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Nunes, Boulos e Tabata: os perfis dos pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo

Conheça as trajetórias do atual prefeito, do deputado federal e da deputada federal, que vão disputar a preferência do eleitorado paulistano nas eleições em outubro

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Foto do author Juliano  Galisi
Atualização:

A sete meses da eleição para a Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB), e Tabata Amaral (PSB) aparecem nas primeiras colocações nas pesquisas de intenção de voto. Caso o retrato do atual momento se mantenha com o passar dos meses, Boulos e Nunes tendem a polarizar a disputa, refletindo apoios do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), respectivamente. Tabata, por sua vez, se colocará como “terceira via” ao eleitor.

Os três pré-candidatos receberam o Estadão para a elaboração de perfis sobre suas trajetórias pessoais. Nunes, Boulos e Tabata falaram a respeito da vida pessoal e anterior aos cargos públicos e sobre as perspectivas de futuro para a cidade.

Confira os perfis de Monica Gugliano de Tabata Amaral, Ricardo Nunes e Guilherme Boulos Foto: Werther Santana; Felipe Rau e Pedro Kirilos/Estadão

Confira abaixo os principais tópicos de cada perfil:

Ricardo Nunes

Ricardo Nunes tem 56 anos e nasceu em São Paulo, filho de um imigrante português com uma mineira. A família de quatro irmãos tinha uma vida de classe média confortável até um empreendimento frustrado do pai no litoral sul do Estado. Por conta disso, passou a adolescência em uma comunidade pobre da capital.

Ricardo Nunes é empresário e foi vereador por dois mandatos Foto: Werther Santana/Estadão

Quando fez 18 anos, tirou seu título de eleitor e se filiou ao então PMDB. Aos 23 anos, tentou ser vereador, mas perdeu a eleição e resolveu empreender. Fundou a Nikkey, especializada em tratamento fitossanitário. Chegou a cursar Direito na FMU, mas abandonou o curso por não conseguir arcar com as mensalidades.

Quando ele (Bruno Covas) me falou, eu chorei. Sempre tive muita admiração por ele, tinha ele como um ídolo

Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, sobre o convite para ser vice na chapa em 2020

Em 2012, candidatou-se a vereador mais uma vez e foi eleito a uma cadeira na Câmara Municipal paulistana. Permaneceu como vereador até 2020, quando, mesmo sem favoritismo na “bolsa de apostas” dos bastidores, foi escolhido para ser vice na chapa do então prefeito Bruno Covas à reeleição. Nunes e Covas foram eleitos em 2020. A morte do titular no ano seguinte foi um choque, como contou ao Estadão. A principal bandeira dele para a eleição é o conjunto de obras que vem tocando na cidade. Leia mais sobre o perfil de Ricardo Nunes.

Guilherme Boulos

Guilherme Boulos é o caçula dos três filhos de um casal de infectologistas. Apesar de sempre ter tido uma boa casa para morar e ter estudado em boas escolas privadas, decidiu, a certa altura e por escolha própria, trocar a escola particular por uma pública e, anos depois, foi morar em um dos acampamentos do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), do qual viria a ser um dos coordenadores nacionais. A questão habitacional é a principal pauta do pré-candidato.

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Guilherme Boulos é deputado federal de primeiro mandato; já disputou eleições à Presidência e à Prefeitura de São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

Será a quarta eleição disputada por Boulos, a terceira a um cargo do Executivo. A estreia foi em 2018, em chapa com a atual ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, pela Presidência da República. A campanha rendeu popularidade para que, em 2020, ele disputasse a Prefeitura de São Paulo, tendo como vice a deputada federal Luiza Erundina. Perdeu para Covas no segundo turno.

Você tem de um lado um problema social e, do outro, você tem uma resposta inadequada do poder público municipal para o problema habitacional

Guilherme Boulos (PSOL), deputado federal, sobre a política habitacional na cidade

Havia planos para que, em 2022, Boulos disputasse o governo paulista, mas ele abriu mão da tentativa para que, neste ano, obtivesse o apoio do PT na disputa na capital. Sua vice será a petista Marta Suplicy, que retornou à sigla da qual estava apartada desde 2015. Leia mais sobre o perfil de Guilherme Boulos.

Tabata Amaral

Tabata Amaral lançou sua pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo na casa em que cresceu, na Vila Missionária, na periferia paulistana. No evento, a ativista contou sobre sua origem simples e falou sobre as oportunidades que teve na vida, as quais atribuiu ao acesso à educação, sua principal bandeira para a campanha.

Tabata Amaral é ativista pela educação. É formada em Ciências Políticas por Harvard e soma dois mandatos como deputada federal Foto: Alex Silva/Estadão

Obteve uma bolsa de estudos em Harvard, uma das melhores universidades do mundo, onde se formou em ciências políticas. Ao terminar o curso, retornou ao Brasil e se lançou como candidata à deputada federal em 2018 pelo PDT, sigla da qual acabaria expulsa por votar a favor da reforma da Previdência em 2019. Ela passou dois anos na Justiça para poder migrar para o PSB, sua atual legenda, pela qual foi reeleita deputada em 2022.

Você acredita que as pessoas falavam que eu estava lá porque era mulher de alguém, filha de alguém?

Tabata Amaral (PSB), deputada federal, sobre a desconfiança após ser eleita deputada pela primeira vez

Tabata explica que está montando sua equipe e que vai trabalhar em três eixos: segurança pública; transporte e mobilidade; e oportunidades. Leia mais sobre o perfil de Tabata Amaral.

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