Quais ministros de Lula vão interromper as férias para ato do 8 de Janeiro e quais não vão; veja

Planalto informou que três ministros não comparecerão ao ato que marca dois anos dos ataques às sedes dos Três Poderes, mas pastas estarão representadas por substitutos

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Foto do author Karina Ferreira

Todos os ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram convocados para comparecer ao evento que marca dois anos dos ataques às sedes dos Três Poderes, ocorrido em 8 de janeiro de 2023. De férias, entretanto, três deles não participarão das solenidades públicas e simbólicas desta quarta-feira, 8, em Brasília.

Entre os chefes das pastas que esticaram o recesso de final de ano e emendaram mais alguns dias de descanso, Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Carlos Lupi (Previdência Social) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) não vão para o ato.

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com ministros em dezembro, antes do recesso de final de ano. Foto: Wilton Junior/Estadão

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Ao Estadão, a assessoria de Lupi informou que o ministro será representado pelo secretário-executivo da pasta, Wolney Queiroz Maciel. Uma publicação no perfil do Instagram do filho do ministro, o jornalista Leo Lupi, mostra uma foto da família de férias na Austrália, onde passou a virada de ano.

Padilha, segundo interlocutores, se colocou à disposição de Lula para interromper a viagem internacional que está fazendo com a família e comparecer ao ato, mas foi liberado pelo próprio presidente. Quem o representará será o secretário-executivo Olavo Noleto.

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O Ministério dos Portos e Aeroportos também foi procurado, mas não retornou até a publicação deste texto.

Fernando Haddad (Fazenda), que está de férias até dia 21, Jader Filho (Cidades), de férias até dia 15, e Simone Tebet (Planejamento), de férias até o dia 14, vão interromper o descanso para participar da solenidade, que incluirá a entrega e reintegração de obras de arte restauradas após os ataques. Entre o acervo, estão relógio do século XVII, trazido por D. João VI ao Brasil em 1808, e a obra “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, avaliada em R$ 8 milhões. A tela foi furada em pelo menos cinco lugares durante a invasão dos bolsonaristas.

A programação também terá o ato simbólico “Abraço da Democracia”, na Praça dos Três Poderes, que contará com a presença de representantes do Executivo, do Legislativo, do Judiciário, de movimentos sociais e da militância de esquerda. Conforme mostrou a Coluna do Estadão, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), informou que não irá ao evento, por estar em viagem ao exterior.

Representando as Forças militares, os comandantes do Exército, Tomás Paiva; da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, e da Aeronáutica, Marcelo Damasceno, confirmaram presença. O gesto ocorre em meio às investigações sobre a tentativa de golpe que levaram o ex-ministro Walter Braga Netto a ser o primeiro general de quatro estrelas a ir para a prisão.

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O ex-candidato a vice de Jair Bolsonaro (PL) em 2022 foi preso por suspeita de envolvimento no plano golpista, cujo um dos capítulos foi a invasão aos prédios em Brasília.

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