Dez candidatos estão registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para concorrer à Prefeitura de São Paulo. Além de políticos tradicionais, o pleito deste ano vai contar com um influenciador, uma economista, dois jornalistas e dois metroviários. Enquanto um deles não possui patrimônio, outro declarou à Justiça Federal ser o detentor de R$ 169,5 milhões em bens.
No momento que os candidatos registram as candidaturas no TSE, eles fazem a autodeclaração de bens. Dos candidatos à Prefeitura de São Paulo, João Pimenta (PCO) informou não ter patrimônio à Justiça Eleitoral.
O candidato mais rico que vai disputar o cargo é o ex-coach Pablo Marçal (PRTB), que informou ter um patrimônio de R$ 169,5 milhões. No último dia 12, ele retirou R$ 24 milhões que estavam inclusos na primeira declaração ao TSE. Marçal ainda omitiu R$ 22 milhões de patrimônio e uma empresa da qual é sócio ao lado da esposa, a empresária Ana Carolina Marçal.
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Entre os que declararam possuir bens, o menor patrimônio é o do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que declarou ter R$ 199,6 mil em bens. Grande parte da quantia vem da casa dele no bairro do Campo Limpo, na capital paulista.
Veja o patrimônio de cada candidato
10º- João Pimenta (PCO)
Candidato do PCO à Prefeitura de São Paulo, o jornalista João Pimenta disse à Justiça Eleitoral que não possui bens no nome dele. Vice na chapa dele, o músico Francisco Muniz (PCO) também não registrou patrimônio.
9º- Guilherme Boulos (PSOL)
No registro de candidatura, Guilherme Boulos declarou ter um patrimônio de R$ 199.596,87. O principal bem do candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é uma casa no Campo Limpo que, segundo ele, é avaliada em R$ 171.758. Boulos também disse ser dono de um automóvel GM Celta 2008/2009 de R$ 15.146,00.
Nas eleições de 2022, quando Boulos foi eleito deputado federal com a maior votação do Estado de São Paulo, ele declarou ter R$ 21.055,07 em bens. Em dois anos, o patrimônio dele cresceu em 848%.
8º- Altino Prazeres (PSTU)
O metroviário Altino Prazeres (PSTU) é o penúltimo candidato com menor patrimônio registrado no TSE. Ele disse ter R$ 385.000, com 50% de um imóvel declarado.
Em 2022, quando Altino foi candidato ao governo de São Paulo pelo PSTU, ele informou ter um patrimônio de R$ 192.500. O patrimônio dele teve um aumento de exatos 100% em dois anos.
7º- Ricardo Senese (UP)
Estreante em eleições, o metroviário Ricardo Senese (UP) declarou ter um patrimônio de R$ 444.087. O principal bem dele corresponde a aplicações de renda fixa avaliados em R$ 405.000.
6º- Tabata Amaral (PSB)
A deputada federal Tabata Amaral (PSB) declarou ao TSE o valor de R$ 807.841,11 em bens. Quase todo o patrimônio dela é relativo a investimentos – R$ 799.332,95.
Em 2022, quando Tabata foi eleita para o segundo mandato de deputada federal, ela disse ter R$ 556.700,29 em bens. Em dois anos, o patrimônio dela cresceu 45%.
5º- Ricardo Nunes (MDB)
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), é o quinto candidato mais rico desta eleição e o primeiro a ultrapassar a casa do milhão. O governante da capital paulista declarou ter um patrimônio de R$ 4.843.350,91. Os principais bens dele são uma cota em um fundo de investimentos de R$ 1.139.295,48 e um depósito de R$ 427.026,24 em conta corrente.
Dos prefeituráveis, Nunes foi o que teve um crescimento mais tímido do patrimônio declarado ao TSE em comparação com as últimas eleições que disputou. Em 2020, quando era companheiro de chapa do ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), disse ter R$ 4.836.716,54 em bens. O aumento foi de 0,13%.
4º- Bebeto Haddad (DC)
Deputado federal entre 1991 e 1995, Bebeto Haddad (DC) é o quarto candidato a prefeito mais rico desta eleição. Bebeto, que atualmente é administrador, disse ter um patrimônio de R$ 6.930.000. Do valor, R$ 6,5 milhões são de terrenos nos municípios paulistas de Campinas, Ubatuba e Jandira.
A última vez que Bebeto esteve nas urnas foi em 2010, quando concorreu ao cargo deputado estadual de São Paulo e não foi eleito. Naquela eleição, declarou ter R$ 367.847,61 em bens.
3º- Marina Helena (Novo)
A economista Marina Helena (Novo) ocupa a terceira colocação entre os maiores patrimônios dos prefeituráveis. Ela declarou ter R$ 9.705.860,81 em bens, sendo que o principal é uma casa de R$ 7,6 milhões.
Marina Helena perdeu as eleições para o cargo de deputado federal por São Paulo em 2022, terminando como primeira suplente do Novo na Câmara. A declaração de bens dela no pleito passado não estão disponíveis no site do TSE.
2º- José Luiz Datena (PSDB)
O jornalista e apresentador de televisão José Luiz Datena (PSDB) possui o segundo maior patrimônio entre os concorrentes à Prefeitura. Estreante em eleições, o tucano disse ter R$ 38.301.790,28 em bens. Os maiores valores são R$ 12,4 milhões em imóveis e terrenos e R$ 11 milhões em Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).
1º- Pablo Marçal (PRTB)
O candidato com maior patrimônio declarado ao TSE é Pablo Marçal (PRTB). Ex-coach, influenciador e empresário, Marçal declarou inicialmente ter R$ 193.503.058,17 em bens no dia 7 de agosto. No último dia 12, ele retificou a informação e informou ter, na verdade, R$ 169.503.058,17.
Marçal ainda omitiu uma empresa no qual é sócio e R$ 22 milhões em patrimônio. Ao portal UOL, o candidato disse que ocorreu um “erro simples, coisa de contador”.
Nas eleições de 2022, Marçal foi candidato a deputado federal, mas teve a candidatura anulada pelo TSE. No pleito, ele declarou ter R$ 88.441.467,08 em bens. Em dois anos, o patrimônio dele cresceu 91,6%.
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