Quais foram os segundos turnos mais acirrados das eleições municipais no País? Veja

Levantamento do ‘Estadão’ aponta que, desde 2000, nove cidades elegeram prefeitos em segundo turno por diferença de votos inferior a 1 ponto porcentual; saiba quais

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Foto do author Juliano  Galisi

Quase 34 milhões de eleitores estão aptos a comparecer às urnas neste domingo, 27 de outubro, para a eleição de prefeitos em segundo turno. A votação ocorrerá nas 51 cidades do País em que o pleito para o Executivo local não foi decidido no primeiro turno, realizado em 6 de outubro.

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Essa etapa da votação só ocorre em cidades com mais de 200 mil eleitores registrados nas quais nenhum dos candidatos obteve mais de 50% dos votos válidos no primeiro turno. O cálculo dos votos válidos desconsidera os votos em branco e nulos.

O segundo turno para cargos majoritários foi instituído com a Constituição de 1988. Naquele ano, houve eleições municipais, mas a regra não foi aplicada, passando a valer a partir dos pleitos locais de 1992.

Desde as eleições de 2000, período para consulta disponível na base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), houve nove segundos turnos em que a margem de vitória do candidato eleito, considerando-se os votos válidos, foi inferior a um ponto porcentual. No caso mais extremo, a eleição foi decidida por 226 votos, uma diferença de 0,16 ponto porcentual entre os votos válidos dos candidatos.

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Veja abaixo as dez votações mais acirradas nos segundos turnos de eleições municipais desde 2000.

10º: Londrina (PR) em 2012

Alexandre Kireeff e Marcelo Belinati disputaram o segundo turno em 2012 Foto: @alexandrekireeff via Instagram e Vivian Honorato/Prefeitura de Londrina

Em 2012, a eleição à prefeitura de Londrina foi decidida em um segundo turno entre o empresário Alexandre Kireeff, do PSD, e o médico Marcelo Belinati, do PP.

À época, a política local vivia um momento turbulento. No pleito municipal anterior, em 2008, venceu o radialista Antonio Belinati (PP). Dois dias após a eleição, o prefeito foi cassado pelo TSE. Em janeiro do ano seguinte, o vereador José Roque Neto (PTB), presidente da Câmara Municipal, assumiu o Executivo local interinamente até a realização de uma eleição suplementar.

No pleito extra, realizado em março de 2009, o deputado federal Homero Barbosa Neto, do PDT, venceu o ex-secretário estadual Luiz Carlos Hauly, do PSDB. Três anos depois, em julho de 2012, Barbosa Neto foi cassado pela Câmara local, assumindo seu vice, Joaquim Ribeiro, que renunciou após dois meses no cargo, em setembro de 2012, na sequência de uma prisão determinada pelo Ministério Público paranaense.

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Em meio à confusão política, Londrina também viveria uma das decisões de segundo turno mais acirradas da história das eleições brasileiras. O empresário Alexandre Kireeff candidatou-se a deputado federal em 2010 pelo PMDB, mas não foi eleito. Já Marcelo Belinati, sobrinho de Antonio, elegeu-se vereador de Londrina em 2004 pelo extinto PSL e, no pleito seguinte, foi reeleito pelo PP.

Belinati liderou o primeiro turno, com 124.064 votos (45,39% dos votos válidos), enquanto Kireeff avançou para o segundo turno com 69.082 votos (25,27%). Na etapa final da eleição, o empresário reverteu a vantagem de mais de 20 pontos percentuais de seu adversário e venceu o pleito por 141.049 votos a 138.027 (50,53% a 49,46% dos válidos). A diferença de votos entre os postulantes foi inferior a três mil e, em porcentual, equivaleu a 1,06%.

Dois anos depois de perder a disputa pela prefeitura londrinense, Belinati foi eleito deputado federal e, em 2016, elegeu-se prefeito de Londrina, reelegendo-se em 2020. Kireeff não disputou cargos eletivos desde então.

