STF realiza audiência sobre escolas cívico-militares em SP nesta terça-feira, 22

Tema será debatido com representantes de instituições federais e estaduais; PT e PSOL apresentaram ações contra programa do governo de São Paulo

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Foto do author Vinícius Novais

O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza nesta terça-feira, 22, uma audiência pública para discutir o Programa Escola Cívico-Militar no Estado de São Paulo. O objetivo da audiência, coordenada pelo ministro Gilmar Mendes, é colher informações técnicas para que o tribunal possa decidir sobre duas ações diretas de inconstitucionalidade que questionam a lei estadual que instituiu o programa. As ações foram protocoladas individualmente por PSOL e PT.

Escultura 'A Justiça' em frente ao prédio do STF, em Brasília Foto: Dida Sampaio/Estadão

Os pontos tratados, segundo o STF, são:

  • evolução das escolas militares e cívico-militares no Brasil;
  • distinção prática entre escolas militares e escolas cívico-militares;
  • impactos financeiros e orçamentários na implementação de escolas cívico-militares;
  • dinâmica pedagógica das escolas convencionais, das militares e das cívico-militares;
  • repercussões das escolas cívico-militares na segurança pública.

Além do ministro Gilmar Mendes, foram convidados deputados estaduais de São Paulo e representantes do governo do Estado de São Paulo, do Ministério da Educação, da Procuradoria-Geral da República (PGR), da Advocacia Geral da União (AGU), do PT, do PSOL e de entidades que tratam de educação e segurança.

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Segundo o cronograma divulgado pela Corte, cada participante terá dez minutos para apresentar suas considerações sobre o tema. O encontro iniciado nesta manhã se encerra às 18h35.

Gilmar Mendes, que relata as ações apresentadas sobre o tema, quis reunir mais informações para o Supremo estar melhor municiado para sua decisão. Segundo o ministro, o assunto é importante por tratar do direito à educação e também do objetivo fundamental da construção de uma sociedade mais justa e menos desigual.

Nas ações, o PT e o PSOL alegaram que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional não dá respaldo ao modelo cívico-militar. Segundo o PT, o padrão poderia levar a uma “inconstitucional militarização precoce e forçada de crianças e adolescentes e extrapolando as funções das forças militares do Estado de São Paulo”.

O PSOL considerou que o projeto tem em vista militarizar a escola civil. “Estas novas escolas não se confundem com o Colégio da Polícia Militar ou com o Colégio Militar, que são instituições de caráter excepcional”, argumentou a legenda.

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