Quem é Tabata Amaral, candidata a prefeita de São Paulo nas eleições de 2024?

Deputada federal reeleita, Tabata concorre pela primeira vez à Prefeitura da capital; conheça mais sobre a candidata do PSB

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Foto do author Karina Ferreira
Atualização:

A deputada federal Tabata Amaral (PSB), depois de concorrer duas vezes a eleições gerais pelo Estado de São Paulo, entrou oficialmente na corrida eleitoral pela Prefeitura da maior cidade do Brasil. Defensora da pauta da educação, a cientista política formada pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, é a mais nova entre os dez postulantes ao cargo de mandatário.

O Estadão reuniu as principais dúvidas que os internautas têm em relação à candidata, como a qual partido ela pertence, onde ela mora e quem é a sua vice de chapa.

|Convenção partidária do PSB que lançou a candidatura de Tabata Amaral à Prefeitura de São Paulo. Foto: Alex Silva/Estadão

Qual é a idade de Tabata Amaral?

Tabata Claudia Amaral de Pontes tem 30 anos, e fará aniversário no próximo dia 14 de novembro. A candidata nasceu na Vila Missionária, bairro da periferia de São Paulo, filha de Maria Renilda Amaral Pires, diarista, e Olionaldo Francisco de Pontes, cobrador de ônibus. Tabata tem um irmão, Allan Thales.

Qual é o partido de Tabata Amaral?

Atualmente a candidata é filiada ao PSB, sigla que integra desde 2021, após desentendimentos com o PDT, ao qual era filiada desde 2018. A deputada ficou sem partido seis meses após chegar à Câmara dos Deputados, porque o PDT votou contra a reforma da Previdência e ela, contrariando a indicação, votou a favor.

Onde mora Tabata Amaral?

A deputada prefere não expor o endereço publicamente por motivo de segurança. Num processo judicial recente, seu endereço residencial é informando como sendo no Itaim Bibi, bairro nobre situado na zona oeste da capital.

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Tabata Amaral ocupa algum cargo público hoje?

Sim, ela é deputada federal, reeleita em 2022 com 337.866 mil votos, sendo a sexta deputada federal mais votada de São Paulo, com 1,42% dos votos válidos. Em primeiro lugar está seu concorrente ao pleito municipal, o colega parlamentar Guilherme Boulos (PSOL), com um milhão de votos – 4,22% dos válidos.

Quais cargos públicos Tabata Amaral já ocupou?

Antes do mandato atual, Tabata foi eleita pela primeira vez em 2018 à Câmara, com 264.450 votos, ou 1,25% dos válidos.

Qual é o patrimônio declarado por Tabata Amaral?

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A deputada federal declara ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ser dona de um patrimônio de R$ 807,8, valor retificado após a equipe dela se enganar no registro e cadastrar o mesmo valor declarado nas eleições de 2022. Após a alteração, foi possível ver que o patrimônio entre os dois pleitos aumentou 45,1%.

Os bens de maior valor são aplicações e investimentos em território nacional que totalizam quase R$ 800 mil, e sobra um depósito bancário em conta corrente no País no valor de R$ 8,5 mil. Ao contrário de outros candidatos, ela não declarou imóveis ou veículos em seu nome.

O que aconteceu com o pai de Tabata Amaral?

O pai da candidata se suicidou em 2018. Tabata fala do assunto abertamente, inclusive porque a tragédia foi utilizada por um de seus concorrentes, Pablo Marçal (PRTB), como um ataque à deputada. Ela afirmou que seu pai era bipolar, não foi diagnosticado e nem tratado, se tornou alcoólatra e também usou crack – série de problemas que o levaram a morte.

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(Se estiver precisando de ajuda imediata, entre em contato com o Centro de Valorização da Vida, serviço gratuito de apoio emocional que disponibiliza atendimento 24 horas por dia. O contato pode ser feito por e-mail, pelo chat no site ou pelo telefone 188).

Quem é o vice da chapa de Tabata Amaral?

A candidata a vice-prefeita da chapa de Tabata é a professora Lúcia França (PSB) é casada com o ministro do Empreendedorismo do Governo Lula, Márcio França (PSB), e também ex-governador de São Paulo.

A ex-primeira-dama do Estado de São Paulo já foi candidata a vice-governadora na chapa do atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em 2022, quando o petista concorria ao cargo de governador paulista.

Quem está apoiando Tabata Amaral?

Além do ministro do Empreendedorismo, Márcio França, Tabata também conta com o correligionário e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), e do namorado da deputada, o prefeito de Recife e candidato à reeleição, João Campos (PSB).

Quais são as propostas de Tabata Amaral?

A candidata apresentou seu plano de governo com cerca de 230 propostas, divididas em 35 eixos temáticos, entre segurança pública, cracolândia, prevenção de desastres, saúde e educação.

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Um dos programas citados no documento é o “passaporte da cidadania”, que cria um sistema que pontua o cidadão por participar de programações culturais, ir à academia, reciclar lixo em ecopontos e visitar o médico regularmente, por exemplo. Com os pontos, o cidadão poderá ter descontos na compra de livros e ingressos de museus, peças de teatro e jogos de futebol.

Dentro do eixo temático com propostas para resolver o problema de décadas da cracolândia, na região central da cidade, a deputada sugere a criação de um “distrito eletrônico” no bairro onde se concentra o fluxo de dependentes químicos, o Santa Ifigênia. A proposta aproveitaria a presença de “atores comerciais de TI e materiais eletrônicos” na região para atrair a atenção de startups, incubadoras e aceleradoras.

Sobre os problemas de segurança urbana de São Paulo, o plano de Tabata parte do princípio de que é necessário o esforço de todas as esferas de governo. Por isso, defende a criação de um sistema integrado, entre a Prefeitura e o governo do Estado, para reduzir as taxas de criminalidade da capital. Outro ponto do plano de governo é incentivar o setor de entretenimento noturno e serviços 24 horas em São Paulo, por meio do programa “SP 24 horas”, com objetivo de “resolver questões relacionadas à operação e desenvolvimento dos negócios que funcionam durante a madrugada”.

No eixo temático sobre “habitação”, principal bandeira de um dos oponentes da disputa, Guilherme Boulos (PSOL), a deputada propõe mais transparência para a fila da política habitacional, “evitando que grupos políticos sequestrem essa agenda na cidade”.

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