Antes de Marçal e Tabata, qual foi o destino dos 3º e 4º colocados em eleições em SP? Relembre

Histórico eleitoral da cidade de São Paulo indica que, mesmo em caso de derrota no primeiro turno, quem concorre à Prefeitura paulistana se consolida para disputas futuras

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Foto do author Juliano  Galisi

No domingo, 6, mais de 6,7 milhões de paulistanos foram às urnas para eleger 55 vereadores e o próximo prefeito da capital paulista. Em uma disputa parelha pelo segundo turno, avançaram à etapa final da eleição o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).

Pablo Marçal (PRTB), por sua vez, ficou fora do segundo turno por uma diferença de 56,8 mil votos em relação a Boulos, enquanto a deputada federal Tabata Amaral (PSB) terminou na quarta colocação. Ainda que tenham sido derrotados já no primeiro turno, o histórico eleitoral de São Paulo indica que os terceiros e quartos colocados na eleição pela Prefeitura da cidade se cacifam para disputas futuras, nos âmbitos municipal, estadual e nacional.

Tabata Amaral (PSB) e Pablo Marçal (PRTB) durante o debate na Band entre candidatos à Prefeitura de São Paulo; Marçal terminou o pleito em 3º lugar e Tabata, em 4º Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Entre os candidatos à Prefeitura da cidade que terminaram o pleito nessas colocações, há nomes que, depois da eleição, ocuparam secretarias, ministérios e o governo estadual. Também figuram candidatos que, depois do pleito, exerceram cargos no Legislativo por longos períodos.

Com aparições mais ou menos destacadas na cena política depois de disputarem a eleição paulistana, não há, desde 1985, um candidato a prefeito de São Paulo que não tenha exercido um cargo eletivo após o pleito municipal.

1985: Eduardo Suplicy (PT) em 3º e Francisco Rossi (PCN) em 4º

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Por duas décadas, a ditadura militar reprimiu o voto direto nas capitais estaduais e estâncias turísticas do País. Em 1985, Eduardo Suplicy foi o representante do PT na primeira eleição direta pela Prefeitura de São Paulo desde 1965. Ele era deputado federal pela sigla, cargo ao qual havia sido eleito em 1982. Antes, em 1978, foi eleito deputado estadual pelo MDB. Terminou a eleição pelo Executivo paulistano em terceiro lugar, obtendo 827.452 votos, 20,70% do eleitorado.

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Aquele pleito, vale dizer, foi disputado em turno único. O vencedor foi o ex-presidente Jânio Quadros, no PTB, “azarão” que desbancou o favorito Fernando Henrique Cardoso, então no MDB, que também viria a ocupar a Presidência dez anos depois.

Um ano depois da eleição em São Paulo, Suplicy se candidatou ao governo do Estado. Conquistou 1.508.589 votos (11,03% dos votos válidos), atrás de Paulo Maluf (PDS), Antônio Ermírio de Moraes (PTB) e Orestes Quércia (PMDB), vencedor da eleição.

Suplicy teve uma extensa carreira política desde então. Foi eleito vereador da capital paulista em 1988, tendo assumido a presidência da Câmara Municipal no ano seguinte. Em 1990, foi eleito ao Senado Federal, cargo ao qual foi reconduzido em mais duas ocasiões (1998 e 2006), somando três mandatos e 24 anos na Casa.

Eduardo Suplicy, deputado estadual e ex-senador Foto: Dida Sampaio/Estadão

Em 2014, perdeu a disputa para um quarto mandato no Senado para José Serra, do PSDB. Desde então, foi secretário municipal de São Paulo na gestão de Fernando Haddad, vereador da capital paulista e, hoje, é deputado estadual.

Com 68.305 votos (1,71% dos votos válidos), Francisco Rossi, pelo extinto PCN, foi o quarto colocado da eleição paulistana de 1985. Na década de 1970, foi prefeito de Osasco e, na capital paulista, entre 1979 e 1982, licenciou-se do mandato de deputado federal para ser secretário do prefeito biônico Paulo Maluf.

