Quem são os candidatos de Lula e Bolsonaro nas capitais do Centro-Oeste?

Em duas das três capitais da região, candidatos do PT e do PL concorrem ao cargo de prefeito

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Foto do author Karina Ferreira

As eleições municipais nas três capitais do Centro-Oeste terão candidatos do PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do PL do ex-presidente Jair Bolsonaro. Quase todos são cabeças de chapa, com a única exceção em Campo Grande (MS), onde o PL não tem nome próprio concorrendo à prefeitura, mas escolheu Coronel Neidy (PL) como vice do tucano Beto Pereira, que concorrerão contra a candidata do PT, Camila Jara.

Nas outras duas capitais, Cuiabá (MT) e Goiânia (GO), PT e PL se enfrentam diretamente com candidaturas próprias. Na capital do Mato Grosso do Sul, o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) disputa com o deputado federal Abílio Brunini (PL). Em Goiás, a delegada Adriana Accorsi (PT) enfrenta o ex-deputado estadual Frederico Rodrigues (PL).

Goiânia (GO)

Adriana Accorsi (PT) e Frederico Rodrigues (PL). Foto: Zeca Ribeiro e João Carlos
  • Apoiado por Lula: Adriana Accorsi (PT)

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Filha do ex-prefeito goianiense Darci Accorsi, a deputada Adriana Accorsi é o nome do PT para disputar a prefeitura goiana. A delegada de polícia é vice-líder do PT na Câmara e explora na campanha, além da herança política do pai, a expertise na área de segurança pública.

Nas redes sociais, Adriana evita colar sua imagem à do presidente que, em Goiânia, acumulava rejeição de 56% início de junho, segundo levantamento do Paraná Pesquisas. Na última foto com Lula, em 6 de junho, ela escreveu que o presidente garantiu o apoio para fazerem “um trabalho bonito” na cidade.

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  • Apoiado por Bolsonaro: Frederico Rodrigues (PL)

Em um evento em Goiânia em meados de junho, Bolsonaro anunciou que o deputado federal Gustavo Gayer (PL), seu então candidato, não concorreria mais ao pleito e, na mesma oportunidade, declarou apoio ao ex-deputado estadual Fred Rodrigues, também do partido, que era cotado como vice de Gayer. Fred Rodrigues foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dezembro de 2023, por não prestar contas nas eleições de 2020, quando foi eleito vereador.

O anúncio atropelou outros nomes que se colocavam na lista sucessória, caso Gayer não concorresse. Como justificativa, Bolsonaro afirmou que precisa do aliado em Brasília. Na capital de Goiás, o governador e aliado de Bolsonaro, Ronaldo Caiado (União Brasil), também lançou um nome do próprio partido, ex-deputado federal Sandro Mabel, dividindo os votos da direita.

Cuiabá (MT)

Lúdio Cabral (PT) e Abílio Brunini (PT). Foto: @LudioCabralmt via Facebook e Mário Agra/Câmara dos Deputados
  • Apoiado por Lula: Lúdio Cabral (PT)

Deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Cuiabá, Lúdio Cabral (PT) é o candidato do partido dos trabalhadores, embora em suas redes sociais o apoio de Lula seja timidamente comunicado. Entre as postagens recentes, há um vídeo do candidato com o presidente, em que ele pede votos para Lúcio. Em um dos maiores redutos bolsonaristas do País, a associação tem potencial maior de atrapalhar do que angariar votos. A vice na chapa foi chancelada final de julho: Rafaela Fávaro, presidente do PSD Mulher em Mato Grosso.

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  • Apoiado por Bolsonaro: Abílio Brunini (PL)

Em aliança com o PRTB e o Novo, o PL de Bolsonaro disputa a capital matogrossense com o deputado federal Abílio Brunini (PL). Bolsonaro participou do lançamento da pré-candidatura de Brunini em abril, e desde então manteve o deputado como seu afilhado.

Campo Grande (MS)

Camila Jara (PT) e Beto Pereira (PSDB). Foto: Bruno Spada e Mario Agra/Câmara dos Deputados
  • Apoiado por Lula: Camila Jara (PT)

Deputada federal pelo PT, Camila Jara é a candidata do partido em Campo Grande em chapa puro-sangue, com o deputado estadual e ex-governador de Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, como vice.

  • Apoiado por Bolsonaro: Beto Pereira (PSDB)

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Após idas e vindas na decisão sobre o candidato da direita à prefeitura de Campo Grande, o PL de Bolsonaro fez aliança com o PSDB e confirmou apoio ao pré-candidato tucano, deputado federal Beto Pereira.

A aliança do PL com o PSDB na capital é um aceno de Bolsonaro ao governador Eduardo Riedel (PSDB-MS), um dos 13 chefes de Executivos estaduais que o apoiaram no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, da qual ele saiu derrotado. A escolha coloca o ex-presidente e a senadora e ex-ministra da Agricultura do governo Bolsonaro, Tereza Cristina (PP-MS), em palanques opostos. Ela patrocina a reeleição da atual prefeita e correligionária, Adriane Lopes (PP).

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