9º: Ponta Grossa (PR) em 2012

Marcelo Rangel e Péricles disputaram o segundo turno em 2012 Foto: Dálie Felberg/Alep e Sandro Nascimento/Alesp

Em 2012, o comando de Ponta Grossa foi decidido em um segundo turno entre os deputados estaduais Marcelo Rangel, do PPS, e Péricles, do PT. Rangel venceu o petista por 88.611 a 86.929 dos votos (50,48% a 49,52% dos válidos). A diferença entre os concorrentes foi inferior a um ponto porcentual.

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No primeiro turno, a margem entre os dois havia sido acirrada: Rangel conquistou 59.633 votos, 33,44% dos votos válidos, enquanto o candidato do PT registrou 57.811 votos, o equivalente a 32,42%.

Rangel elegeu-se deputado estadual do Paraná em 2006, sendo reeleito em 2010. Em 2016, foi reeleito à prefeitura. Em 2022, migrou para o PSD, pelo qual foi eleito deputado estadual pela terceira vez. Neste ano, disputou a eleição municipal de Ponta Grossa mais uma vez, terminando o pleito em terceiro lugar.

Péricles concorreu a prefeito de Ponta Grossa em 2004, mas não foi eleito. Em 2006, candidatou-se a deputado estadual do Paraná, reelegendo-se em 2010. Em 2014, conquistou um terceiro mandato como deputado estadual paranaense, perdendo a recondução em 2018. Não se candidatou a outros cargos eletivos desde então.

8º: Recife (PE) em 2000

João Paulo e Roberto Magalhães disputaram o segundo turno em 2000 Foto: Jarbas Araujo/Alepe e Gervásio Baptista/Agência Brasil

Na capital de Pernambuco, em 2000, houve um segundo turno entre o então deputado estadual João Paulo, do PT, e o então prefeito Roberto Magalhães, do PFL (hoje, União Brasil). A eleição esteve prestes a ser decidida em primeiro turno com uma vitória do candidato do PFL, mas houve uma reviravolta e o petista acabou vencendo o mandatário por 50,38% a 49,62% dos votos válidos – 382.988 a 377.153 votos.

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Na década de 1990, João Paulo havia exercido sucessivos mandatos como deputado estadual de Pernambuco. Magalhães, por sua vez, cumpria mandato na Câmara dos Deputados. Antes, durante a década de 1980, havia sido vice-governador e governador do Estado. Em 1996, foi eleito prefeito de Recife e, em 2000, buscava a reeleição.

O prefeito registrou 345.915 votos no primeiro turno, o equivalente a 49,42% dos votos válidos, enquanto João Paulo obteve 249.282 votos, 35,62%. Magalhães esteve 0,56 ponto porcentual de vencer a eleição no primeiro turno, uma vez que, para tal, deveria atingir mais de 50% dos votos válidos. O ônus do prefeito era sensivelmente menor do que o do adversário, que estava a mais de 14 pontos porcentuais da vitória. João Paulo, mesmo assim, venceu o pleito. Foi reeleito em 2004, permanecendo no comando de Recife até 2008.

Em 2010, o ex-mandatário foi eleito deputado federal. Em seguida, amargou três insucessos eleitorais: tentou a vice prefeitura de Recife em 2012, na chapa de Humberto Costa (PT), hoje senador; em 2014, candidatou-se ao Senado e, em 2016, voltou a se candidatar à prefeitura de Recife. É deputado estadual desde 2018. Nesse período, candidatou-se a prefeito de Olinda em 2020, sem êxito.

Roberto Magalhães foi eleito deputado federal em 2002, permanecendo na Câmara por dois mandatos, até 2011. Não se candidatou a cargos eletivos desde então.

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7º: Santos (SP) em 2004

Papa e Telma de Souza disputaram o segundo turno em 2004 Foto: Luisinho Peres/Ministério da Cultura e @telmadesouza1 via Instagram

Em 2004, na disputa pela prefeitura de Santos, no litoral paulista, o engenheiro João Paulo Tavares Papa, do PMDB, registrou 121.002 votos e venceu a deputada federal Telma de Souza, do PT, que obteve 119.231 votos. Em termos porcentuais, a vitória do emedebista foi de 50,37% contra 49,63% dos votos válidos.