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Rossi foi reeleito deputado federal em 1986, licenciando-se do cargo para retornar à prefeitura de Osasco, para a qual foi eleito em 1988. Em 1994, candidatou-se ao governo do Estado e avançou para o segundo turno da eleição. Na etapa final do pleito, perdeu a disputa para Mário Covas, do PSDB. Dois anos depois, em 1996, voltaria a tentar a Prefeitura paulistana.

Em 2004, o ex-prefeito de Osasco tentou o Executivo da capital paulista pela última vez, lançando-se pelo extinto PHS e obtendo o sexto lugar, com 77.957 votos, 1,26% do total. Dois anos depois, foi eleito deputado federal pelo PMDB. Pelo mesmo partido, em 2008, candidatou-se à prefeitura de Osasco, mas não foi eleito para um terceiro mandato na cidade. Em 2010, teve a candidatura para deputado federal indeferida pela Lei da Ficha Limpa e, em 2018, pelo PR (hoje, PL), se candidatou a deputado estadual e não foi eleito.

1988: João Leiva (PMDB) em 3º e José Serra (PSDB) em 4º

O engenheiro João Leiva foi o candidato a prefeito do PMDB na eleição paulistana de 1988. Não havia ocupado nenhum cargo eletivo antes do pleito. Antes, fora secretário estadual das gestões de Franco Montoro e de Orestes Quércia.

Naquela eleição, que foi a última na capital paulista ser disputada em turno único, Leiva obteve 728.874 votos, o equivalente a 17,47% dos votos válidos, o que lhe rendeu a terceira colocação, atrás de Paulo Maluf, com 1.257.495 sufrágios (30,14% do total) e de Luiza Erundina (PT), vencedora da eleição, com 1.534.592 votos (36,78%).

Dois anos depois, Leiva foi eleito deputado estadual, cargo que exerceu até 1995. Um ano depois, em 1996, pretendia se candidatar ao Executivo paulistano mais uma vez. Contudo, uma decisão judicial concedeu o registro da candidatura a prefeito do PMDB a José Pinotti, quadro que, nos anos anteriores, havia ocupado secretarias estaduais em São Paulo. Leiva faleceu em junho de 2000, aos 65 anos.

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O quarto colocado do pleito paulistano em 1988 foi José Serra, que obteve 287.345 votos, 6,89% dos votos válidos, pelo recém-formado PSDB. Serra foi líder do movimento estudantil na década de 1960. Perseguido pela ditadura, exilou-se e retornou ao País em 1977, passando a militar pelo PMDB. Foi secretário do governo de Franco Montoro e, em 1986, elegeu-se para a Constituinte.

Dois anos depois, em 1990, Serra foi reeleito para a Câmara dos Deputados com a maior votação do País. Na eleição geral seguinte, em 1994, foi eleito para o Senado. Licenciou-se do cargo para assumir a pasta de Planejamento e Orçamento do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Ocupou o ministério entre 1995 e 1996. Naquele ano, tentou a Prefeitura paulistana mais uma vez, mas ficou em terceiro lugar, não avançando ao segundo turno do pleito, disputado entre Erundina e Celso Pitta (PPB).

Em 1998, assumiu o Ministério da Saúde e permaneceu quatro anos à frente da pasta, o que lhe rendeu a indicação do PSDB para a eleição presidencial de 2002. Perdeu o pleito no segundo turno para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Dois anos depois, em 2004, foi eleito prefeito de São Paulo, em segundo turno contra Marta Suplicy. Deixou o cargo dois anos depois, em 2006, para se candidatar ao governo do Estado, ao qual foi eleito em primeiro turno, com 12.381.038 votos (57,93% dos votos válidos).

Em 2010, tentou a Presidência mais uma vez, perdendo em segundo turno para Dilma Rousseff (PT). Em 2012, na quarta campanha à Prefeitura paulistana, perdeu em segundo turno para Fernando Haddad. Em 2014, elegeu-se senador. Em 2016, licenciou-se do cargo para assumir o Ministério das Relações Exteriores do governo Michel Temer (MDB). Em 2022, por fim, candidatou-se a deputado federal, mas não foi eleito. Desde então, está afastado da vida pública.

