RIO - A Justiça decidiu manter preso o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), em audiência de custódia realizada por videoconferência na tarde desta segunda-feira, 24, no Rio , segundo a secretaria de Administração Penitenciária do Estado (Seap). Desde a noite de domingo, 23, Jefferson estava detido no presídio José Frederico Marques, em Benfica (zona norte do Rio). O ex-deputadofoi transferido na noite desta segunda-feira, 24, para o presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, no Complexo de Gericinó.
A audiência de custódia foi presidida pelo desembargador Airton Vieira, que é juiz instrutor do gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Até a publicação desta reportagem, o STF não havia se manifestado sobre a audiência de custódia.
Por volta das 11h de domingo, Jefferson, um aliado antigo do presidente e candidato à reeleição pelo PL Jair Bolsonaro, fez disparos de fuzil e lançou granadas contra quatro policiais federais que foram à sua casa, em Comendador Levy Gasparian, município do sul fluminense, para cumprir uma ordem de prisão contra ele. O ministro Alexandre de Moraes mandou que o ex-parlamentar fosse preso por ter insultado a ministra Cármen Lúcia, da mesma corte, em entrevista.
Rendição após negociações
Entrincheirado na casa e fazendo ameaças pela internet, Jefferson se recusava a ser preso. Só se entregou por volta das 19h, após horas de negociação com a PF. Ao resistir à prisão, Jefferson feriu um delegado e uma agente da PF. Por isso, foi indiciado por quatro tentativas de homicídio - uma para cada policial que integrava a equipe que o ex-deputado atacou.
Depois da prisão, Jefferson foi conduzido para a sede da Polícia Federal no Rio, na capital fluminense. Depois, foi conduzio ao Instituto Médico-Legal, para exames de corpo de delito, e finalmente para o presídio de Benfica.
O Estadão procurou a defesa de Jefferson para que se pronuncie sobre a audiência de custódia, sem sucesso até a publicação deste texto.
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