Papa conseguiu reverter a vantagem de votos da adversária, que liderou o primeiro turno, com 93.573 votos, 38,47% dos válidos, enquanto o engenheiro obteve 69.419 eleitores (28,54%).

Antes da eleição, o candidato do MDB era secretário e vice-prefeito da cidade, sob a gestão de Beto Mansur (PP). Papa foi reeleito em 2008, permanecendo no cargo até 2013. No ano seguinte, elegeu-se deputado estadual pelo PSDB. Em 2018, candidatou-se pelo mesmo partido a deputado federal, mas não foi eleito.

Na Câmara desde 1995, Telma de Souza não conseguiu a reeleição em 2006. Depois, elegeu-se vereadora em 2008 e deputada estadual em 2010. Em 2012, voltou a se candidatar ao Executivo de Santos e ficou em segundo lugar.

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Não foi reeleita ao Legislativo paulista em 2014, candidatando-se a vereadora de Santos em 2016. Permaneceu por dois mandatos no cargo, de 2017 a 2024. No período, candidatou-se a deputada federal em 2018 e ao Legislativo estadual em 2022, sem êxito. A vereadora foi candidata ao Executivo de Santos nas eleições 2024, terminando o pleito em terceiro lugar.

6º: Florianópolis (SC) em 2016

Gean Loureiro e Ângela Amin disputaram o segundo turno em 2016 Foto: Miriam Zomer/Agência AL e Rodrigo Pertoti/Câmara dos Deputados

O segundo turno de Florianópolis em 2016 é, por ora, o mais acirrado em uma capital estadual. O então vereador Gean Loureiro (MDB) venceu a ex-prefeita Ângela Amin, do PP, por uma diferença de 1.153 votos: o emedebista obteve 111.943 votos e Ângela, 110.790, o equivalente, em porcentual, a 50,26% a 49,74% dos válidos.

No primeiro turno, o candidato do MDB obteve 100.214 votos (40,39% dos votos válidos) e a postulante do PP, 60.959 (24,57%).

Loureiro vinha de dois mandatos como vereador da capital catarinense, além de uma campanha frustrada para a Câmara dos Deputados em 2010. Por outro lado, a última candidatura de Ângela Amin, prefeita da cidade entre 1997 e 2004, havia sido ao governo estadual, em 2010. Entre 2007 e 2011, foi deputada federal, cargo que já havia exercido no início da década de 1990.

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Gean Loureiro foi reeleito no pleito seguinte, em 2020, e permaneceu no comando de Florianópolis até 2022, quando renunciou ao cargo para concorrer ao governo de Santa Catarina, não sendo eleito. Já Ângela elegeu-se deputada estadual em 2018 e, em 2022, tentou retornar à Câmara, mas não foi eleita. Nesse período, tentou a prefeitura de Florianópolis mais uma vez, em 2020, terminando a eleição em quarto lugar.

5º: Caxias do Sul (RS) em 2000

Pepe Vargas e Ivo Sartori disputaram o segundo turno em 2000 Foto: Dida Sampaio/Estadão

Em 2000, o prefeito de Caxias do Sul Pepe Vargas (PT) foi reeleito em disputa contra José Ivo Sartori (PMDB), então deputado estadual. No segundo turno, Vargas conquistou 103.015 votos ante 102.191 do adversário. A diferença foi inferior a mil votos e, em porcentual, equivaleu a 50,2% a 49,8%.

No primeiro turno, o mandatário somou 94.923 eleitores, 48,15% dos válidos, contra 84.989 do emedebista (43,11%).

Vargas permaneceu no comando de Caxias do Sul até 2005. No ano seguinte, elegeu-se deputado federal. Reelegeu-se nas duas eleições seguintes, somando três mandatos na Casa, na qual permaneceu até 2019. No período, assumiu ministérios dos governos de Dilma Rousseff, como as pastas de Desenvolvimento Agrário (2012-2014), Direitos Humanos (2015) e Relações Institucionais (2015). Desde 2019, é deputado estadual do Rio Grande do Sul.

