Ratinho Júnior defende banco de fomento próprio para grupo Sul-Sudeste que rivaliza com Nordeste

Em evento da frente em São Paulo, governador do Paraná afirmou que Cosud pode ter protagonismo em temas de infraestrutura, energia e sustentabilidade

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Por Matheus de Souza
Atualização:

O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), citou nesta quinta-feira, 19, em encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), a possibilidade de o grupo criar um banco de fomento próprio. Ratinho Júnior também defendeu que agora o Cosud é um “grande bloco” que pode ter protagonismo em temas de infraestrutura, energia e sustentabilidade.

Os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que também participaram do evento, defenderam o investimento em órgãos de monitoramento e resposta a condições climáticas, além de um “emprego mais racional dos recursos” para responder a esse tipo de problema.

Ratinho Júnior, que é presidente do Consórcio Sul-Sudeste, defendeu que o grupo tenha um banco de fomento próprio Foto: Alex Silva/Estadão

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“Muitas vezes países que não fizeram o dever de casa apontam para nós” afirmou Ratinho Júnior. Também foi sugerido, pela vice-governadora de Santa Catarina, Marilisa Boehm (PL), a criação de um fundo emergencial para problemas climáticos.

Em meio a tragédias nos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina nos últimos meses, os governadores concentraram seus discursos principalmente na necessidade de se construir políticas públicas conjuntas para lidar com o tema.

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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), fez um discurso na mesma linha, mas chegou a defender que o País mostre que tem o aço e o lítio “mais verdes do mundo”. Em agosto, em entrevista ao Estadão, Zema anunciou a criação da frente Sul-Sudeste para disputar protagonismo com o Nordeste. Na ocasião, chamou os estados da região de “vaquinhas que produzem pouco”. Isso gerou uma enorme reação de governadores e políticos do Nordeste e forte crítica nas redes sociais.

“Sul e Sudeste vão continuar com a arrecadação muito maior do que recebem de volta? Isso não pode ser intensificado, ano a ano, década a década. Se não você vai cair naquela história, do produtor rural que começa só a dar um tratamento bom para as vaquinhas que produzem pouco e deixa de lado as que estão produzindo muito. Daqui a pouco as que produzem muito vão começar a reclamar o mesmo tratamento. É preciso tratar a todos da mesma forma”, disse Zema na entrevista ao Estadão.

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