Semana na política tem invasão do MST, crise de cavalos e de navios; entenda

Invasão na Bahia pode trazer polarização ideológica e suspeitas sobre ministro traz desgaste, assim como traz polêmica os navios iranianos atracados no Rio

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Foto do author Daniel Fernandes
Atualização:

A semana na política foi marcada pela invasão de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) a três fazendas de cultivo de eucalipto da empresa Suzano. Essas manifestações ocorreram nas cidades de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, todas no sul da Bahia, conforme relatou reportagem assinada por José Maria Tomazela.

Mas você pode pensar: uma invasão do tipo é realmente importante no extenso e volumoso noticiário político - que incluiu a primeira crise do governo Lula envolvendo o ministro das Comunicações, conforme reportagem exclusiva publicada pelo Estadão?

A resposta é sim, e vamos mostrar os motivos.

Invasões ocorreram nas cidades de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, todas no sul da Bahia Foto: MST

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A primeira informação relevante em torno do assunto é que trata-se de uma invasão em terras produtivas, o que contraria o discurso do hoje presidente Lula durante a campanha eleitoral. O MST discorda, ainda informa reportagem de Tomazela, e diz que ações do tipo vão continuar. Eis o segundo aspecto importante do assunto. E que nos leva ao que essas ações podem indicar para o futuro: mais polarização ideológica, segundo o agronegócio e instituições correlatas

O termo - polarização ideológica - foi usado pela Coalização Brasil Clima, Florestas e Agricultura para repudiar a iniciativa do MST. A coalizão reúne centenas de representantes do Agronegócio, além do Carrefour, Bradesco e BTG Pactual. Leia a nota e entenda melhor o posicionamento da entidade. Há outro desdobramento importante, manifestado por Paulo Hartung, ex-governador do Espírito Santo e atualmente presidente da Indústria Brasileira de Árvores (IBA). Confira uma entrevista exclusiva com Hartung.

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O judiciário foi acionado com pedidos de reintegração de posse. E, na última quinta-feira, 2, um desdobramento mais claro do fato ocorreu: o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, prometeu mediar o conflito - entenda os motivos pelos quais ele adotou essa estratégia.

Parece que o assunto terá novos desdobramentos. E ele merece ser seguido por você, leitor, nesta página especial.

A crise dos cavalos

Outro noticiário importante diz respeito a Juscelino Filho, ministro das Comunicações do governo Lula. Julia Affonso, Tacio Lorran, Vinícius Valfré e Daniel Weterman revelaram que o ministro usou voo da FAB e diárias públicas para ir a leilão de cavalos de raça. O Estadão tem uma página que reúne todos os conteúdos publicados a respeito do tema até o momento. Vale conferir, pois na próxima segunda-feira deve haver um encontro entre Lula e o ministro.

Após agendas oficiais no dia 27 de janeiro, ministro recebeu "Oscar" de associação de criadores de cavalo. Desde o início do mês a lista de homenageados era pública FOTO Reprodução/ABQM Foto: Reprodução/ABQM

A crise dos navios

Outro tema que ganhou bastante destaque na semana foi o acolhimento, por parte do Brasil, de navios iranianos, agora ancorados no Rio de Janeiro. A matéria que vai fazê-lo melhor entender o caso foi produzida pelas jornalistas Beatriz Bulla e Renata Tranches. Elas mostram o impacto da decisão brasileira nos Estados Unidos.

Porta-voz do Departamento de Estado americano afirma que País ‘hospeda embarcações de um regime que fornece armas para a Rússia usar contra a Ucrânia’ FOTO: PEDRO KIRILOS / ESTADÃO Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Até a próxima semana.

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