Segurança pública no governo Lula é reprovada por 42% dos brasileiros, diz Ipec

Pesquisa mostra que a avaliação negativa do governo do presidente Lula supera a positiva em sete das oito áreas mensuradas por instituto

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Foto do author Zeca  Ferreira
Atualização:

Pesquisa divulgada pelo Ipec neste domingo, 21, mostra que a avaliação negativa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) supera a positiva em sete das oito áreas mensuradas pelo instituto que substituiu o Ibope. As piores áreas de avaliação da gestão petista são questões ligadas à economia, como o combate à inflação, seguidas por segurança pública e saúde.

O Ipec realizou 2 mil entrevistas em 129 municípios entre os dias 4 e 8 de abril para levantar a opinião dos brasileiros sobre a atuação do governo federal em oito áreas:

  1. Combate ao desemprego;
  2. Combate à fome e à pobreza;
  3. Combate à inflação;
  4. Educação;
  5. Meio ambiente;
  6. Política externa;
  7. Saúde;
  8. Segurança pública.
Segundo Ipec, 42% dos brasileiros avaliam como ruim ou péssima a atuação do governo Lula na segurança pública Foto: Wilton Junior/Estadão

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De acordo com a pesquisa, 42% brasileiros avaliam como negativa (soma de ruim e péssima) a atuação do governo Lula na segurança pública, enquanto 28% consideram o desempenho do governo nessa área como regular e 27% como positiva (bom ou ótimo).

Neste ano, a gestão petista enfrentou uma crise na área de segurança, especialmente após a fuga de dois presos da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, em fevereiro. Os detentos só foram recapturados em abril.

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Os evangélicos se destacam entre aqueles que consideram a atuação do governo na segurança como negativa, com 49% avaliando-a como ruim ou péssima, em comparação com 21% que a classificam como boa ou ótima. Entre os católicos, esses números são 37% e 33%, respectivamente. Quanto às regiões, a desaprovação à administração federal é mais alta no Sudeste (45%) e mais baixa no Nordeste (37%).

A pesquisa inclui a população com 16 anos ou mais e tem uma margem de erro máxima estimada de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança utilizado é de 95%. Os casos em que a soma das porcentagens não atinge 100% resultam de arredondamentos ou da presença de múltiplas respostas.

Diante do surto de dengue que aflige o País e das críticas à atuação da ministra da Saúde, Nísia Trindade, a percepção dos brasileiros sobre a pasta também é desfavorável. Segundo o Ipec, 42% dos entrevistados avaliam como negativa a atuação governamental na área, enquanto 30% a consideram regular e 29% como positiva.

No geral, as questões relacionadas à condução da economia também são avaliadas negativamente. O combate à inflação é considerado ruim ou péssimo por 46% dos entrevistados, enquanto o combate ao desemprego é avaliado negativamente por 39% e o combate à fome e à pobreza por 38%.

A avaliação sobre a política educacional é a única que apresenta números positivos superiores aos negativos. Segundo a pesquisa, 38% dos brasileiros avaliam como boa ou ótima a atuação do governo na área da educação, enquanto 28% consideram como regular e outros 31% como ruim ou péssima.

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Assim como acontece na segurança pública, na educação, os evangélicos são o grupo que mais negativamente avalia a atuação do governo Lula, totalizando 39% de avaliações como péssima ou ruim. Por outro lado, os católicos somam 44% de avaliações como ótimo e bom. Em relação às regiões, o Sul se destaca com a maior avaliação negativa (37%) e o Nordeste com a maior avaliação positiva (48%).

Em março, o Ipec trouxe uma avaliação geral do governo Lula, mostrando que o presidente era avaliado como ótimo e bom por 33% dos entrevistados. Já a avaliação negativa (ruim ou péssimo) foi de 32%. O grupo que avaliava o governo como regular aumentou, chegando a 30%.

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