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Tarcísio diz que mudou título eleitoral para São Paulo para votar em Ricardo Nunes na eleição

Radicado em Brasília durante o governo Bolsonaro, o ex-ministro da Infraestrutura declarou domicílio em São José dos Campos para poder concorrer ao governo estadual em 2022, e agora atualiza endereço para acenar ao prefeito aliado

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Foto do author Guilherme Caetano
Atualização:

BRASÍLIA - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou neste sábado, 27, que transferiu seu título eleitoral de São José dos Campos para a capital paulista para votar no prefeito Ricardo Nunes (MDB) na eleição de outubro. Tarcísio é um dos principais aliados de Nunes em sua tentativa de reeleição, e vem desempenhando papel de destaque em seu entorno.

Foi o governador, por exemplo, quem anunciou o coronel Mello Araújo, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, como vice na chapa do prefeito.

O governador Tarcísio de Freitas e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes Foto: Tiago Queiroz/Estad

Aliados de Tarcísio dizem que ele e seu grupo político estão engajados em impedir que o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que conta com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, saia vitorioso da eleição. Boulos é o principal concorrente de Nunes, e ambos aparecem nas pesquisas de intenção de voto em empate técnico.

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O domicílio eleitoral de Tarcísio já foi alvo de polêmicas. Nascido no Rio de Janeiro e com longo percurso em Brasília, o então ministro da Infraestrutura de Bolsonaro nunca tinha vivido no estado de São Paulo quando foi convencido a disputar o governo do estado.

Para poder concorrer ao Palácio dos Bandeirantes, ele transferiu seu título e declarou endereço em São José dos Campos, onde afirmava ter familiares na cidade. Apesar de questionamentos judiciais sobre o domicílio eleitoral do ex-ministro, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) deferiu o pedido de registro de candidatura, mas as controvérsias não acabaram.

Durante uma entrevista na campanha de 2022, Tarcísio foi questionado sobre qual era o bairro e a escola onde ele votaria, mas ele não soube responder. Na ocasião, o episódio foi usado pelos críticos como mostra de que ele não poderia governar um estado que não conhecia. O episódio não foi suficiente para lhe tirar a vitória na eleição.

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