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José Serra, ex-prefeito de São Paulo, ex-governador paulista e ex-ministro de Estadõ Foto: Paulo Giandalia/AE

1992: Aloysio Nunes (PMDB) em 3º e Fabio Feldmann (PSDB) em 4º

O segundo turno da eleição de 1992 foi disputado entre Eduardo Suplicy (PT) e Paulo Maluf (PPB). Naquele ano, o ex-governador paulista, que já havia comandado a cidade por meio de um mandato biônico, foi eleito por via direta pela primeira vez, com 2.805.201 votos no segundo turno (58,08% dos votos válidos).

Com 537.930 eleitores, 12,90% dos votos válidos, o terceiro colocado no pleito foi o então vice-governador paulista Aloysio Nunes (PMDB). Durante a ditadura militar, Aloysio foi líder estudantil e atuou em ações de guerrilha, exilando-se e só retornando ao País com a promulgação da Lei da Anistia, em 1979.

Em 1982, foi eleito deputado estadual, com 46.545 votos. Na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), atuou como líder do governo Montoro. Na eleição seguinte, em 1986, obteve 64.311 votos e renovou o mandato na Assembleia.

Atuou como líder na Casa do governador Orestes Quércia, que o indicou para compor como vice a chapa de Luiz Antônio Fleury, candidato ao governo paulista. Fleury e Aloysio foram eleitos em 1990 em segundo turno contra Maluf.

Dois anos depois da campanha à Prefeitura da capital paulista, em 1994, elegeu-se deputado federal. Em 1997, deixou o PMDB e se filiou ao PSDB. Renovou o mandato na Câmara em 1998 e, no ano seguinte, assumiu Secretaria-Geral da Presidência, permanecendo no cargo até 2001, quando migrou para a pasta de Justiça. Permaneceu como ministro até 2002. Naquele ano, reelegeu-se deputado federal pela terceira vez.

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De 2005 a 2006, durante a gestão Serra na cidade de São Paulo, liderou a Secretaria da Casa Civil da capital paulista. Em 2010, foi eleito para o Senado. Em 2014, foi indicado pelo PSDB para compor, como vice, a chapa de Aécio Neves à Presidência. A chapa foi derrotada no segundo turno pela presidente Dilma Rousseff, que se reelegeu com 51,64% dos votos válidos, ante 48,36% dos tucanos.

Dois anos após a eleição presidencial, a petista acabaria sofrendo um impeachment. Em fevereiro de 2017, Michel Temer nomeou Aloysio Nunes para o Ministério de Relações Exteriores. O então senador permaneceu no posto até o fim da gestão do emedebista, em dezembro de 2018. Hoje, é assessor da Apex Brasil, agência de exportações do governo federal.

Aloysio Nunes, ex-chanceler, ex-senador e assessor do presidente da Apex Brasil Foto: Taba Benedicto/Estadão

O quarto colocado na eleição de São Paulo em 1992 foi o tucano Fabio Feldmann, então deputado federal, cargo ao qual se elegeu em 1986, como Constituinte. Emendou três mandatos na Casa. Entre 1995 e 1998, foi secretário de Meio Ambiente de Mário Covas. Permaneceu no PSDB até 2005, quando migrou para o PV, sigla pela qual se candidatou ao governo paulista em 2010, terminando o pleito em quinto lugar.

1996: José Serra (PSDB) em 3º e Francisco Rossi (PDT) em 4º

Em 1996, José Serra, então senador, candidatou-se a prefeito de São Paulo pela segunda vez. O tucano aumentou sua votação tanto em termos absolutos quanto proporcionais, conquistando 819.995 votos (15,57% dos votos válidos).

Francisco Rossi também ampliou sua votação no comparativo com a tentativa anterior, de 1988. Pelo PDT, o ex-prefeito de Osasco obteve 400.536 votos, 7,6%, e, mais uma vez, constou no quarto lugar da eleição.

