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Qual valor cada medalhista nas Olimpíadas de Paris ganhou no Bolsa Atleta? Veja lista

Benefício recebido pelos atletas que subiram ao pódio nos Jogos Olímpicos na França soma R$ 5,8 milhões em valores pagos desde 2011

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Foto do author Karina Ferreira
Atualização:

De 2011 até agora, a União pagou R$ 5,8 milhões em apoio financeiro aos atletas que hoje são medalhistas nos Jogos Olímpicos de Paris. A pedido do Estadão, o Ministério do Esporte compilou os valores pagos em benefícios do programa Bolsa Atleta aos 10 medalhistas olímpicos nesta edição da competição até esta sexta-feira, 2.

Mais de nove mil atletas são beneficiados atualmente pelo programa e recebem bolsas que variam de R$ 410 a R$ 16,6 mil. Entre os 276 esportistas brasileiros que estão participando das Olimpíadas, 241 recebem o auxílio financeiro, criado em 2004, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Dos dez atletas brasileiros que ganharam medalhas em Paris até esta sexta-feira, apenas uma não é beneficiada pelo programa em 2024 – a judoca Larissa Pimenta. Entretanto, a atleta recebeu a bolsa em outros 10 anos, iniciando em 2013 na categoria “de entrada” do programa, a “estudantil”.

Os outros atletas da lista passaram a receber o benefício já nas categorias que agrupam atletas de alto rendimento, que recebem entre R$ 5.543 e R$ 16.629.

Para este ano, foram estimados pagamentos de R$ 415 mil aos dez medalhistas olímpicos contemplados com a bolsa. Confira a lista dos atletas e dos valores recebidos até agora:

Rebeca Andrade - R$ 1.302.508

Rebeca Andrade recebe a medalha de prata que conquistou na final do individual geral. Foto: Luiza Moraes/COB

Medalhista da ginástica olímpica, Rebeca Andrade recebe o benefício do governo desde 2012, quando entrou no programa na categoria “internacional”, categoria em que recebeu R$ 75,2 mil em quatro anos (cerca de R$ 1.560 mensais). A atleta de 25 anos conquistou a medalha de prata na final individual geral nesta quarta-feira, 1º.

Em 2015, ela passou a integrar a categoria “pódio”, e o total da bolsa passou a ser de R$ 132 mil ou R$ 180 mil, dependendo da classificação que a atleta teve. O total do período de oito anos, que não foi pago em 2016 e em 2022, foi de R$ 1,2 milhões. Rebeca soma quatro medalhas olímpicas e é a mulher com mais pódios em Olimpíadas na história do esporte brasileiro

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Flávia Saraiva - R$ 1.056.166

Flavia Saraiva conquistou o bronze na categoria em grupo da ginástica artística. Foto: Gabriel Bouys/AFB

A ginasta brasileira Flávia Saraiva, medalhista de bronze na ginástica artística por equipes, integra o programa do governo desde 2013, quando passou três anos na categoria “internacional”, recebendo R$ 22,2 mil, até migrar para a categoria “pódio” em 2015.

Sem somar os anos de 2016 e 2022, período em que não foi contemplada, Flávia recebeu pouco mais de R$ 1 milhão – em valores mensais, a atleta recebeu entre R$ 8 mil, em 2023, e R$ 15 mil, em 2017.

Bia Souza - R$ 819.258

Beatriz Souza trouxe a primeira medalha de ouro dos Jogos de Paris nesta sexta-feira, 2. Foto: Luis Robayo/AFP

A judoca que trouxe a primeira medalha de ouro desta edição para o País começou a receber a bolsa em 2018, já na categoria “pódio”, onde permaneceu até agora. Mensalmente, a atleta recebeu entre R$ 11 mil e R$ 16.629. Em 2022, ela não foi contemplada pelo benefício.

Caio Bonfim - R$ 753.822,58

Marcha atlética 20km masculino teve Caio Bonfim como medalhista de prata, primeiro pódio brasileiro na modalidade.  Foto: Alexandre Loureiro/COB.

O atleta Caio Bonfim, que conquistou a prata da marcha atlética 20km – primeira medalha do esporte para o Brasil nesta modalidade –, é bolsista do programa desde 2011. Os valores mensais foram de R$ 1.850 a R$ 16.629. O marchador não participou do programa em 2012, 2018 e 2022.

