Tarcísio diz conversar com Moraes e que STF foi relevante, mas não determinante, na escolha do PGJ

Governador ponderou que escolha por Paulo Sérgio Costa foi dele pois seria ele quem sofreria consequências de um ‘nome mais complicado’

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Foto do author Pedro Augusto Figueiredo

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse nesta quarta-feira, 17, que conversa com Alexandre de Moraes, principal antagonista do bolsonarismo no Judiciário, e com outros ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o chefe do Executivo paulista, a opinião dos integrantes da Corte foi “relevante, mas não determinante” para ele escolher Paulo Sérgio de Oliveira Costa como o próximo procurador-geral de Justiça de São Paulo.

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Costa ficou em terceiro na lista tríplice elaborada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP), mas tinha o apoio de Moraes, de Gilberto Kassab (PSD), secretário estadual de Governo, e de Mário Sarrubbo, antigo chefe do MP-SP e atualmente secretário nacional de Segurança Pública no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com Tarcísio, pesaram na escolha o fato de Costa ter alinhamento com o conselho do MP-SP, ser o mais antigo entre os integrantes da lista tríplice e, assim como Sarrubbo, adotar uma “linha propositiva” que lhe agrada. Além disso, o governador afirmou que o novo procurador-geral tem excelentes referências entre as pessoas do meio jurídico com quem ele conversou.

Tarcísio de Freitas escolheu terceiro colocado na lista tríplice do MP-SP Foto: Taba Benedicto/Estadão Foto: Taba Benedicto/Estadão

‘Proximidade com o secretário [Kassab] todos os três têm. A questão do Supremo é relevante, a gente conversa com todos os ministros, não só com o ministro Alexandre. É importante deixar isso claro. Obviamente, a opinião de ministros é sempre relevante, mas não é determinante, porque é uma escolha que cabe ao governador que é, afinal de contas, quem vai sofrer as consequências de ter, de repente, um nome que fosse mais complicado”, declarou Tarcísio.

O primeiro colocado da lista tríplice foi José Carlos Consenzo, também apoiado por Sarrubbo, com 1.004 votos. O segundo colocado foi o procurador Antonio Da Ponte, da oposição, com 987 votos. Costa teve 731 votos. “Eu acho que a gente está muito bem servido e estaria se qualquer um dos outros dois fossem escolhidos”, disse o governador, acrescentando que as instituições de São Paulo são “fortes” e “republicanas” e elogiando o próprio MP-SP, a Assembleia Legislativa, o Tribunal de Justiça e a Defensoria Pública.

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Paulo Sérgio Costa foi presidente da antiga Febem — Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor —, hoje Fundação Casa, no governo Alckmin (2003-2004). Também atuou como secretário de Assistência e Desenvolvimento Social (2008) na gestão do então prefeito da capital, Gilberto Kassab.

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