,56mm e 7,62mm, essa arma é um recurso estratégico em combates prolongados.

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O plano incluía ainda um lança-granadas de 40mm, equipamento que é comumente empregado para destruição de estruturas ou dispersão de grupos em terreno hostil.

Entre os itens mais avançados estava o lança-rojão AT4, conhecido por sua eficácia em destruir veículos blindados ou fortificações. O armamento é amplamente utilizado por forças armadas ao redor do mundo e a presença em um contexto civil não é comum, dada sua capacidade de causar danos em larga escala.

A operação, batizada de Contragolpe, resultou na prisão de um general da reserva, três militares das Forças Especiais do Exército – conhecidos como “kids preto” – e de um agente da própria PF. Eles são suspeitos de envolvimento em um plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que previa a “neutralização” de Lula, Alckmin e Moraes por meio de envenenamento e explosivos.

O plano veio à tona após a Operação Tempus Veritatis, iniciada em fevereiro para investigar uma tentativa de golpe de Estado supostamente articulada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

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