Esta é a quarta participação de Caio em Olimpíadas e a primeira em que ele conquista o pódio olímpico.

Lorrane Oliveira - R$ 586.512

Brasil conquistou medalha de bronze na ginástica artística feminina dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, com Rebeca Andrade, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira (ao centro), Flávia Saraiva e Júlia Soares.  Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Lorrane é uma das cinco ginastas que dividiram o bronze nesta terça-feira, 30. O quinteto foi responsável pela primeira medalha olímpica por equipes na história da ginástica artística brasileira. Lorrane é beneficiada pelo programa desde 2014, e já passou pelas categorias “internacional”, “pódio” e “olímpico”, não-progressivamente. Entre valores de R$ 1.850 e R$ 15.000, a atleta recebeu R$ 586.512 em oito anos, uma média de R$ 3.054,75 mensais.

Larissa Pimenta - R$ 472.100

A medalhista de bronze Larissa Pimenta na cerimônia de entrega de medalhas no pódio. Foto: Wander Roberto/COB

A judoca Larissa Pimenta, um dos principais nomes da modalidade no Brasil, conquistou a medalha de bronze no judô no último domingo, 28. Embora não receba a Bolsa Atleta neste ano, Larissa começou a receber o benefício em 2013 quase consecutivamente até o ano passado – em 2022 também não foi contemplada. No primeiro ano, o pagamento foi de R$ 370 mensais, na categoria “estudantil”. Por três anos, ela recebeu R$ 925 mensais, e por outros dois os valores de R$ 1.850. Ao chegar na categoria “pódio”, em 2018, a remuneração melhorou e a atleta passou a receber valores de R$ 8 mil ou R$ 11 mil mensais.

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Jade Barbosa - R$ 411.738

Jade Barbosa, de 33 anos, conquistou a primeira medalha olímpica da carreira nesta edição das Olimpíadas. Foto: Lionel Bonaventure/AFP

Também integrante do time de ginástica artística, Jade Barbosa é medalhista em Mundiais em três décadas diferentes, mas nunca tinha ganhando uma medalha olímpica. A ginasta é bolsista do programa desde 2011, mas não recebeu o benefício em 2013, 2014, 2016, 2020, 2022e 2023. Nos oito anos de bolsa, ela recebeu valores entre R$ 3.100 e R$ 8.869.

Rayssa Leal - R$ 250.458

Rayssa Leal, com apenas 16 anos, soma duas medalhas olímpicas em duas edições diferentes dos jogos.  Foto: Vadim Ghirda/AP

A atleta mais jovem da história a conquistar duas medalhas em edições diferentes dos jogos olímpicos, Rayssa Leal, de16 anos, participa do programa de bolsas desde 2022. A skatista, que ganhou o bronze para o Brasil no último domingo, 28, recebeu valores mensais de R$ 15 mil em 2022, R$ 3.100 em 2023 e R$ 16.629 em 2024.

Júlia Soares - R$ 217.836

Julia Soares tem um movimento na trave batizado em sua homagem, catalogado em 2021 e executado pela primeira vez no Pan-Americano 2023, o que lhe rendeu o bronze. Foto: Abbie Parr/AFP

A ginasta de apenas 18 anos estreou em Paris em jogos olímpicos e conseguiu uma vaga inédita no último domingo, 28, para a final da trave, que ocorrerá na próxima segunda-feira, 5 de agosto. Desde 2019 consecutivamente no programa do governo, ela recebe auxílio de R$ 1.850 mensais nos três primeiros anos, R$ 11 mil por mês no ano passado e o total de R$ 21.086,00 neste ano.

A atleta tem um movimento na trave batizado em sua homagem, “Soares”, catalogado em 2021 e executado pela primeira vez no Pan-Americano 2023, o que lhe rendeu o bronze.

Willian Lima - R$ 186.790

O medalhista de prata Willian Lima na cerimônia de entrega de medalhas no pódio.  Foto: Wander Roberto/COB

O judoca William Lima garantiu a primeira medalha do Brasil em Paris no último domingo, 28. Ele foi contemplado pelo programa de bolsas em 2018, 2021, 2023 e 2024. Durante os dois primeiros, ele recebeu R$ 22,2 mil anuais, passando para R$ 96 mil ano passado e R$ 46,3 agora. Além da medalha em Paris, neste ano o judoca garantiu o ouro no Campeonato Pan-Americano de Judô, no Rio de Janeiro.

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