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2000: Geraldo Alckmin (PSDB) em 3º e Romeu Tuma (PFL) em 4º

O segundo turno da eleição de São Paulo em 2000 foi disputado entre Marta Suplicy (PT) e Paulo Maluf (PPB), com a petista superando o ex-prefeito por 58,51% a 41,49% dos votos válidos. No primeiro turno, houve uma disputa acirrada entre Maluf e Geraldo Alckmin (PSDB), então vice-governador do Estado, para avançar à etapa final do pleito. O pepebista levou a melhor por menos de oito mil votos: 960.581 contra 952.890 do tucano.

Vice de Mário Covas desde 1995, Alckmin havia sido, antes do cargo no Executivo estadual, prefeito de Pindamonhangaba (1977-1982), deputado estadual (1983-1987) e deputado federal (1987-1995). Dois anos depois do pleito de 2000, elegeu-se governador do Estado em segundo turno contra José Genoino (PT). Em 2006, tentou a Presidência e perdeu o segundo turno para Lula.

Em 2008, voltou a se candidatar a prefeito de São Paulo. Em 2010, retornou ao Executivo estadual, emendando dois mandatos com duas vitórias em primeiro turno. Candidatou-se a presidente em 2018, obtendo o quarto lugar. Em 2022, pelo PSB, foi o companheiro de chapa de Lula. Hoje, além de vice-presidente, é ministro do Desenvolvimento, Comércio e Indústria.

Com 632.658 votos, 11,46% do total válido, o quarto colocado na eleição paulistana em 2000 foi o então senador Romeu Tuma (PFL). O candidato era líder de tempo no horário eleitoral no rádio e na TV, mas não converteu a vantagem em preferência eleitoral. Havia se elegido senador em 1994, reelegendo-se no pleito seguinte, em 2002. Morreu em outubro de 2010, no mesmo mês em que, após dois mandatos no Senado, perdeu a recondução.

2004: Paulo Maluf (PP) em 3º e Luiza Erundina (PSB) em 4º

Em 2004, Serra venceu a então prefeita Marta Suplicy em segundo turno. Tanto o terceiro quanto o quarto colocado do pleito eram ex-prefeitos da cidade: Paulo Maluf, segundo colocado na eleição anterior, ficou na terceira colocação, com 734.580 votos, 11,91% dos válidos. Dois anos depois, elegeu-se deputado federal, emendando mais três mandatos na Casa. Em 2008, tentou a Prefeitura paulistana pela última vez. Desde agosto de 2018, após ser preso em exercício do mandato, sendo cassado em seguida está afastado da vida pública.

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Luiza Erundina, deputada federal desde 1999, se candidatou em 2004 com Michel Temer, então colega dela na Câmara, como candidato a vice-prefeito. A chapa obteve 244.090 votos, 3,96% dos válidos. Nas eleições seguintes, Erundina emendaria reeleições à Câmara. Em 2022, conquistou o sétimo mandato consecutivo.

2008: Geraldo Alckmin (PSDB) em 3º e Paulo Maluf (PP) em 4º

Em 2008, Alckmin se candidatou a prefeito de São Paulo e recebeu 1.431.670 votos, 22,48% dos válidos, enquanto Paulo Maluf obteve 376.734, 5,91% do eleitorado. O segundo turno daquela eleição foi disputado pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM, hoje no PSD) e Marta Suplicy, com vitória do então mandatário.

2012: Celso Russomanno (PRB) em 3º e Gabriel Chalita (PMDB) em 4º

Em 2012, quando Fernando Haddad venceu José Serra em segundo turno, o jornalista e ex-deputado federal Celso Russomanno inauguraria uma sina que perdurou por três eleições em São Paulo: despontando como favorito nas pesquisas de intenção de voto, Russomanno perdeu fôlego ao longo da campanha eleitoral e ficou fora do segundo turno.

Em 2012, com 1.324.021 votos, 21,60% dos válidos, o candidato do PRB (hoje, Republicanos) ficou na terceira colocação. Deputado federal entre 1995 e 2010, ele retornou à Câmara na eleição seguinte, em 2014. Hoje, está no terceiro mandato consecutivo.

