O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reuniu a bancada federal de deputados e senadores do Estado para tratar das emendas parlamentares ao Orçamento da União. Tarcísio pediu que parte das indicações de verbas para São Paulo seja destinada à saúde e à infraestrutura.
Tarcísio classificou o encontro com a bancada como “excelente”. Na noite desta quinta-feira, 5, os deputados federais e os senadores paulistas foram recebidos pelo governador no Palácio dos Bandeirantes para um jantar. Todos os 73 parlamentares que compõem a bancada federal do Estado na Câmara e no Senado foram convidados para discutir as indicações das emendas parlamentares.
“Foi uma excelente reunião, uma grande oportunidade de aproximação com a bancada federal”, afirmou Tarcísio a jornalistas, após evento promovido pela Comunitas, nesta sexta-feira, 6. “A gente pode colocar demandas. Eu tenho certeza que essas demandas vão ser observadas com carinho na hora da elaboração do orçamento. Toda bancada de São Paulo está extremamente comprometida com as questões do Estado”, acrescentou.
No jantar, o governador acordou com a bancada do Estado que metade das emendas parlamentares deve ser destinada para a área de saúde. Além disso, a área de infraestrutura também deve ser privilegiada pelos repasses. Em contrapartida, os deputados e senadores poderão indicar R$ 10 milhões cada um para serem aplicados em suas respectivas bases eleitorais. Ao todo, a bancada de São Paulo no Congresso vai indicar R$ 466 milhões em emendas.
Governo de SP propõe orçamento de 2024 com déficit zero
Nesta segunda-feira, 2, a gestão Tarcísio de Freitas apresentou a proposta de Orçamento do governo de Estado para 2024 com déficit zero. Conforme projeto de lei enviado para a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) nesta segunda-feira, 2, a previsão é que sejam gastos R$ 328 bilhões no próximo ano, mesmo valor que o Palácio dos Bandeirantes projeta arrecadar. A despesa é 3,16% maior do que o orçamento de 2023, mas o crescimento tende a ser anulado pela inflação, que, de janeiro a agosto, chegou a 3,23%.
As despesas com encargos especiais cresceram R$ 8,3 bilhões, a maior elevação em todas as áreas de um ano para o outro. De acordo com a Secretaria de Fazenda e Planejamento, a alta é puxada pelos gastos com o serviço da dívida pública paulista (aumento de R$ 2,9 bilhões), com as transferências constitucionais para os municípios (R$ 3,5 bilhões) e o pagamento de precatórios (R$ 600 milhões). Os valores são nominais, sem correção pela inflação.
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