Reforma tributária: Haddad atribui a Janja e Xuxa mudança sobre plano de saúde para animais

Câmara aprovou regulamentação da reforma tributária; entre os pontos, está redução em 30% da alíquota dos planos de saúde de animais domésticos

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Foto do author Gabriel de Sousa
Atualização:

BRASÍLIA – A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, gravou um vídeo ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quinta-feira, 11, comemorando a alíquota reduzida de 30% para os planos de saúde de animais domésticos na reforma tributária. Segundo o ministro, o tema entrou na pauta da regulamentação, aprovada nesta quarta-feira, 10, devido à atuação da primeira-dama e da apresentadora de televisão Xuxa Meneghel.

O primeira-dama Rosângela da Silva (à esquerda) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (à direita) Foto: @JanjaLula via X

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No vídeo, Haddad afirma que Janja foi a responsável por lembrar o ministério sobre a importância de reduzir a alíquota dos planos de saúde para animais domésticos. Xuxa, por sua vez, para aproximar representantes do setor com o grupo de trabalho que atuou na regulamentação da reforma tributária. “Ela (Xuxa) nos colocou em contato com os empresários que recebi na Fazenda e que esclareceram o ponto que eles estavam querendo que os parlamentares reconhecessem”, afirmou Haddad no vídeo, que foi publicado nas redes sociais da primeira-dama.

“Você (Janja) fez chegar ao Ministério da Fazenda o que, para muita gente, pode parecer um detalhe, mas, para quem cuida do seu ‘petzinho’, é uma questão importante. Hoje, você tem uma indústria nascente de planos de saúde para os animais, e o projeto que a gente tinha encaminhado não tinha percebido que a gente tinha falado de saúde humano, mas não tinha falado de saúde animal. Você nos alertou”, disse Haddad.

Na noite desta quarta-feira, a Câmara aprovou o primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária. O texto, que agora segue para análise do Senado, incluiu uma trava para alíquota do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA), inclui o carvão no chamado “imposto do pecado”, que vai incidir sobre produtos considerados nocivos à saúde e ao meio ambiente, amplia o cashback e reduz a alíquota para uma série de medicamentos.

No meio da disputa pela “paternidade” do imposto zero em proteína animal, que está sendo deflagrada entre aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Janja e Haddad reforçaram a ideia de que a isenção foi feita graças a pedidos do petista.

“O presidente Lula também teve uma vitória importante ontem. O presidente Lula tinha feito uma manifestação pública de que a carne tinha que estar na cesta básica porque, afinal de contas, o acesso à proteína animal tem que ser garantido a todos os brasileiros”, disse Haddad.

O ministro da Fazenda alfinetou o PL de Jair Bolsonaro e endossou que a sigla foi contrária à aprovação da reforma tributária. No plenário da Câmara e nas redes sociais, aliados do ex-presidente fizeram coro de que a isenção da carne ocorreu após articulações dele e da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

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“Foram todos os partidos (apoiando a isenção da proteína animal). Mesmo o PL que votou contra, por exemplo. Eles têm feito uma campanha contra a reforma tributária, numa linha de retrocesso e não modernidade. Nós conseguimos vencer a oposição e colocamos a carne na cesta básica”, afirmou Haddad.