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Ivo Sartori foi eleito deputado federal em 2002 e, em 2004, elegeu-se prefeito de Caxias do Sul. Foi reeleito na eleição seguinte, em 2008, em um segundo turno contra o mesmo Pepe Vargas. Permaneceu no cargo até 2013. No ano seguinte, elegeu-se governador do Rio Grande do Sul, perdendo a recondução em 2018. Não se candidatou a cargos eletivos desde então.

4º: Campina Grande (PB) em 2004

Veneziano Vital do Rêgo e Rômulo Gouveia disputou o segundo turno em 2004 Foto: Pedro França/Agência Senado e Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Em 2004, Veneziano Vital do Rêgo (PMDB), então vereador de Campina Grande (PB), foi eleito prefeito da cidade em um segundo turno acirrado contra Rômulo Gouveia (PSDB), então deputado estadual.

Foram 891 votos de diferença entre o emedebista e o tucano: Vital do Rêgo registrou 101.900 votos e Gouveia, 101.109. Em porcentual, foram 50,19% contra 49,81% dos votos válidos.

A vitória foi “de virada”. No primeiro turno, Gouveia registrou 89.730 votos (45,73% dos válidos) e Vital do Rêgo, 82.917 (42,26%).

Vital do Rêgo foi reeleito em 2008, permanecendo no comando da cidade até 2013. No ano seguinte, foi eleito deputado federal. Disputou a prefeitura de Campina Grande mais uma vez, em 2016, terminando o pleito na segunda colocação. Em 2018, foi eleito senador. Candidatou-se ao governo da Paraíba em 2022, ficando em quarto lugar. Atualmente, é o 1º vice-presidente do Senado.

Gouveia foi deputado estadual da Paraíba (2003-2007), deputado federal (2007-2011), vice-governador (2011-2014) e novamente deputado federal (2015-2018). Faleceu em maio de 2018.

3°: Guarulhos (SP) em 2000

Elói Pietá e Jovino Cândido disputaram o segundo turno em 2000 Foto: Elói Pietá/Divulgação e @jovinocandidodasilva via Instagram

Em 2000, o segundo turno de Guarulhos, na Grande São Paulo, foi disputado entre o deputado estadual Elói Pietá (PT) e Jovino Cândido (PV), então prefeito. O petista venceu o mandatário no segundo turno por 213.838 votos contra 212.731. Em porcentual, a disputa equivaleu a 50,13% contra 49,87% dos votos válidos.

Pietá foi vereador de Guarulhos e, durante a década de 1990, foi deputado estadual paulistano. Cândido, por sua vez, foi vice-prefeito do município entre 1997 e 1998 sob a gestão de Néfi Tales (PDT). Em 1998, o mandatário foi afastado do cargo por determinação da Justiça, assumindo o vice.

No primeiro turno, petista somou 174.020 eleitores (42,56% dos votos válidos) e Jovino, 114.921 (28,1%). Depois daquele pleito, Pietá foi reeleito em 2004, permanecendo na prefeitura de Guarulhos até 2009. Em 2016, voltou a se candidatar ao comando do município, terminando a disputa em terceiro lugar. Dois anos depois, elegeu-se deputado federal, cargo que exerceu até 2023.

Em 2020, avançou ao segundo turno da eleição a prefeito de Guarulhos, perdendo a disputa para Guti, do PSD. Neste ano, ele disputa o Executivo local em um segundo turno contra Lucas Sanches (PL).

Jovino Cândido elegeu-se deputado federal em 2002, permanecendo na Câmara até 2007. Desde 2004, com exceção de 2022, disputa cargos eletivos nos pleitos federais e municipais, sem êxito. Os insucessos eleitorais incluem tentativas de retornar à prefeitura de Guarulhos (2004, 2008, 2012 e 2020) e à Câmara dos Deputados (2006, 2010 e 2014), além de uma candidatura frustrada a vice-prefeito em Guarulhos (2016). Neste ano, candidatou-se a vereador da cidade e não foi eleito.

