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Sabatina Estadão: Nunes diz precisar de Bolsonaro para gravar vídeo e aposta em 2º turno com Boulos

Prefeito disse que sua intenção é manter a tarifa de ônibus baixa em um eventual segundo mandato, mas evitou cravar que manterá o valor atual

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Foto do author Pedro Augusto Figueiredo

O prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) negou, durante sabatina realizada pelo Estadão, que Jair Bolsonaro (PL) não participe de sua campanha à reeleição e afirmou que o ex-presidente vai gravar material ao lado dele para exibição na propaganda eleitoral na televisão. A íntegra da entrevista com o emedebista, gravada em vídeo, será publicada às 15h.

“[Bolsonaro] participa e deve participar, com certeza”, disse Nunes, que ponderou que o aliado viaja pelo País para fazer campanha em outras cidades. “Nós temos no nosso banco de dados mais de 2 horas de gravações com o presidente Bolsonaro das ações que a gente fez junto. Eu preciso, inclusive, tê-lo junto até para fazer um vídeo do acordo do Campo de Marte. Eu consegui, quando ele era presidente, resolver a dívida da cidade de R$ 25 bilhões [com a União]. Agora ele está viajando”, continuou.

Prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB) concede entrevista ao Estadão Foto: Werther Santana/Estadão

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O acordo pôs fim a uma disputa de décadas na Justiça. A Prefeitura concordou que o terreno pertence ao governo federal em troca do abatimento do débito bilionário.

A campanha eleitoral começou há quase um mês, mas Bolsonaro ainda não fez campanha ao lado do emedebista — agenda inicial de compromissos do ex-presidente em setembro não prevê a presença dele na capital paulista —e nem apareceu no horário eleitoral gratuito. Nas redes sociais, gravou um vídeo no início de agosto em que reafirma estar com Nunes em meio à migração do eleitorado bolsonarista para Pablo Marçal (PRTB).

O prefeito declarou também que, pelo histórico das eleições paulistanas, a existência de um eleitorado de esquerda na cidade e o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acredita que Guilherme Boulos (PSOL) irá para o segundo turno com ele. Pesquisa Quaest divulgada na quarta-feira, 12, coloca Nunes com 24%, Marçal com 23% e Boulos com 21%. O emedebista ganharia dos dois adversários em um eventual segundo turno.

“Eu ganho tanto do Boulos como do Pablo Marçal. Acho que é um reconhecimento da população, do trabalho que a gente desenvolveu e das nossas entregas.”, disse Nunes, que comemorou continuar na disputa pela liderança mesmo após a entrada e subida de Marçal, com quem reconhece dividir o eleitorado.

“Mesmo tendo uma pessoa com essa forte atuação na rede social, mesmo com os métodos que ele utiliza, mente bastante. Mesmo assim eu tenho conseguido manter a liderança e uma baixíssima rejeição”, analisou.

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O prefeito disse que sua intenção é manter a tarifa de ônibus baixa em um eventual segundo mandato, mas evitou cravar que manterá o valor congelado em R$ 4,40 como ocorreu nos últimos quatro anos. “Não vou cometer nenhuma irresponsabilidade. Se tiver uma guerra e explode o diesel?”, argumentou.

Ele também afirmou que não há uma milícia formada por guardas civis metropolitanos e policiais na Cracolândia. A declaração vai na contramão do que diz o Ministério Público, que aponta a existência de um grupo organizado para extorquir comerciantes na região.

“Não existe milícia na nossa cidade. A gente teve algumas pessoas de uma forma errada, acabaram cometer alguma ilegalidade”, justificou.

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