O Supremo Tribunal Federal (STF) solicitou ao aplicativo Bluesky a remoção de perfis falsos que se passam pela Corte. Desde a sexta-feira, 30 de agosto, com o bloqueio do X (antigo Twitter), o Bluesky emergiu como uma das principais alternativas à base de usuários da rede social controlada por Elon Musk, que descumpriu uma determinação do ministro Alexandre de Moraes para indicar um representante legal no País.
O Bluesky foi fundado em 2019 por Jack Dorsey, um dos cofundadores do Twitter, e possui uma usabilidade similar a do X. As semelhanças fizeram com que a rede se tornasse uma das principais alternativas ao site controlado por Musk. Desde a última sexta, a rede social já ganhou mais de um milhão de novos usuários brasileiros.
A migração para o Bluesky se tornou atrativa pois, além da suspensão do X, Moraes estabeleceu uma multa diária de R$ 50 mil para quem tentar burlar o bloqueio por meio de VPN, sigla em inglês para Virtual Private Network, uma ferramenta que omite a localização do acesso à internet. Segundo o despacho do ministro, esses usuários também podem responder na esfera criminal.
O bloqueio, determinado de forma monocrática por Moraes, passou por um crivo da Primeira Turma do STF, formada por Luiz Fux, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Cármen Lúcia. Na manhã desta segunda, 2, Moraes, que é relator da ação, votou a favor de manter o bloqueio em vigor e foi seguido por todos os demais magistrados da turma.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.