2°: Diadema (SP) em 2004

Filippi e Zé Augusto disputaram o segundo turno em 2004 Foto: @filippi.oficial via X e Câmara dos Deputados

Em 2004, o prefeito de Diadema, José Filippi, do PT, foi reeleito com 111.333 votos no segundo turno. Seu adversário, o ex-prefeito José Augusto, do PSDB, recebeu 110.779 votos. A diferença de 554 votos equivaleu a 0,24 ponto porcentual – foram 50,12% a 49,88% dos votos válidos.

No primeiro turno, José Augusto liderou a apuração das urnas, recebendo 106.263 votos, 48,53% dos votos válidos, enquanto o petista registrou 96.521 votos (44,08%). Considerando-se o porcentual dos votos válidos, o tucano estava mais perto que o mandatário de liquidar a eleição no primeiro turno.

José Augusto foi um dos principais líderes do PT na região do ABC paulista nos primórdios do partido. Foi prefeito de Diadema entre 1989 e 1992. Ao fim da gestão, apoiou a campanha de Filippi, então aliado. Foi expulso da sigla em 1997, em meio a uma crise causada pelo vazamento de uma gravação na qual um policial acusado de assassinato foi flagrado realizando a segurança do diretório petista em Diadema. Voltou a se candidatar a prefeito em 2008, ficando em segundo lugar. O último cargo ao qual se elegeu foi o de vereador da cidade, em 2012. Em 2016, não conseguiu a reeleição na Câmara Municipal.

Filippi foi prefeito de Diadema entre 1993 e 1996. Em 1998, elegeu-se deputado estadual. Voltou à prefeitura da cidade na Grande São Paulo na eleição de 2000. Naquela eleição, seu adversário no segundo turno também foi José Augusto. Reeleito em 2004, permaneceu como prefeito até 2009, sendo eleito no ano seguinte à Câmara dos Deputados.

Enquanto deputado federal (2011-2019), licenciou-se para ser secretário de saúde da gestão de Fernando Haddad (PT) na capital paulista. Em 2018, não se reelegeu. Venceu o pleito de 2020 para a prefeitura de Diadema e, neste ano, disputa a recondução em um segundo turno contra o empresário Taka Yamauchi (MDB).

1º: Santa Maria (RS) em 2016

Jorge Pozzobom e Valdeci Oliveira disputaram o segundo turno em 2000 Foto: Marcelo Bertani/ALRS e @valdeci13rs via Instagram

Desde 2000 segundo turno mais acirrado de uma eleição municipal, por ora, é o de Santa Maria em 2016. Na disputa, Jorge Pozzobom, do PSDB, venceu o ex-prefeito Valdeci Oliveira, do PT, por 73.003 votos a 72.777. Em porcentual, a diferença de 226 votos equivaleu a 0,16 ponto porcentual, com o tucano vencendo o petista por 50,08% a 49,92% dos votos válidos.

Foi a primeira vez que o município gaúcho elegeu um prefeito por meio de segundo turno. Até a eleição anterior, de 2012, a cidade não contava com ao menos 200 mil eleitores registrados, condição para que haja uma disputa de segundo turno, se necessário.

Na ocasião, tanto Pozzobom quanto Oliveira eram deputados estaduais gaúchos. No primeiro turno, Oliveira registrou 43.746 votos (29,68% dos válidos) e Pozzobom, 43.037 (29,2%).

Pozzobom foi reeleito em 2020 e é o atual prefeito da cidade. Oliveira, por outro lado, foi prefeito de Santa Maria entre 2001 e 2009 e, desde 2010, é deputado estadual gaúcho. Nas eleições 2024, o município decidirá seu próximo prefeito em um segundo turno entre Valdeci Oliveira e Rodrigo Decimo, do PSDB.

O que ocorre se o segundo turno terminar empatado?

Em se tratando de colégios com mais de 200 mil eleitores registrados, a possibilidade de que um segundo turno termine empatado é altamente improvável, mas não impossível. Nessa hipótese remota, o candidato mais velho seria decretado vencedor da eleição.

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