Tarcísio volta atrás e mantém Secretaria da Pessoa com Deficiência em SP

Governador eleito havia decidido extinguir pasta especializada, mas mudou de ideia após pressão de entidades do setor

PUBLICIDADE

Foto do author Adriana Ferraz
Foto do author Gustavo Queiroz
Atualização:

O governador eleito de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) desistiu de extinguir a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, criada em 2008. A pasta será mantida na futura gestão e será chefiada pelo ex-presidente da OAB-SP, Marcos da Costa. A decisão foi tomada em meio a pressão de entidades do setor.

Com nova secretaria, número de pastas na gestão paulista sobe para 24 Foto: Alex Silva/Estadão

PUBLICIDADE

Na última semana, Tarcísio anunciou que a pasta especializada seria reduzida a uma Coordenadoria de Políticas para Pessoas com Deficiência sob a alçada da Secretaria de Justiça e Cidadania. Em entrevista ao blog Vencer Limites, Costa, que é um homem com deficiência e advogado atuante por políticas na área, afirmou que a ideia seria trabalhar de forma transversal com o futuro secretário Fábio Prieto.

Em nota, o governador eleito disse que “após muito diálogo e reflexão”, decidiu que a Secretaria da Pessoa com Deficiência deve ser “mantida e fortalecida”.

Segundo o Estadão apurou, porém, a nova decisão foi resultado da pressão de entidades do setor e de políticos que têm a defesa da pessoa com deficiência como bandeira. É o caso da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que havia criticado a decisão publicamente e tentava, nos bastidores, fazer com que o futuro governador voltasse atrás. A primeira pasta nos moldes da atual foi ocupada por Mara na Prefeitura de São Paulo durante a gestão de José Serra, que, ao eleger-se governador, fez o mesmo no Estado.

“Essa é uma marca do PSDB. Depois que São Paulo criou a pasta, diversos outros municípios e Estados seguiram o modelo. A decisão de Tarcísio, além de me surpreender, passa a ideia de que a pasta não é necessária”, afirmou a senadora ao Estadão na tarde desta terça, ainda sem saber do recuo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.