Em recado ao STF, Hugo Motta fala em ‘Câmara forte’ e em garantia de prerrogativas

Deputado que tem apoio de governistas e de opositores fez discurso momentos antes do início da votação que escolherá o próximo presidente da Casa, sucessor de Arthur Lira

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Atualização:

BRASÍLIA - O favorito na eleição para presidente da Câmara, prevista para a noite deste sábado, 1.º, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que vai trabalhar por uma “Câmara forte” e para garantir prerrogativas e a imunidade parlamentar.

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A declaração marca uma posição do sucessor de Arthur Lira (PP-AL) diante de pressões do Supremo Tribunal Federal (STF) que atingem parlamentares do campo à direita e miram mudanças nos mecanismos de pagamento de emendas.

“A garantia das prerrogativas parlamentares é essencial para o fortalecimento do povo, pois cada um de nós está diretamente relacionado aos anseios daqueles que nos deram o voto”, disse, em seu último discurso antes da votação.

O deputado Hugo Motta com ministros do governo Lula que retomaram os mandatos no Congresso para votar nas eleições para presidentes da Câmara e do Senado Foto: Wilton Junior/Estadão

Motta sinalizou aos pares que não se colocará contra a vontade da maioria, caso seja eleito para a presidência. Ele afirmou que a humildade é uma atitude de vida e mencionou Nelson Mandela e Mahatma Gandhi.

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O candidato disse que a posição de presidente da Câmara é efêmera, e que nunca imaginou o cargo como um auge de poder. Ele afirmou que os líderes de bancada são porta-vozes do povo. Também defendeu uma gestão com harmonia e citou interesse em um alinhamento com o Senado.

“Devemos também priorizar o alinhamento de pautas com o Senado para otimizar o processo legislativo”, disse.

A candidatura de Hugo Motta é uma construção da qual participou ativamente o atual presidente da Câmara, Arthur Lira. Em seu último discurso antes de deixar o posto, Lira disse que termina seu mandato com sensação de dever cumprido. “Nossa presidência foi sobre entregar, deixar legado ao País, produzir avanços legislativos”, disse.

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