Cleiton Gontijo de Azevedo, 40, mais conhecido como Cleitinho, recebeu 4,2 milhões de votos nessas eleições - mais do que o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD), candidato a governador que ficou em segundo lugar nas pesquisas. Músico e comerciante, ele entrou na política em 2016 pela Câmara de Vereadores de Divinópolis, sua cidade natal, sendo o terceiro vereador mais votado, com 3.023 votos. Durante o mandato, chegou a ser presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa Social. Em 2018, foi eleito deputado estadual de Minas Gerais. Nesse período de oito anos, mudou de partido quatro vezes, passando pelo Cidadania, PPS e PSC.
- Você é a favor da permanência do Auxílio Brasil ou de outros programas de renda?
Sou a favor do Auxílio Brasil. E, independente de qual presidente ganhar, espero que ele permaneça. Se eu estiver lá, votarei para que ele permaneça. Se a pauta é do povo, eu vou votar a favor.
Qual é o papel do estado na preservação (ou não) de pautas como liberdade religiosa, legalização do aborto e das drogas e defesa dos direitos humanos?
Se aparecer um projeto a favor da legalização das drogas, vou votar contra. As drogas não devem ser legalizadas, nem nesse momento, nem nunca. A experiência que tenho, que é o dia a dia da vida, me faz ser contra.
A questão do aborto também sou contra, me posiciono a favor da vida. O estado é laico, mas eu sou cristão. Mas acho que a liberdade religiosa é importante, respeito e vou sempre respeitar a crença dos outros.
Devem ser feitas reformas econômicas no próximo mandato? (teto de gastos, reforma da previdência, reforma tributária) De que forma?
Sou totalmente a favor da reforma tributária, acho que é uma das reformas que precisam passar dentro do Senado e da Câmara. Dinheiro não cai do céu. Precisa ter responsabilidade com dinheiro. Se tem dinheiro para fazer algo a mais para a população, faça. Agora, se não tem como, é inventar dinheiro. Só que a conta chega depois. A gente vai ter que estudar pra gente ver, mas ainda não tô lá. Vou precisar estar lá para poder me posicionar melhor.
Como a próxima legislatura deve combater a falta de transparência no uso de recursos públicos?
Vou te falar por mim, não posso falar pelos outros Senadores. Na questão do orçamento secreto, se julga e critica muito o presidente Bolsonaro. Acho que quem tem que ter vergonha na cara é a própria Câmara e o Senado. É transparência, o orçamento não tem que ser secreto, ele tem que ser público. É preciso trabalhar com o Senado para dar mais transparência ainda. Tudo o que é dinheiro público tem que ser transparente.
Você é a favor ou contra o pacto federativo?
Eu preciso estudar mais para entender o que é favorável para o estado e o que não é.
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