Celso Russomanno (Republicanos) perdeu três eleições à Prefeitura de São Paulo Foto: JB Neto/AE

O quarto colocado do pleito de 2012 foi o escritor Gabriel Chalita, então deputado federal. Ex-vereador de Cachoeira Paulista (1989-1993) e da cidade de São Paulo (2009-2011), ele também ocupou secretarias estaduais na gestão Alckmin, entre 2002 e 2006. Pelo PMDB, recebeu 833.255 votos, 13,60% dos válidos.

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Permaneceu na Câmara até janeiro de 2015. Em março daquele ano, assumiu a pasta de Educação do governo Haddad, de quem foi companheiro de chapa em 2016, quando o mandatário tentou a recondução. Não se candidatou a cargos eletivos desde então.

Gabriel Chalita não se candidata a cargos eletivos desde 2016, quando foi candidato a vice-prefeito de Fernando Haddad (PT) Foto: Janete Longo/AE

2016: Celso Russomanno (PRB) em 3º e Marta Suplicy (PMDB) em 4º

Com exceção dos pleitos disputados em turno único, João Doria (PSDB) foi o único prefeito de São Paulo a se eleger em decisão de primeiro turno, derrotando em 2016 o então mandatário Fernando Haddad. Russomanno ficou em terceiro lugar, com 789.986 votos, 13,64% dos válidos.

A quarta colocada na disputa foi a então senadora Marta Suplicy, ex-prefeita e candidata em duas das três últimas eleições no município. Ela se candidatou pelo PMDB, sigla à qual estava filiada desde o ano anterior, quando deixou de forma abrupta o PT, seu partido por mais de três décadas.

Marta obteve 587.220 votos, 10,14% dos válidos. Permaneceu no Senado até 2019. Depois, foi secretária de Bruno Covas e de Ricardo Nunes. Em 2024, retornou ao PT e, hoje, disputa a eleição como vice de Guilherme Boulos.

2020: Márcio França (PSB) em 3º e Celso Russomanno (Republicanos) em 4º

Em 2020, o segundo turno da eleição paulistana foi disputado entre o então prefeito Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos. Liderança do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Boulos ganhara projeção nacional dois anos antes, em 2018, ao se candidatar à Presidência. Foi derrotado por Covas no segundo turno, por 59,38% a 40,62% dos votos válidos. Antes, havia passado por uma disputa parelha para avançar à etapa derradeira do pleito.

Ao mesmo tempo que apontavam para uma liderança consolidada de Covas no primeiro turno, as pesquisas de intenção de voto indicavam um cenário embolado entre Boulos, o ex-governador Márcio França (PSB) e o deputado federal Celso Russomanno.

Vice-governador de Alckmin entre 2015 e 2018, França assumiu o governo paulista em abril de 2018 após renúncia do tucano, que se candidataria à Presidência naquele ano. No segundo turno mais acirrado de uma disputa pelo Bandeirantes, perdeu para João Doria por 51,75% a 48,25% dos votos válidos. Na capital paulista, porém, venceu o adversário, cacifando-se para disputar a Prefeitura da cidade dois anos depois. Obteve 728.441 votos, 13,64% do total válido, constando no terceiro lugar.

Em 2022, candidatou-se ao Senado, mas não foi eleito. No ano seguinte, assumiu o Ministério dos Portos e Aeroportos do governo Lula. Por pressão do Centrão, migrou de pasta em setembro de 2023 e, hoje, é ministro do Empreendedorismo.

Márcio França (PSB), ministro do Empreendedorismo, se candidatou à Prefeitura de São Paulo em 2020 Foto: Marcelo Chello/Estadão

Russomanno, mais uma vez, iniciou a campanha como líder das pesquisas de intenção de voto e, ao longo da campanha, assistiu aos índices desidratarem. Conquistou 560.666 eleitores, 10,50% dos votos válidos. Em 2022, reelegeu-se deputado federal.

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