Tarcísio concede maior honraria de São Paulo para irmã de Javier Milei

Karina Milei, secretária-geral da Presidência da Argentina, esteve em São Paulo com ministro da Economia do país

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Foto do author Henrique Sampaio
Atualização:

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), recebeu nesta segunda-feira, 2, a secretária-geral da Presidência da Argentina, Karina Milei, irmã do presidente Javier Milei, e o ministro da Economia do país, Luís Caputo. Na reunião, o chefe do Executivo estadual concedeu a Karina a Ordem do Ipiranga, mais alta honraria do Estado.

O encontro ocorreu no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, e durou cerca de duas horas. A reunião abordou o plano “São Paulo na Direção Certa”, ajuste fiscal de Tarcísio, e as diretrizes econômicas da Argentina.

Tarcísio de Freitas (Republicanos) concede Ordem do Ipiranga, mais alta honraria do estado, a Karina Milei Foto: Celso Silva/Governo do Estado de São Paulo

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Karina Milei é braço direito de Javier Milei, exercendo grande influência nas decisões do governo argentino. Eleito em 2023 com um discurso libertário e anarcocapitalista, o presidente da Argentina é aliado estratégico de Jair Bolsonaro (PL) e Tarcísio.

Em 11 de novembro, Milei esteve no Brasil para o G-20, onde se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem ele já chamou de “comunista” e “corrupto”. Tarcísio e Bolsonaro estiveram presente na posse de Milei, na Argentina.

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A conversa desta segunda partiu de um pedido das autoridades argentinas. A delegação visitou São Paulo a convite da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Antes de se reunir com Tarcísio, o ministro Luís Caputo teve um encontro com empresários.

A agenda foi realizada após o governador ter sido alvo de críticas de bolsonaristas na semana passada, por ter participado de um evento com Lula para o anúncio de um pacote de investimentos de R$ 10 bilhões para o Estado de São Paulo.

No último dia 21, Tarcísio defendeu Bolsonaro após o indiciamento da Polícia Federal, que aponta o ex-presidente como líder de um plano para assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em um golpe de Estado para impedir a posse do petista. O governador disputa o espólio de Bolsonaro, que está inelegível, para 2026.

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