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Quem são os candidatos de Lula e Bolsonaro nas capitais do Sul?

Entre as três capitais sulistas, Partido dos Trabalhadores possui candidaturas próprias em Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC), enquanto PL não lançou candidatos próprios

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Foto do author Karina Ferreira

A corrida eleitoral nas três capitais dos Estados da região Sul conta com candidatos apoiados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas não é em todas que o próprio partido dos rivais políticos lançou candidatura própria.

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Do lado do Partido dos Trabalhadores, a disputa em Porto Alegre (RS) e em Florianópolis (SC) conta com petistas como cabeças de chapa. Em Curitiba (PR), um arranjo político garantiu o apoio de Lula ao ex-prefeito Luciano Ducci (PSB), o que fez com que pré-candidaturas do próprio partido fossem preteridas.

Já do lado do PL, nenhum candidato do partido está concorrendo a cargo de prefeito. No entanto, o partido garantiu as três vagas de vice, formando chapa com MDB na capital gaúcha, com PSD na capital catarinense e com PSD na capital do Paraná.

Porto Alegre (RS)

A deputada federal Maria do Rosário (à esquerda) e o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (à direita). Foto: Hélio Rizzo/Câmara dos Deputados e @MeloSebastiao via Facebook
  • Apoiado por Lula: Maria do Rosário (PT)

Candidata à prefeitura de Porto Alegre, a deputada federal Maria do Rosário (PT) foi a escolha do partido para disputar a capital gaúcha já em novembro do ano passado. A deputada é um dos nomes com maior destaque dentro do quadro do PT no Estado gaúcho nos últimos anos, e concorre na chapa com Tamyres Filgueira (PSOL), servidora pública e militante do movimento negro. A costura foi anunciada em fevereiro, quando o partido psolista retirou sua candidatura própria “em nome da unidade das forças progressistas da cidade”, afirmou em nota divulgada na época.

A coligação reúne, além de PT e PSOL, Avante, PCdoB, PV e Rede. Em 2008, Maria do Rosário também concorreu à prefeitura de Porto Alegre, chegou a ir para o segundo turno, mas perdeu para José Fogaça, candidato do então PMDB, que conseguiu 58,95% dos votos.

  • Apoiado por Bolsonaro: Sebastião Melo (MDB)

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O apoio oficial ao atual prefeito Sebastião Melo (MDB) foi dado por Bolsonaro presencialmente na convenção da sigla em Porto Alegre, que ocorreu em 26 de julho. A candidatura da tenente-coronel Betina Worm (PL) como vice na chapa selou o acordo entre o PL, os emedebistas e o restante da coligação formada por PP, PRD, Solidariedade, Podemos e PSD.

O governador Eduardo Leite (PSDB), que é um dos nomes cotados para concorrer em 2026 nas eleições presidenciais, decidiu apoiar a candidatura de Juliana Brizola (PDT), após meses de indefinição tucana.

Florianópolis (SC)

Vanderlei Lela (PT) e Topázio Nedo (PSD). Foto: @LelaFloripa13 e @TopazioFloripa via Facebook
  • Apoiado por Lula: Vanderlei Lela (PT)

Na capital catarinense, o PT lançou o candidato Vanderlei Lela Faria, ex-vereador em 2012 e em 2016, que conta com o apoio dos demais partidos da Federação Brasil da Esperança – PCdoB e PV. Desde março, após encontro com Lula, Lela anunciava ser o candidato do presidente na capital catarinense e tem colado sua imagem ao de lideranças petistas em suas redes sociais. Na chapa petista, a vice-prefeita é a empresária e advogada Ana Carolina Andrade, do PSB, que concorre em seu primeiro pleito.

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A esquerda, no entanto, não conseguiu se articular para formar frente ampla na ilha catarinense, e tem outro nome capaz de dividir votos na disputa: o deputado estadual Marcos José de Abreu, o Marquito, do PSOL. Nenhum dos dois candidatos, no entanto, lidera a disputa na Ilha de Santa Catarina.

  • Apoiado por Bolsonaro: Topázio Neto (PSD)

Sem candidatura própria, o PL fechou acordo com o prefeito Topázio Neto (PSD), que tem o apoio do governador Jorginho Mello, do PL, um dos governadores mais fiéis ao ex-presidente. O partido indicou a vereadora Maryanne Mattos (PL), líder do partido na Câmara Municipal, como vice da chapa. Apesar do apoio, Topázio tenta se afastar da polarização nacional e não entrar de cabeça no bolsonarismo. Ele não esteve presente na cúpula da direita que ocorreu na cidade vizinha, Balneário Camboriú, em julho, por exemplo.

O próprio ex-presidente, em áudio divulgado pelo Estadão em fevereiro, deixava claro que não apoiaria ninguém do “PSD do Kassab”. A estratégia pode ter mudado com a intenção de aumentar o eleitorado do PL na capital catarinense, que teve média de votação em 2022 inferior à do Estado, um dos mais bolsonaristas do Brasil.

Curitiba (PR)

Luciano Ducci (PSB) e Eduardo Pimentel (PSD). Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados e @eduardopimentel via Instagram
  • Apoiado por Lula: Luciano Ducci (PSB)

Luciano Ducci (PSB), ex-prefeito de Curitiba e três vezes deputado federal, tem uma aliança com o PT e com o presidente Lula, em costura feita pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Gleisi Hoffmann, em nome do PT, declarou apoio ao pré-candidato em maio, o que gerou desconforto em parte da legenda, em especial os possíveis pré-candidatos Zeca Dirceu (PT) e Carol Dartora (PT).

Dirceu, o líder do partido na Câmara dos Deputados, chegou a dizer que recorreria diretamente à Lula, mas no fim a aliança com o PSB foi estabelecida e as candidaturas petistas próprias, preteridas. Na chapa com Ducci, concorre a vice-prefeito o deputado estadual Goura (PDT).

  • Apoiado por Bolsonaro: Eduardo Pimentel (PSD)

Vice-prefeito e com pouca experiência em cargos políticos, Eduardo Pimentel tem a candidatura encampada pelo prefeito de Curitiba, Rafael Greca, do PSD. Também do mesmo partido, o governador do Estado e apoiador de Jair Bolsonaro, Ratinho Júnior, tenta transferir o capital político ao pré-candidato, incluindo o apoio do PL do ex-presidente, que escolheu o ex-deputado federal Paulo Martins (PL) como vice na chapa.

A coligação que apoia o candidato do PSD é composta, além do PL, pelo Partido Novo, MDB, Republicanos, Podemos, Avante e PRTD.

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