Citado pelo presidente do PSB, Roberto Amaral,para caracterizar a iniciativa do diretório da sigla em Pernambuco de lançar um nome para a presidência do partido, o coronelismo foi um sistema marcante no início da República no Brasil (final do século XIX e início do XX) . Ele se caracterizou pela forte atuação de fazendeiros ricos, sobretudo no nordeste do País, que utilizavam seu poderio econômico e até militar - por meio de capangas armados que trabalhavam para eles - para se manter no poder.
Esses grandes proprietários de terra ganhavam o título de coronel e podiam recrutar capangas para defender os interesses do governo e das elites. Diante disso se configurou o sistema de voto de cabresto, no qual as eleições eram fraudadas graças às pressões dos coronéis que podiam comprar votos, oferecendo bens em troca, ou mesmo fazer pressão nos eleitores por meio de seus capangas no dia da votação. Como os votos eram abertos, os coronéis conseguiam intimidar e até ameaçar de morte quem não votava neles.
Além disso, como a fiscalização do sistema eleitoral também era muito frágil, as urnas eram facilmente fraudadas pelos coronéis para se manter no poder
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