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Operação da PF: Capitão Assumção é um dos alvos da decisão de Alexandre de Moraes

Apoiador de Bolsonaro, deputado estadual do Espírito Santo é processado por disparo de mensagens durante as eleições de 2022

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Por Redação
Atualização:

O deputado estadual do Espírito Santo Capitão Assumção (PL) foi um dos alvos de busca e apreensão da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira, 15. Segundo o parlamentar, a PF visitou sua casa e seu gabinete na Assembleia Legislativa do Estado. A pedido do ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a PF faz operação com mais de 100 mandados de busca e apreensão contra envolvidos em manifestações antidemocráticas pós-eleições, que incluem os bloqueios de rodovias e as vigílias em frente a quartéis.

As diligências foram realizadas em sete Estados - Acre, Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina -, além do Distrito Federal. O Estadão apurou que o ministro também determinou a quebra de sigilo bancário de investigados e o bloqueio de contas de dezenas de empresários.

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Capitão Assumção foi eleito deputado estadual do Espírito Santo pelo PL em 2018 e reeleito em 2022. Anteriormente, filiado ao PSB, assumiu o cargo de deputado federal em 2009, ficando até 2011, em virtude da renúncia do titular da vaga.

Em 2017, Assumção teve sua prisão decretada pela Justiça Militar do Espírito Santo, a pedido do Ministério Público Estadual, por envolvimento em motim de policiais militares do Estado. Ele e outros três policiais foram acusados de incitar o movimento e de aliciamento de outros PMs com a divulgação de áudios e vídeos em redes sociais. Na época, o capitão se entregou à Corregedoria da Polícia Militar e foi recolhido no presídio da corporação.

Capitão Assumção já foi preso por envolvimento em motins de policiais militares no Espírito Santo. Foto: André Dusek/Estadão

Recentemente, nas últimas eleições, Capitão Assumção foi acusado de realizar um disparo de mensagens com pedidos de votos via Whatsapp sem consentimento dos destinatários. O caso lhe rendeu um processo pelo Ministério Público Eleitoral no Espírito Santo.

O fato foi noticiado ao MP por um cidadão que recebeu as mensagens. A fonte informou ao órgão que o banco de dados com os números de telefone pode ter sido obtido da Igreja Cristã Maranata, instituição da qual Assumção faz parte. Como essa coleta de dados pelo órgão religioso não foi feita com a intenção de utilização para envio de propaganda política, acredita-se que houve violação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Em sua rede social, Capitão Assumção se auto intitula como “conservador”, “bolsonarista” e integrante da Igreja Cristã Maranata. Ele publica conteúdos pró-Bolsonaro e destila críticas ao presidente eleito Lula.

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