BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) retirou nesta quinta-feira, 1º, as grades que limitavam o acesso ao prédio principal da Corte. O movimento ocorre após o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional também retirarem as limitações de acesso.
Pela manhã, o STF ainda mantinha as grades, que foram retiradas até o início da tarde, quando estava prevista a sessão de início do ano Judiciário. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ajudou a retirar a primeira grade ao lado de Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, e de Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso. O ministro do STF Alexandre de Moraes, e o recém-nomeado mas ainda não empossado Flávio Dino também estiveram presentes.
Veja o momento da retirada das grades no STF:
A cúpula do Legislativo também mandou retirar as grades que protegiam suas instalações neste ano. A retirada oficial foi logo após a cerimônia de um ano dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
O STF foi o último a retirar as grades e restaurar o livre acesso pela região da Praça dos Três Poderes. O prédio do Supremo foi o mais destruído na invasão de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em 8 de janeiro do ano passado. Os vândalos quebraram os vidros e entraram no plenário. Danificaram o plenário da Corte e chegaram a retirar uma parte do armário onde ficam as togas dos ministros que tinha o nome do ministro Alexandre de Moraes.
Em maio do ano passado, o Planalto retirou as grades que protegiam seu prédio desde 2013, quando Brasília foi alvo de protestos que culminaram na invasão da parte superior do Congresso Nacional.
Apesar do simbolismo de retirarem as grades cerca de um ano após o 8 de janeiro, as barreiras de proteção já estavam no local bem antes. Elas começaram a ser colocadas esporadicamente a partir de 2013 e passaram a ser fixas em frente ao STF em 2016, segundo a Corte. De lá para cá, ao longo dos últimos anos, foi feito um reforço e ampliação da quantidade de grades.
Em março daquele ano, o Supremo tomou uma das decisões mais polêmicas dos últimos anos, com a abertura de ofício (ou seja, sem ser provocado para isso) do chamado “inquérito das fake news”, destinado a apurar ameaças, notícias falsas e ataques a ministros da Corte.
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